O dom do amor

Capítulo 5- A cura do Mark

Passou-se mais de 4 horas, eram 22 horas quando Jeon acordou já na sua forma humana e nu abraçado ao Jimin, mas ao lado viu uma roupa, os meninos devem ter deixado para ele. Será que Jimin estaria com medo dele? Seu lobo só se acalmou quando sentiu seu ômega pertinho dele.

Ele se vestiu devagar e se deitou novamente, depois de mais ou menos meia hora Jimin acordou cheirando o pescoço do Jeon, com os olhinhos fechados ele sentia o cheiro e falava sozinho.

-Cheiroso, muito cheiroso, que gostoso esse licor.

Jun sorria e seu coração batia igual a uma escola de samba.

Jimin abriu os olhos e viu Jeon, ao contrário do que Jeon pensou ele apenas sorriu.

-Jun, seu lobo se acalmou.

-Sim mine, você o acalmou, obrigada!

Ele sorriu ainda mais, passou os bracinhos em volta do meu pescoço e falou de novo como eu era cheiroso.

-Acho que estou bêbado com esse cheiro. Certeza.

Jeon não aguentou e desatou a rir, ele gargalhava.

-Vem mine já são quase 23 horas, vou te levar em casa e amanhã estamos de folga. Certo?

-Mas não precisa de folga estou descansado dormi até agora.

Jimin não queria era ficar um dia sem vê-lo.

-Então vou te buscar amanhã as 12, almoçamos e só assim vamos trabalhar.

-Certo Jun.

Os dias foram passando, 5 meses que minha vida trabalhava comigo eu cuidava dele de forma possessiva e ele não parecia ligar e sempre estava colado comigo, acho que ele nem percebia como estava agindo, pois era tão natural. Eu o examinava sempre, trazia lanchinhos e juntos nós conseguíamos ficar livres de trabalho no período da manhã. Sempre almoçávamos juntos, depois passeávamos e eu tirava fotos dele. Ele me trazia lanches também, cozinhava e dizia que eu tinha que comer porque tinha um lobo muito grande para alimentar. Ele trazia até coisa para meu lobo e o meu lobo ficava como? Ele só faltava desmaiar de tanto pular e rodar.

Era noite, eu tinha saído, com alguns homens e os meninos, para receber um carregamento gigantesco de armamento, algo me dizia que eu teria problemas. Eu fiquei na retaguarda, meus homens estavam recebendo a carga, então eu o vi, aquele maldito ômega que me perseguia desde que eu o fodi e fui embora, ele estava armando algo, tenho certeza.

Mark recebia a carga e conversava com ela calmamente, até que vi atrás de uma pilastra um atirador de elite, ninguém tinha visto pois ele estava longe e só minha visão lupina conseguia alcançar, saí do carro gritando prontidão para meus soldados e gritei para Mark que se mexeu, mas a bala ainda o pegou, os meninos já estavam com os soldados matando todo mundo e organizando a carga para levarem.

Mark era filho de uma ômega muito sofrida que salvei com apenas 15 anos, matei o marido dela, um bandido estuprador e ainda por cima maltratava demais a ômega e o filho. Então Mark cresceu, estudou e veio trabalhar comigo, ele não pode morrer, em questão de segundos meus homens mataram todos os inimigos e mandei levarem a ômega para o galpão.

Iríamos levar Mark para o hospital, mas quando eu olhei para trás vi Jimin saindo de um carro, eu abaixei o olhar tinham mais de 50 corpos ali, eu estava cheio de sangue, eu iria perder tudo que conquistei com meu ômega. Eu estava desesperado, mas a vida do Mark era mais importante nesse momento, já ia mandar pegarem o carro, quando Jimin se aproximou.

-Mande trazer o carro e o leve para o tal do galpão. Vamos, não temos tempo depois explico tudo.

Os meninos olhavam quietos e foram pra os carros, levando Mark e eu fui com Jimin, eu nem sequer olhava pra ele, Jimin parecia tão calmo, eu e meu lobo estávamos desesperados.