sustenta

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MALU

- Qual foi que tá toda bicuda aí? - abri os olhos com uma certa dificuldade vendo o meu pai

Tava deitada pegando um sol e Arthur tava na piscina com o otário do padrinho dele.

- Até parece que tu não sabe. - fechei os olhos

- Tu também é toda invocada, né. - riu - Sabe que os cara não se batem, era melhor evitar tá ligada?

- Veio aqui falar que eu tô errada? - encarei ele de novo que negou - Ah sim, por que o problema foi a forma como ele agiu. Victor poderia muito bem ter conversado comigo no off.

- Vocês são crescidos, vocês que se resolvam. - saiu rindo

Neguei e fiquei observando os dois que estavam brincando na piscina, percebi que Victor tava me encarando e eu desviei o olhar.

Mudei de posição ficando de bunda pra cima, espero que eu aguente no mínimo uns cinco minutos assim. Me bote pra ficar o tempo que for de frente que eu fico de boa, agora de costas da nem dois minutos e eu já fico agoniada.

- Tu quer que eu passe aquele bagulho em tu? - ouvi a voz dele e por saber quem era nem me dei o trabalho de virar

- O que, Victor? - falei meio baixo

- Essas parada que faz a marquinha, sei o nome não. - senti ele sentar na espreguiçadeira

- Quero nada não. - abri um pouco os olhos e vi ele me encarando com cara de cachorro sem dono - Se tu tiver tampando alguma parte do meu corpo e meu bronze ficar todo gongado, eu juro que vou te comer na porrada.

Enquanto falava, abri os olhos completamente. Ele ficou querendo dar risada mas depois que viu que eu não estava brincando ficou todo serinho.

Se fosse em outro momento, com certeza eu iria dar risada também.

- Chatona, mané. - levantou e ficou me encarando - Eu tento resolver os bagulho e tu fica nessa, é foda mermo.

- Se você não tivesse feito aquela palhaçada não estaria tentando resolver nada. - pisquei - Sustenta.

Ele saiu todo putinho e foi ficar com os meninos mas em nenhum momento parou de me encarar.

Eu era a única mulher até o momento e prefiro assim mesmo, só a Vanessa aqui e já tava bom.

- Mamãe. - me sacudiu - O pai falou que tá te chamando lá na cozinha.

- Oi amor. - sorri - Fala pra ele que eu tô ocupada.

Arthur saiu correndo e eu encarei ele dar o recado, Victor não contente fez o menino de pombo correio mais uma vez.

- Ele falou que a gente vai na praia tomar açaí e comer mequi donadi. - revirei os olhos - Bora mamãe, por favor.

Victor usando uma criança pra conseguir as coisas, ele sabia muito bem que Arthur ia encher meu saco até eu aceitar.

- Vai você e ele. - sorri - Mamãe tá cansada.

- Não. - negou todo birrento - Ele disse que a gente só ia se você fosse também.

- Porra. - falei quase num sussurro - Vocês são dois insuportáveis, fala lá que eu vou.

A criança me deu um beijo e saiu toda saltitante, vai ser que nem o padrinho, não vai sossegar até conseguir o que quer.

Fiquei mais um tempo pegando sol até ficar de saco cheio, levantei e fui em direção ao quarto.

- Arthur. - chamei ele no meio do caminho - Eu vou tomar banho, nada de piscina sozinho viu?

Ele balançou a cabeça mas por se tratar de uma criança, olhei pro meu pai e ele confirmou fazendo joinha.

Subi pro quarto e fui direto pro banheiro, tava agoniada com aquele óleo no meu corpo.

- Caraca. - admirei minha marquinha - Ficou bom demais.

- Ficou mermo.

Virei assustada vendo Victor na porta do banheiro parecendo uma assombração.

- Vai ficar me seguindo agora? - falei enquanto tirava meu biquíni

- Tô seguindo tu não, garota. - olhou meu corpo descaradamente

- Não? - olhei com deboche e pus as mãos na cintura - Tá fazendo o que aqui então?

Ele demorou um pouco pra responder.

- O quarto também é meu. - me encarou - Vai ficar nessa maluquice mesmo?

- Tô fazendo nada. - dei de ombros e entrei no box

Por incrível que pareça ele não entrou no box, só ficou na porta me olhando. Parecia uma criança vendo o brinquedo que tanto quer.

Enquanto me secava encarei ele e acabei soltando um riso frouxo, o que foi o suficiente pra ele achar que eu já tava de dente aberto pra ele.

- Da licença, Victor. - passei esbarrando nele - Porra, só fica me encarando.

- Tô admirando o que é meu, frisou? - sentou na cama

- Sei disse não. - me agachei procurando uma roupa na mala - Se tu quer que eu saia com vocês, vá arrumar o Arthur já que você que teve a ideia.

Tirei a toalha e vesti uma calcinha, fiquei assim e fui passar ferro em minha roupa.

- Eu quero te fuder todinha nessa cama. - olhei pra ele que tava alisando o pau por cima da bermuda

Confesso que fiquei fraca ouvindo ele falar isso, sem contar a vontade imensa que eu senti de sentar nele mas arrumei forças não sei da onde e mantive a postura.

- Bate uma no banheiro que passa. - fiz uma cara de sonsa e ele negou levantando

- Jae, mermo. - fez joinha com uma mão enquanto segurava o pau com a outra - Sorte tua que eu não rendo pras bebel, nenhuma ia me deixar assim.

Parei de passar o ferro na roupa e olhei pra ele incrédula, juro que se ele abrisse a boca mais uma vez eu tacava esse ferro nele sem nem pensar.

- Como é? - ele riu e deu de ombros

- Gostou não? Aqui oh. - balançou a mão que estava segurando o pau - Me mama ou deixa pras bebel.

- Eu vou te matar. - tava fervendo de raiva, ele sabe que eu odeio essas brincadeiras

- Sustenta. - fez uma voz fina me imitando e saiu do quarto rindo

q homi atentado senhor 😂
+1 p vcs ficarem felizinhas 💌

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora