– Toma. - Alina me entrega um copo com a bebida rosa que eu nunca vou esquecer.
Ela é boa e extremamente perigosa, por esse motivo decido maneirar.
Dou um gole na bebida enquanto olho em volta, de todas as festa que eu já fui com Alina essa é a mais normal e nessa ainda tem uma mesa com algumas comidas, juro que vi alguns docinhos.
– De quem e a festa? - pergunto curiosa.
– De um carinha que eu conheci a um tempinho atrás, a gente tem saído e ele me chamou. - fala apontando para um moreno em uma mesa.
Continuo a beber e nos vamos conversando.
Não, eu não pretendo passar do meu limite, só vou beber o suficiente para me sentir bem e perder minha timidez.
(...)
Olho para o lado e vejo Alina se engasgando na boca do Pedro o dono da festa, faço uma careta e vou até a mesa com comida montando um pratinho com algumas quitutes.
Me sento em uma das poucas mesas que estão aqui e começo a comer.
Não que a festa esteja chata, mais o que eu posso fazer se até agora nada me animou? Nem mesmo o nível de álcool que eu bebi.
– Posso me sentar aqui? - Olho para o lado vendo um cara bem bonito.
O cabelo claro caído pelo seu ombro e o sorriso atraente com certeza fazem um belo estrago.
– Não. - Respondo voltando a comer.
O cara é um gato, mas o seu cabelo loiro não é nada em comparação ao preto brilhoso que o Guilherme tem, os olhos então, não são azuis que nem o dele e não me olham com aquele brilho que eu gosto, sem contar que ele não tem aquele sorriso incrível e nem as covinhas.
Saio dos meus pensamentos ao ouvir o barulho da cadeira e o cara se sentar na minha frente.
Reviro os olhos com isso e continuo a comer o ignorando.
– Prazer, Douglas.
Balanço a cabeça concordando e volto a ignorá-lo.
– O que você tá fazendo aqui sozinha?
– Comendo!? - faço uma careta o fazendo rir.
– Eu não pretendo dar em cima de você ou qualquer coisa do tipo, então não precisa ficar na defensiva.
Reviro os olhos com isso.
– Você pode muito bem falar isso, ai eu dou trela e AI sim você da em cima de mim. - dou de ombros.
(..)
– Então deixa eu ver se entendi, o cara é apaixonado por você, ai ele te sequestrou porque você era chata é não dava nenhuma chance dele se aproximar?
Faço uma careta e concordo.
Depois de muita insistência dele a gente começou a conversar e eu vi que ele era um cara legal, que tem um tombo enorme por uma loira que a cada três minutos olha para nossa direção com a cara fechada.
– Aí vocês chegaram em um acordo e se resolveram, aí foram flores e corações, de repente aparece uma doida e você desce a mão nela por ciúmes que você diz não sentir, de um cara que você não gosta?
Não perco o tom irônico no final da sua pergunta me fazendo bufar.
– Ok, talvez eu goste um pouco dele.
Douglas revira os olhos.
– Eu não vou comentar isso, pelo que eu tô percebendo o x toda da questão é ele ter nas suas palavras
"defendido" ela. - Concordo com a cabeça. – Se fosse ao contrário, você não defenderia a pessoa? Você deixaria ele bater em outro cara, até sei lá, o cara desmaiar ou ele cansar?– É claro que não.
– Então, a gente concorda que ele não errou nessa parte? - Fico sem palavras com isso e ele da de ombros. – Ele socorreu ela e errou em gritar com você, ai você saiu sem esperar ele voltar e durante todo esse tempo você não conversou com ele em nenhum momento.
Sabe aqueles momentos de choque, que você fica sem reação?
Então, eu tô em um desses momentos.
Porque a forma que ele está colocando os fatos, parece que foi uma enorme tempestade que se formou em um copo d'água.
– Convenhamos que o início de tudo foi errado e bem... Insano, mais você mesmo relevou isso e aceitou o cara. - Viro de uma vez a bebida do meu copo. – E concordo com a atitude de você ter ido embora, em um momento de cabeça quente a gente faz bastante merda.
Não perco o olhar dele para a loira e fico curiosa com a história, mas decido ignorar e focar nos meus pensamentos que estão uma bagunça.
– Eu não tenho o que falar, a não ser que acho os dois bem idiotas, ele um pouco menos apesar de tudo. - dá de ombros.
– Eu fui bem idiota com toda a situação? - pergunto temerosa.
De todas as vezes que ele veio atrás de mim, em nenhum momento dei uma chance para a gente conversar.
– Eu não diria idiota, um pouco imatura? Talvez, mais pensa comigo, a garota foi na intenção de fazer uma cena e separar vocês e apesar de ter apanhado, no final, ela conseguiu.
Deito minha cabeça na mesa é fecho os olhos ao sentir sua mão no meu cabelo.
Vários pensamentos rondando minha mente, mais os principais eram.
Como em tão pouco tempo eu já gosto do Guilherme?
E como eu que me julgava uma pessoa tão esperta, precisei de uma terceira pessoa para ver que apesar de todo o estrago que eu fiz, ela ainda saiu ganhando.
* Ai gente, eu tentei fazer toda uma vingança da Amanda, porém não bate com as planos que eu tenho para o casal. Sem contar que eu teria que mudar umas das cenas que eu mais gosto no livro, então não rolou.
* Douglas o herói da pátria... O que vocês acharam?
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Seja Minha
Romance- Sei lá, deve ser o jeito que ela te ignora. - Marcos fala chamando minha atenção. - Ela só me ignora, porque é tímida e não sabe como responder minhas investidas. - digo sério e com uma certeza, que até eu mesmo acreditei nessa bobeira. - Ou Ela n...