Capítulo 22

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 A bela mulher de olhos brancos e longos cabelos escuros caminhava de forma tranquila pela neve, em direção às terras mais afastada a um reino considerado como o inferno, fazia meses ou até mesmo séculos que estava a procura daquele lugar mas os caminho que buscou apenas a levaram a lugar nenhum, então sempre tinha que voltar do início e começar tudo de novo e mais longos anos perdidos se passaram, até que nos últimos meses ela encontrou alguém que não deveria estar ali entre os mortais mas que não se importava com as regras, caminhando tranquilamente dizendo que esperava pelo chamado de alguém que desceria até sua casa especialmente para vê-la, porque ela seria sua salvação o que era realmente irônico. Houve um certo sussurros da sua parte, dizendo-a onde deveria e que caminho tinha que seguir e ela o fez, não se importando com os homens que encontrou na direção que ia, todos com um perfil sombrio carregando consigo desgraça e sofrimento, anunciando a chegada de tempos estranhos pela frente, haveria muito sangue derramado sobre aquele neve.

Quando finalmente avistou a floresta sem vida pode sentir o que lhe trouxe até ali, uma pequena borboleta branca flutou ao seu redor antes de sumir no ar confirmando que dessa vez estava realmente no caminho certo, sem mais hesitar seguiu diretamente para enorme castelo negro de longas amuradas e um ar sombrio ao seu redor, passou pelos portões ouvindo uma certa agitação do lado de dentro, ninguém sequer moveu um músculo para impedi-la apenas deixou que seguisse adiante indo direto para celas abaixo do castelo, passou por cada um delas observando alguns corpos aprodecendo dentro da maioria, pessoas que foram presas ali e nunca mais foram soltas, o motivo? Talvez desobediência, revolta ou injustiça, ela não podia se importar com aquilo, precisava ser rápido sua vinda até o reino mortal já trazia uma pequena comoção exagerada, assim que chegou perto das últimas celas pode ver a imagem mais bela de sua vida. Uma mulher de cabelos brancos, sentada com seus olhos fechados enquanto uma luz azul a rodeava assim como algumas borboletas, aproximou-se da cela e tocou as grades chamando sua atenção.

— Ah — a mulher levantou-se, seus olhos lembravam espelhos pela cor cinza meio apagada — Você demorou, pensei que teria que passar mais alguns anos aqui.

— Havia muitos caminhos, tive que passar por todos eles — abriu a porta da cela — O importante é que finalmente estou aqui.

— Você é mais bonita do que eu imaginei, quando os deuses me deram alguém nunca imaginei que essa pessoa é real — sorriu — Me sinto feliz.

— Digamos que eles não gostaram da escolha — segurou a mão da outra — Me prenderam em um lugar realmente difícil de sair, a propósito, me chamo Norami Akatsuki.

— Tadory Mitsunatso.

— Bom, Tadory, precisamos ir — a puxa delicadamente para fora daquele lugar — Eu vi algumas coisas enquanto vinha para cá, acredito que alguém não terá um final feliz como pretendia.

— A pequena raposa, está em perigo? — perguntou.

— Não vi nenhuma raposa, mas sim outra pessoa, a alguém que não deveria estar aqui caminhando em terreno mortal — se dirige a sala do trono onde Xucheng está parado — Esse homem, há muita desgraça em sua vida, mas ele ainda causará muito sofrimento.

O destino tinha seu lado cruel assim como a vida, Tadory sabia tudo que aconteceria dali para frente mas não podia fazer nada para impedir, mudar o presente poderia causar um brecha enorme no futuro e destruir o passado mesmo que ele não exista mais, a pequena raposa que esteve anos consigo presa teve longos anos de sofrimento que infelizmente não acabaram quando deixou aquele lugar, ainda havia toda uma história para acontecer, história essa que estava sendo escrita naquele momento.

— Eles não podem nos ver? — todos estavam olhando para elas mas não moviam em sua direção para impedi-las.

— Eles veem mas não podem me tocar, quando você descende se torna a pior da espécies — responde — Aquele homem será jogado no mais profundo sofrimento, mas a gritos em minha cabeça que não são deles.

— Precisamos ir, tenho que falar com a raposa...

— Você não pode avisá-lo do que estar por vir, nesse exato momento, isso já começou — apontou em direção a Xucheng.

O rei das terras afastadas se levantou de seu trono e seguiu para fora em busca de seu cavalo, partiria naquela mesma noite em direção ao reino de Altium na intenção de recuperar a pequena raposa, que havia sido marcada e pertencia ao alfa Wang, seu companheiro de alma e vida. Acima de suas cabeças a deusa Lunari e Solari olhavam com pesar para tudo que veria pela frente mas não podiam descer ao reino mortal para intervir por seus filhos, restava a elas consolar de alguma forma aquele continuaria vivo.

— É tarde demais para a pequena raposa? — apertou a mão de Norami — Por que tão cruel o destino?

— Porque assim é a vida, nascemos para morrer, vivemos para morrer — o leva para fora do castelo em direção a floresta sem vida — Mas importante é o que fizemos de nossa vida antes de abraçarmos a morte, fizemos tudo que deveríamos ou vivemos miseravelmente?

As almas destinadas seguiram em silêncio caminhando pela floresta escura em uma direção completamente contrária ao reino de Altium, por mais que quisesse ver a pequena raposa novamente antes de partir com sua companheira não poderia fazer isso, os deuses tinham escrito um destino realmente cruel para Zhan, era tolo de sua parte acreditar que algum vez aqueles que estava acima de si poderiam ser justo.

— Há algo que possa ser feito por eles?

— Sim, mas para isso regras terão que ser quebradas e algo terá que ser dado em troca — segurou seu rosto em suas mãos — Um sacrifício por amor, assim como eu fiz, ele também terá que fazer.

— O que fez para estar aqui? E o que ele terá que fazer?

— Aceitar a morte.

Sweater Weather - YiZhan.Where stories live. Discover now