Capítulo 62

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Bryana estava decididamente entediada.

Ela não sabia o que fazer.

Não tinha nada para fazer na verdade.

O jantar logo chegaria, ela havia passado horas andando pra lá e pra cá na tenda, tentando se ocupar com qualquer coisa que a distraísse.

Mas não havia.

Durante horas, ela ficou ali, entediada.

Faltava cerca de uma hora para que todos se reunissem em uma espécie de tenda, essa era maior e com várias mesas para que todos sentassem, mesas grandes, enfileiradas, que logo ficariam cheia de illyrianos.

Só que, ela não iria ficar ali esperando.

Saindo de sua tenda, silenciosamente, Bryana olhou ao redor.

Vazio.

Ela sabia que os illyrianos estavam em suas tendas, sabia que os outros acampamentos estavam iguais.

Ela não sabia se iria gostar do jantar com os illyrianos, talvez, se tivessem no acampamento de algum outro grão-senhos, ela se sentiria menos tentada a arrancar a cabeça de alguém.

Andava pelo acampamento silenciosamente.

Com uma aljava e flechas, que ela roubou perto de uma tenda, ela adentrou a floresta mais afastada do acampamento.

Se não tinha como se ocupar, talvez ela pudesse caçar.

Se é que havia vida ali, naquela floresta.

Estava escuro, demais, mas, por ser Berserker Bryana não se incomodava com isso, já que sua visão era um pouco melhor que a de um feérico.

Estava andando a cerca de 10 minutos quando sentiu um cheiro diferente no ar.

Não era um animal.

Nem alguma besta.

Muito pelo contrário, ela sentia um cheiro extremamente viciante.

Sua primeira flecha foi preparada, ela ficou estática, apenas ouvindo.

Escutou os passos se aproximando, o cheiro maravilhosamente viciante adentrou suas narinas, dessa vez mais forte e ela quase fechou os olhos.

Quando o sentiu perto o bastante ela atacou, sua flecha foi atirada.

O macho gritou, quando a flecha atingiu sua coxa, sangue rapidamente manchando sua roupa.

Não um macho qualquer.

Ela sabia quem era ele pela descrição que haviam tido por Darkside, há alguns meses.

Ele havia os ensinado o básico de Printhyan, para que conhecessem seus alvos.

Aquele, que estava com uma flecha na coxa, uma feição dolorida e encostado em uma árvore, respirando pesadamente, era Eris.

O herdeiro da corte outonal.

E ela o havia atingido com uma flecha.

Sorte que não era de Freixo.

- Mas que merda! Por quê chegou assim? - Ela grita.

Eris a olha exasperado.

- Foi você que atirou uma flecha na minha coxa! - Ele fala no mesmo tom, fechando os olhos ao segurar a flecha e tentar tirar, mas não dava.

- Não se chega perto de uma guerreira de milênios, em silêncio, não quando ela está armada - Ela reclama, se aproximando.

Eris a encara, a admira, dessa vez mais de perto, mesmo com a dor latejante em sua perna direita ele não pode deixar de ficar hipnotizado pela fêmea.

Corte de Destruição e SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora