Capítulo 17

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Eu cheguei em tempo recorde no hospital e corri para a sala do meu irmão. As pessoas me olhavam como se eu fosse um louco. Aliás acho que era isso que eles achavam de mim. Tô nem aí. Corri mais ainda.

Passei voado pela secretária dele e entrei com tudo na sala. Eu vi meu irmão e Irene abraçados chorando. Fiquei estático.

Jung-hyun levantou a cabeça, ele estava acabado.

-Jeon, por favor, pelo amor que um dia você sentiu por mim, por nós. Tenha um pouco de misericórdia. Já não aguentamos mais, vamos nos separar. Você terá sua vingança e no final os 3 serão destruídos.

Ele falava não com raiva, mas sim com dor, uma dor tão profunda que parecia que estava sendo consumido como fogo consome a gasolina.

Irene nem se mexia e quando olhamos, ela já caía inconsciente.

-Irene, Jeon grita.

Seu irmão a segura e chora mais ainda.

-O que ela tem Jung-hyun?

-Culpa. Ela não come, não dorme, não se acalma e nunca conseguimos viver bem. Ela virou um fantasma. E eu não sei mais o que fazer.

E Jeon tem um choque de realidade, ele não sofria sozinho. Eles estavam sofrendo muito também. De repente ele olhou para o irmão e levantou.

-Pegue-a Jung-hyun a medicina não pode ajudar, mas Jimin pode.

-O quê?

-Depois Jung-hyun. Apenas me siga.

Saímos as pressas de lá e chegamos rápido do tanto que corri. Entramos de forma desordenada e eu chamando Jimin que logo nos olhou, vendo já Irene nos braços do Jung-hyun.

-Jun, coloque-a aqui no sofá.

Assim foi feito. Jung-hyun não estava entendendo, mas já sem esperanças e se achando um louco iria fazer aquilo. Se ela morresse pelo menos ele teria feito tudo que podia para ajuda-la e ele logo morreria também já que não aguentaria viver sem sua amada.

-Jun, segure seu irmão.

-Porquê, o que vocês vão fazer?

Todos estavam assustados menos Tae e Jeon que já tinham assistido Jimin curar.

Jeon caiu de joelhos na frente do irmão chorando e gritando por perdão. Nesse momento todos choravam. Jung-hyun se ajoelhou abraçando o irmão e também pedindo perdão.

-Não peça perdão irmão eu fui o culpado. Eu te traí, mesmo não querendo te fazer mal, mesmo te amando eu fiz e me arrependo todos os dias de ter feito as coisas daquela forma. Fui fraco e covarde.

-Eu me deixei dominar pelo ódio que me consumia desde bebê. Não fui justo com vocês. Eu vi seus olhares e já estava decidido a acabar com ela e iria conversar com você. Porque eu nunca toquei Irene com malícia eu juro Jung-hyun. Eu nem a beijava só dava selinho, ela era minha irmã. Eu me esforcei por ela, mas quando vi o amor de vocês eu fiquei feliz que tudo iria se acertar.

-Você sempre foi o mais sensato e corajoso de nós dois Jeon, perdão meu irmão.

Eles se abraçavam e choravam e Jimin olhava para Irene vendo também os órgãos com problemas.

-Gente, fígado e pâncreas comprometidos. Útero, ovário, rins também. Jin pega na despensa da cozinha uma maleta que está cheia de medicamentos.

Todos voltaram a atenção a Jimin. Jin e Nam foram buscar.

- Jung-hyun e Jun sentem-se.

Eles se sentaram olhando sempre para Jimin e Irene.

-Essa cura é diferente Jun. Ela desistiu de viver.

O dom do amorWhere stories live. Discover now