O Inesperado

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Estou deitada na cama tremendo de tanto frio, ligo para Mercedes e digo e não irei hoje, preciso trabalhar, mas não tenho forças, minha garganta dói, minha cabeça dói, todo o meu corpo dói.
Acho que peguei uma baita gripe. Mercedes se oferece para vim cuidar de mim, digo imediatamente que não precisa não quero incomodá-la.
Na verdade a única coisa que quero e ficar aqui deitada sem fazer ou pensar em nada.
Desligo o telefone e me enrolo em meu cobertor e rapidamente caio no sono.

Enquanto isso no centro de Manhattan...
(Josh)
Acabo de entrar no bar para tomar uns drinks antes de ir para casa, fiquei no escritório até tarde como sempre.
O lugar está cheio, vou até o balcão e peço um dose dupla de whisky, tomo tudo praticamente em um único gole, olho em minha volta, todos conversam animadamente é um sexta-feira todos estão ali para se divertir depois de um longa semana de trabalho.
Um linda loira senta ao meu lado, percebo que ela me olha de relance, tira da bolsa um batom vermelho e passa nos lábios provocativamente, se isso acontecesse há algum tempo atrás eu não pensaria duas vezes em levá-la para a cama, mas agora a única mulher que eu consigo pensar e desejar deve estar dançando em uma boate não muito longe daqui.
Saio do bar e caminho sozinho pelas ruas de Manhattan, hoje dispensei os seguranças e deixei o carro na garagem do escritório, queria andar um pouco, precisava pensar, colocar as ideias em ordem.
O frio fez com que eu fechasse meu sobretudo e cruzasse os braços envolta do corpo procurando me aquecer.
Alguns quadras adiante decido pegar um táxi, não quero ir mais para casa quero vê-la, e como um ímã ela me atrai de volta para a Olympo.

Ao entrar na boate vejo que está lotada, o frio não espantou os clientes, olho atentamente o ambiente e vejo Davi bebendo em uma mesa do canto sigo seu olhar e o vejo olhando diretamente para Lilly que serve bebidas para uma mesa cheia de marmanjos.
Ele permanece calmo está apenas observando, aí penso que eu jamais teria esse auto-controle, não sei se suportaria ficar ali a noite todo vendo a mulher que eu amo atendendo aquele bando de homens sedentos por ela.
Vou até a mesa dele e me sento ao seu lado, David me olha surpreso.

- Você por aqui!

Não respondo apenas balanço a cabeça assentindo.
Lilly caminha em nossa direção, ela se abaixa e da um beijo rápido em David, então me olha com total desprezo e diz:

- Você vai querer beber alguma coisa?

- Um whisky, por favor.

Ela se vira e vai até o bar buscar minha bebida.

- O que sua garota tem? Ela parece chateada - Digo enquanto espero minha bebida.

- Nada, ela está de ótimo humor, acho que o problema deve ser você.

- Mas eu não fiz para ela... Pelo menos não que eu me lembre - Digo tentando lembrar se fui rude ao algo do tipo.

- Você não fez nada diretamente para ela e sim e para a amiga dela.

Fico pensando da última vez que encontrei Maddison, que transamos no camarim e que fui embora sem me despedir, eu sei que isso não foi legal, mas meu instinto de sobrevivência me fez sair dali correndo, sinto que cada vez que me aproximo dela fica cada vez mais difícil de me afastar depois.
E mesmo assim estou ali novamente, louco por ela, esperando ansiosamente para vê-la novamente.

Lilly volta, coloca a bebida em cima da mesa e me olha de um jeito, parece querer me intimidar, sinto que a qualquer momento ela pode pular no meu pescoço.

- Se você veio aqui atrás da Maddison, está perdendo seu tempo, ela não vem hoje! - Ela diz friamente.

Será que tão óbvio assim que eu estou ali para vê-la.

- Não vim aqui atrás da Maddison, vim para me distrair - Minto e espero que ela acredite.

David solta uma risada alta como quem diz, quem você pensa que está enganado com essa história?
Olho para ele sério e com raiva e isso só faz com que ele ria ainda mais.

A StripperWhere stories live. Discover now