Corte de Destruição e Sombras

Capítulo 1

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O campo de batalha estava coberto de corpos sem vida, milhares.
Tanto dos exércitos das cortes como os de Hybern.
A batalha havia sido brutal.
A maior que Amren já viu e ela já testemunhou diversas batalhas.
Mas apesar de tudo eles venceram.

Conforme o todo o IC se juntava, junto dos grão-senhores, a frente dos exércitos eles observam os estragos.
Foi emoção de mais para uma batalha só, principalmente para Feyre, que quase perderá para sempre seu parceiro.
Mas ainda não havia acabado, o rei de Hybern estava vivo, e estava há alguns bons metros a frente de todos, os mirando com ódio.
Ele os olhava com ódio puro, e o caldeirão atrás de si pulsava, o poder pronto para ser liberado, neles.
Conforme os grão-senhores se reuniam em frente aos exércitos o rei sorria triunfante , apesar de estar sozinho.
- Vencemos, desista - Helion toma a frente, sua armadura prateada reluz, o rei sorri ainda mais.
- Acha mesmo que venceram? - ele sibila - que seria tão fácil me vencer? - o caldeirão pulsa ainda mais forte atrás de si, fazendo o chão tremer debaixo de seus pés e todos instintivamente dão um passo para trás.
- Não...- Amren sibila ao ver o que está prestes a acontecer.
O rei gargalha.
- Eu planejo isso há séculos, acham mesmo que vão me vencer tão facilmente?
- Vai matar a todos - Mor grunhe, os olhos faíscando de ódio.
- Se ajoelhem - o rei diz.
- Perdão? - Eris pergunta sarcástico.
- Se ajoelhem e eu os poupo - repete.
- Nunca - Feyre diz segurando a mão do parceiro, Rhys lhe dá um beijo na testa, apesar de estar completamente suja e com sangue.
Todos estão banhados no sangue inimigo, mas não parecem ligar.
- Então morram - diz convicto.
Um estrondo é ouvido e todos fecham os olhos, se preparando.
Mas tudo que recebem é o silêncio.
Abrindo os olhos eles ficam confusos ao ver o caldeirão adormecido novamente.
Por um momento Amren agradece, achando que talvez o rei estivesse blefando, ou talvez queria apenas atacar de surpresa.
E quando ela viu quem tinha chegado, ela desejou que fosse alguma das duas opções.
Os olhos do rei estavam arregalados, sua boca entreaberta e seus olhos, sem vida.
Seu corpo cai no chão com um baque seco e Amren sente a visão escurecer ao ver a fêmea de pé, onde o rei estava.

Azriel fica confuso, ele não sabe quem é a fêmea, nunca a viu.
Ela está onde o rei estava, a cabeça baixa, o coração do rei pulsando fraco em sua mão banhada de sangue.
Azriel não vê seu rosto, mas sabe que ela é a fêmea mais linda que ele já viu, seu coração acelera, a fêmea tem cabelos castanhos escuros, corpo um pouco esguio e curvilíneo, usa um couro negro de batalha, diferente de tudo que ele já viu, ela tem tatuagens, pouco vísiveis por causa do couro de batalha que usa, são runas.
Em sua cintura há apenas uma espada completamente negra.
E ele sente seu sangue gelar quando a fêmea lentamente olha para cima com seus olhos escuros e frios, apesar de não a conhecer ele sabe que ela é cruel, seu olhar denuncia isso, uma crueldade e frieza sem tamanho.
Todos estão confusos.
- Quem é você? - Beron fala com uma postura ameaçadora.
A fêmea apenas sorri cruelmente.
Todos estão sussurrando, se perguntando como a fêmea fez aquilo, quem ela é e de onde é?
Mas Azriel apenas olha fixamente para seu rosto, ela é linda, de fato a mais linda que ele já viu, mas ela é ameaça.
Seus olhos encontram com os da fêmea e ele sente seu coração bater ainda mais forte, Azriel não sabe o que está acontecendo com ele e se obriga a acalmar, a fêmea franze o cenho por um instante e murmura um "interessante", antes de varrer o campo de batalha com os olhos.
Um sorriso verdadeiramente cruel se abre em seus lábios sensuais mostrando suas presas pontudas de uma feérica.
Azriel olha para Amren e se surpreende ao ver a fêmea pequena com o rosto pálido, ela está de olhos arregalados e a respiração falha.
- Não...- ela sussurra.
- A conhece, Amren? - A pergunta de Rhys é ignorada.
Amren está assustada.
A Amren está assustada e isso não é bom.
- Hollow - ela diz com a voz falha.
A fêmea sorri ardilosa e Azriel sabe que tudo só vai piorar.
- Olá, irmã.