Capítulo 29

1.2K 101 15
                                    

Aurora on:

Elain não sabe exatamente quanto tempo passou desacordada, se foram minutos, horas ou dias.
Mas quando acordou, confusa, em um quarto completamente desconhecido, e em uma cama que não era sua ela soube que algo estava errado.
Seu corpo não doía mais, o que a leva a acreditar que ou alguém a curou, ou ela dormiu por tempo demais.
Ela lentamente se levanta, confusa e observa o quarto.
A decoração era rústica.
Aparentemente o quarto era um sótão e foi reformado, a cama que estava era muito maior que seu corpo, tanto que seus pés nem alcançavam o chão, havia um criado mudo ao lado da cama, com uma pequena luz feérica para iluminar, uma escada de madeira no centro do quarto, e do outro lado haviam poltronas, o quarto tinha janelas em cada extremidade do teto do quarto, o chão do quarto era completamente forrado por um tipo de tapete felpudo, muito confortável, não haviam palavras para descrever o quanto o quarto era lindo.
Mas não era dela.
A casa também não.
Ela se lembra de cada momento antes de desmaiar, lembra de como ela e Damon estavam, até que foram atacados.
Pela mãe o que ela fez!?
Ela quase o beijou, e ela tem q impressão que não se arrependeria.
Ela tentou, pela mãe, como tentou resistir a sua proximidade, mas quando ele chegou perto dela, com aquela boca rosada e convidativa, quando ela o tocou e sentiu seus músculos rígidos sob sua palma.
Ela não se controlou.

E agora ela está em um lugar desconhecido, e não sabe se está sozinha ou...
Um barulho no banheiro chama sua atenção e ela trava no caminho para a porta, olhando nervosa para uma porta, que ela não viu, em um lado do quarto.

E para piorar, só agora ela percebeu que usava apenas uma camisa branca masculina, que chegava ao meio de suas coxas e sua peça intima de baixo.
E ela sabe exatamente quem está no banheiro.
Então ela ouviu passos indo em direção a porta do banheiro, passos lentos.
E fez a primeira coisa que veio a sua cabeça, ela correu.

Correu com todas as suas forças para fora do quarto, ela correu o mais rápido que conseguia e ao sair de dentro da casa ela correu ainda mais, adentrando a floresta.
Seus cabelos voavam ao vento e os galhos machucavam seu rosto, causando leves arranhões que ardiam conforme ela corria, adentrando ainda mais a floresta, os galhos machucavam seus pés conforme ela corria.
Seu coração batia forte no peito e ela estava ofegante, seus pulmões queimando por ar, lágrimas ambaçavam sua visão e ela soluça alto.
Passos rápidos são ouvidos atrás de si, se aproximando rápido demais para que ela consiga fugir.
Ela vê um penhasco e é abrigada a parar, sabendo que não havia mais chance de fuga, o som de um rio correndo podia ser ouvido por si, mas Elain não sabia nadar, e ela provavelmente morreria.
Então ela parou rapidamente, mas não o suficiente para que seu perseguidor também parasse, o impacto de seus corpos fez ambos rolarem pelo chão, a alguns metros do penhasco, Elain grita conforme se debate.
Damon segura seus braços e os prende em cima da cabeça com uma mão, enquanto a outra ele usa para se apoiar no chão e evitar que todo seu peso caia sobre Elain.
Ele está entre suas pernas, seu quadril no centro delas, e não repara que sua blusa subiu, se tornando um amontoado de tecido em sua cintura.
Elain chuta o ar conforme se debate, mas o olhar de Damon contém tenta raiva que ela arregala os olhos por um momento, pensando que ele a mataria.
- Pare Elain - ele rosna, mas ela o ignora, e continua se debatendo enquanto chora, Damon decide para-la - PARE!

Seu grito faz Elain paralisar e arregalar os olhos, medo tomando conta de cada parte de seu corpo e ela começa a tremer, Damon percebe.
E se amaldiçoa mentalmente por faze-la ter medo.
- Desculpe - ele fala ao ver seu medo.
Ele suspira e seu olhar suavisa imediatamente - Está fugindo de quem?
- De você! Me solte! - ela grita só agora notando a posição que estão.
Suas pernas estão abertas, e Damon está entre elas, seu quadril está, ela ainda usa sua calcinha, mas fora isso ela está nua, tendo apenas a blusa como barreira de proteção.
Damon parece ter notado o mesmo, por quê engole em seco e fecha os olhos, então ele se aproxima.
Elain prende a respiração.
- Vou solta-la agora, mas você não vai fugir, entendeu? - seu tom é baixo, Elain assente.
Então Damon lentamente se levanta e segura sua mão, apesar dos protestos dela, ele a ajuda a levantar.
Então suspira e se vira pronto para ir embora, achando que ela faria o que ele pediu.
Mas um barulho o faz olhar para trás e a única coisa que ele vê antes de soltar um grito é o corpo de Elain caindo penhasco abaixo.
Ela se jogou.
E ele usa sua velocidade, indo em direção ao penhasco para salva-la de uma morte certa.

Corte de Destruição e SombrasWhere stories live. Discover now