amo tu

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MC CABELINHO

Depois que tomei um banho com a Malu, voltamos pra ficar com o pessoal. Na hora da confusão não falei nenhum bagulho mas vou bater um lero com a otária da Gisele ainda hoje.

- Ou, se liga aí. - chamei ela que tava conversando com a amiga - Vou brotar ali, papo de dois minutos.

Ela me olhou desconfiada e concordou. Sai a pé mermo, a casa dela nera longe não.

Nem precisei andar muito pra me bater com ela na esquina.

- Ou. - chamei ela - Quero levar um lero contigo.

Ela veio em minha direção rebolando, tá achando maneiro isso.

- Oi, vida. - veio me beijar e eu afastei - Vai negar? Tem ninguém olhando não, relaxa.

- Vou passar a visão pra tu, frisou? - encostei no muro e acendi um beck - Bora parando com esse papo que nóis tem alguma coisa, parada feia do caralho.

- Victor. - cruzou os braços e ficou toda torta - Mas a gente tem sim, tu vivia me procurando. Me assumiu pra geral e os caralho.

- Tenho nada contigo não, garota. - soltei a fumaça - Gisele, esse bagulho tem maior tempão. Quando eu tava com outra mina foi o mesmo bagulho, segue tua vida parceira.

- E as vezes que tu vinha atrás de mim no meio da noite, Victor? Vai dizer que tu não sentiu nada?

Gisele veio me agarra, a maluca ainda conseguiu se esfregar em mim e beijou me pescoço. Empurrei com cuidado pra não dar merda por que eu conheço ali, qualquer coisa é motivo de querer confusão.

- Sai, caralho. Senti nada mermo não. - ri - Tu tá confundindo os bagulho, tu nunca negou nada mas eu sempre deixei claro que era só um pente e rala.

Ela ficou me encarando com o maior carão e depois de um tempo falou alguma coisa.

- An... Tá bom então, quando tu vim atrás de mim, vou nem render pra tu. - me deu as costas

- Vai acontecer isso não, filha. - segui ela saindo do beco -  O pai tá casado.

Ela mostrou o dedo do meio e eu saí rindo, mina maluca da porra. Meu negócio com Gisele tem maior tempão, tivemos um lance sério e eu nem era tão famoso assim.

Ela nunca superou, toda mulher que eu trazia aqui na favela ela queria arrumar confusão. A Maria Luiza foi a primeira que deixou ela miudinha sem precisar bater, na moral, minha mulher é foda.

Cheguei em casa e a outra já me olhou com a cara fechada, tô mec fi. Fiz nada mermo.

- Tá com essa cara por que tu? - dei um selinho nela - Vai ficar nessa?

- Tu foi aonde? - cheirou meu pescoço e minha camisa - Que perfume é esse, Victor? E essa marca aqui, caralho?

Quase fico sem pescoço, fi. A mulher virou meu pescoço na maior força e ficou apertando minha mente.

- Para, porra. - tirei a mão dela - Doeu isso, aí.

- Responde, Victor Hugo. Tu tava aonde, cara? - o olho dela encheu de lágrima

- Tava fazendo nada de errado não, pô. - levantei e puxei ela pra levantar também mas a mandada puxou o braço de volta - Bora pro quarto.

- Eu não vou até você me dizer onde estava e por que está com essa marca. - limpou o rosto

- Para de chorar, Maria Luiza. - agachei na sua frente e limpei seu rosto - Aconteceu nada disso que tu tá pensando aí não, se eu tô contigo, eu tô contigo e já foi.

- Então, por que tu tá com esse cheiro? - me olhou debochada - Eu quero acreditar em você mas desse jeito, sem tu falar nada, fica difícil.

- Porra, te chamei pro quarto pá nóis bater um lero. - respirei fundo - Eu fui falar com a maluca da Gisele, jae?

Caralho mermão, Maria Luiza passou na fila da teimosia duas vezes mermo. Não é possível, tô falando que não teve bagulho nenhum e ela fica nesse doce.

- Tu foi falar o que com aquela mulher, Victor? - falou um pouco alto

Na moral, o inimigo atenta mermo. A mulher doida pra caçar confusão comigo e eu não fiz porra nenhuma.

- Caralho. - esfreguei o rosto - Eu fui mandar o papo reto pra ela, pra parar com essas maluquice. Que eu tô contigo, porra.

Ela ficou me analisando e não falou nada, a mulher ficou só me encarando fi. Parecia que queria né comer na porrada.

- Fala alguma coisa, amor. - alisei a perna dela - Fiz nada de errado não, papo dez. A maluca tentou me agarrar e eu empurrei, sério mermo.

- Tá. - levantou e saiu rebolando aquele rabão

Cocei a cabeça negando e saí em busca do meu whisky, beber mermo e nem vou render pa Maria Luiza.

Fiquei de cantinho só observando os movimentos dela. Ela entrou em casa e o fudido do Ygor foi atrás, parceiro, tô acreditando nessas paradas não.

Sai na mesma direção que eles e quando entrei na casa só tinha o Ygor na cozinha.

- Qual foi? - olhei desconfiado pra ele - Tá tranquilo?

- Ainda. - riu - Acabou o gelo lá, vim pegar mais aqui.

Ygor pegou o bagulho do gelo e saiu da cozinha, não tinha nenhum sinal da Malu. Decidi ir no quarto ver se ela tava lá.

- Tu quer o que? - falou e levei o maior susto

Liguei a luz e ela tava deitada na cama, ela não gostou do bagulho mermo não. Maria Luiza deitada sem querer interagir com geral lá embaixo? Tá errada essa parada.

- Coe cara, vai ficar nessa? - sentei na cama - Tô fechadão contigo, papo de querer família, ter bicho e os caralho tudo.

- Família? - riu - Tá tudo bem.

- Tá nesse doce por que, então? - alisei o rosto dela

- Medo. - escondeu o rosto e falou baixinho - Medo de perder você.

Caralho, bagulho bom de ouvir. Ainda mais dela, a parada mexeu comigo mermo. Coração ficou a milhão.

- Levanta aí, carai. - puxei ela pelo braço que sentou - Vai perder não, jae? Tô fechadão contigo mermo. Só eu e tu.

- É cedo se eu falar que tô te amando?

Ela tava com vergonha, nem parecia a diaba que se transformava na minha cama.

- Tem essas parada agora, é? - pensei - Eu já falei que amo tu, mas tu nem deu bola.

- Que mentira. - me deu um tapa - Você me beijou aí eu acabei perdendo o sentido da conversa e depois fiquei com vergonha de perguntar se era verdade.

Ela escondeu o rosto com as mãos. Malu as vezes era toda nojentinha, um dengo da porra e eu sou amarradão nisso. Na rua bota maior banca de durona mas comigo fica no doce.

- Amo tu, porra. - me olhou com um sorrisão - Tô amando tu, na transparência, sei nem o que tu fez comigo.

Ela deu risada e agarrou meu pescoço me dando um monte de beijo no rosto. Na moral, perco a pose quando ela faz isso.

- Eu amo você. - me encarou, chega senti um bagulho na barriga

Fudeu, eu tava rendido mermo. A mulher me ganhou em pouco tempo mermo.

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aiai kk 😗

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Where stories live. Discover now