otário

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MALU

- Oi, papito. - dei um beijo na bochecha dele e cumprimentei Jorel que tava do lado - E aí, Jorel.

- Oi, gatinha. - me abraçou de lado e beijou minha cabeça - Tá sumida tu.

- Essa é ruim de sair de casa mermo. - meu pai falou - Cadê meu neto?

- Tá vind... - olhei pra trás - Ali ele com o Victor.

- Maior carão, fi. - riu - Vou me sair, então.

Olhei pra ele com tédio e meu pai deu risada.

- Até parece que não vai estar na mesma casa que ele. - revirei os olhos - Chatice essa intriga de vocês dois.

- Visão, filha. - acendeu um baseado e o Victor parou do meu lado bem na hora

- Papo reto, cheguei na hora certa mermo. - cumprimentou meu pai com maior sorrisão mas fechou a cara na hora do Jorel - Qual foi?

Victor estendeu o braço pra pegar o baseado da mão do sogro mas eu dei um tapa nele que recuou.

- Nada disso. - balancei a cabeça - Vai botar o Arthur na cama.

Nem pedi, mandei logo e ele fechou a cara mas foi.

- Tu é foda também, mané. - reclamou subindo as escadas - Falando assim na frente dos cara.

- Problema teu e deles. - abri a porta do quarto - Tá com vergonha de mim agora?

Ele me olhou de rabo de olho enquanto colocava o Arthur na cama e negou.

- A parada não é essa. - parou em pé - Os cara vão ficar gastando a onda dizendo que tu manda em mim e que eu sou pau mandado.

- E tu não é mesmo? - olhei como se fosse óbvio

- Sou mermo. - riu - Mas tu não deixa de ser mandada, também. Fica abrindo as asinhas por que sabe que eu faço mermo.

- Me poupe, Victor. - dei risada e comecei a vestir meu biquíni

Tava afim de fazer uma marquinha pique aquelas de fita, peguei meu pretinho básico que não tem erro.

- Tu vai descer assim tu? - ele tava sentado mexendo e eu concordei - Gostei não.

- Ih, problema teu. - ri e fui na direção dele - Amarra aqui.

Ele amarrou a parte de cima e claro que não perdeu a oportunidade de apertar a minha bunda.

Botei o mesmo short que eu tava e desci com o Victor, antes de sair do quarto deixei a luz do banheiro acessa pro Arthur não acordar assustado.

- Cadê a maluca da tua amiga? - meu pai falou assim que eu apareci na sala

- Ela disse que vinha. - sentei do lado dele - Mas acho que só aparece aqui amanhã.

- Tendeu. - olhou pros meninos - Uno, bora? Vou amassar vocês.

Os meninos concordaram e eles começaram a jogar apostado, só de ver eles jogando eu passava raiva, imagine se participasse.

Seu Carlos não é nada besta, toda hora tentando passar a perna nos meninos. Na casa, até agora só tinha a gente e mais três amigos do Victor.

- Teu pai é muito fudido. - veio putinho falar comigo - Roubou pra caralho no jogo.

- Novidade. - ri

Ele negou e falou que ia ver se o Arthur já tinha acordado.

- E tu? - Jorel sentou do meu lado - Vai pegar um sol, parceira. Parecendo um defunto.

- Garoto. - olhei pra ele com deboche - A cor do bombom aqui, se manca.

- Jae, então. - deu de ombros rindo - Visão de amigo mas tu não bota fé.

- Sai daí, otário - taquei a almofada nele

O otário começou a fazer cosquinha em mim, tava quase metendo o chute nele mas ele foi salvo pelo gongo.

- Que porra é essa? - Victor encarou a gente com maior cara fechada - Hein, Maria Luiza?

- Nada. - levantei e fui falar com o Arthur - Tá com fome meu amor?

Arthur concordou e eu fui puxando ele pra sair dali mas Victor segurou meu braço, na moral, o inimigo atenta viu.

- Qual foi mermo, Maria Luiza? - apertou meu braço - Tá me tirando como otário tu?

- Victor. - tentei puxar o braço - Tá me machucando.

- Solta ela aí, na moral. - Jorel levantou vindo na nossa direção mas eu olhei pra ele negando

- Se mete tu não. - apontou pra ele e me olhou - Responde, Maria Luiza.

Olhei pra ele já com raiva, ele tá achando que é quem? Não aceito isso de ninguém, seja o que for meu.

- Victor, eu já disse, não aconteceu nada. - puxei o meu braço com força e acabou batendo no rosto do Arthurzinho sem querer - Aí seu idiota, culpa tua.

Olhei pra ele furiosa e peguei meu filho no colo saindo dali, passei a mão e dei uns beijinhos que fez ele parar de chorar rapidinho.

- Desculpa a mãe? - falei preocupada

- Aham. - sorriu e me olhou pidão - Mas eu posso tomar sorvete pra melhorar?

- Tu é esperto hein, moleque. - semicerrei os olhos - Tá bom, mas só um pouquinho.

Botei o sorvete dele que se lambuzou todo, fiquei esperando ele terminar pra gente ficar um pouco na piscina já que ele só falava disso no caminho.

- Posso levar um lero com tu? - Victor apareceu na cozinha

Encarei ele por uns segundos mas voltei o meu olhar pro celular de novo, tava afim de bater cabeça com macho não.

- Tô ouvindo. - observei Arthur e alisei a cabeça dele

- Olha pra mim. - encarei ele de cara fechada e mexi a sobrancelha pedindo pra ele continuar - Foi mal, jae? Gosto do cara perto de tu não e tu sabe disso.

Continuei encarando ele sem falar nada, ele ficava todo nervosinho quando eu fazia isso. Não disse nada, apenas concordei e voltei a minha atenção pro Arthur que me chamou.

Odiei o que o Victor fez, totalmente desnecessário querer lavar roupa suja na frente dos outros. Agi assim pra ele ver que não gostei da sua atitude e ele que lute, ninguém mandou agir que nem um otário.

oi bbs 💌 se eu n posto um dia só vcs já ficam nervosas hein monas kkkkkk 😍🤏🏽

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Where stories live. Discover now