Capítulo 21

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Cruzo os braços e fico olhando para dentro do carro. Eu não sou obrigada a ver mais uma namorada dessa peste. Não sou mesma.

Ouço Guilherme dar uma risadinha e bato os pés no chão. 

Que ódio!

Eu não sei como isso pode estar acontecendo, até "Ontem" eu fugia dele e agora eu tô aqui. Querendo matar ele e suas ex's namoradas. 

Tudo piranha! 

Sinto Guilherme me cutucar e viro o rosto pro outro lado da rua. 

– Deusa, eu quero te apresentar a Dona Rosa, ela que fez aquele bolo que a gente comeu e você gostou. - fala e pelo seu tom de voz  percebe se que ele está se divertindo com a cena.

Sinto meu rosto corar e me viro lentamente dando um sorriso sem graça para eles. 

– É. Boa tarde senhora. - digo e dou um abraço na senhora. 

– Boa tarde menina, olha só meu menino. Que  linda ela é. 

Guilherme me puxa para um abraço e eu escondo meu rosto no seu pescoço.

– Você é idiota. - sussurro no seu ouvido e ele ri deixando um beijo na minha testa. 

– Você está indo para casa D. Rosa? - pergunto depois de me soltar do Gui. 

– Sim, eu vim comprar algumas coisinhas que faltavam para o jantar. - diz levantando as mãos e mostrando algumas sacolas, que logo Guilherme faz questão de pegar e Guarda lás no banco de trás. 

– Vamos, a gente te dar uma carona. - falo e ela concorda.

– Como vocês se conheceram menino? - pergunta pro Guilherme. 

Olho pra ele com a sobrancelha arqueada. 

Vai ser interessante isso. 

– É, ela é filha da Camilla D. Rosa, lembra dela?  - pergunta e a vejo concordar. – Então, ela sempre esteve na minha vida e foi praticamente impossível não me apaixonar, confesso que eu fiquei meio resistente no início. Mas de tanto ela insistir eu acabei cedendo, 

Guilherme da de ombros e tenho certeza que minha expressão é de puro choque.

Que mentiroso! 

– Essa é uma mulher decidida, parabéns minha filha por ter conquistado um homem desse. - murmuro um agradecimento e seguro a vontade de bater no Guilherme. 

– Vocês estão quanto tempo juntos? - volta a pergunta depois de um momento em silêncio. 

– Pode se dizer que há dois anos. - fala e reviro os olhos com isso. 

– Idiota. - murmuro balançando a cabeça em negação.

Depois dessa pequena conversa, vamos o resto do caminho em silêncio. 

– Obrigada pela carona crianças, mais tarde eu trago uma juntinho para vocês. - diz descendo do carro e  pegando as sacolas. 

Espero ela sumir de vista e deixo um tapa no braço do Guilherme. 

– Dois anos? Eu corri atrás de você? - pergunto e saio andando. 

– Deusa. - ouço ele me chamar e continuo andando. 

Paro na porta e espero pelo Guilherme para poder abrir a porta. 

Eu não estou com raiva, até achei engraçado. Mas ele não precisa saber disso.

– Você não vai pro céu. - falo quando ele chega perto de mim. – Mentido pra senhora descaradamente. 

– Não é como se esse fosse meu único pecado, né? - Guilherme fala revirando os olhos e me dá um sorrisão. 

Aí caralho, que sorriso filha da puta. 

– E aquela massagem? Ainda está de pé? - pergunta mudando de assuntos e eu concordo pulando em cima dele.

– Mais antes eu quero um banhozinho e também uma soneca. - falo dando um selinho nele e corro para o quarto.

– Não corre! - ouço ele gritar e acabo rindo com  isso.

É, pelo visto futuramente eu posso gostar dele.

Entro no banheiro e tranco a porta, tiro minhas roupa e tomo um banho rápido.

Ouço Guilherme bater na porta e começa gritar. 

– Desesperado. - resmungo enquanto me seco e coloco uma blusa dele.

Ele é meu namorado. Nada mais que sua obrigação me dá algumas blusas. 

– Amanda. ABRE AGORA. - grita me fazendo segurar a risada.

– Pronto! - falo abrindo a porta e empurrando ele para poder passar. 

Subo em cima da cama e puxo o lençol para cima de mim. 

– Porque você não me esperou? - pergunta parado no pé da cama, com um bico enorme na cara.

– Desculpa, eu só queria jogar uma água no corpo e descansar um pouquinho. 

Termino de falar e acabo bocejando. 

– Eu vou tomar um banho e já venho deitar com você. - fala indo para o banheiro e batendo à porta. 

– Quarenta anos na cara e tá fazendo birra. - resmungo me deitando e tentando espera por ele.

Sinto meu corpo pesar e acabo dormindo. 








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