Maratona

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Quando aquele carro parou, eu realmente pensei que ela desceria. 

Mais se a minha vida fosse tão fácil assim, eu não teria me apaixonado pela Amanda.

Eu continuei mandando mensagem e ligando, mas ela tinha claramente me bloqueado.

Se não bastasse ter me bloqueado, ela ainda mandou um fodido dedo pra mim, sem conta que a filha da mãe ainda me mandou ficar com aquela doida. Como se eu quisesse isso! 

Eu fiquei tão em choque com a sua atitude, que quando o carro que ela tava seguiu em frente eu fiquei parado lá.

Como que um fim-de-semana perfeito terminou assim?

Quando eu voltei para aquela casa, eu desmontei.

Eu não tenho vergonha em falar que chorei, porque eu realmente fiz.

São anos, gostando dela e agora que eu tinha ela isso acontece. 

Ok, errei sim, eu tenho consciência que fiz merda... Mas era necessário isso? 

Ir embora, desistir? Vai ser sempre assim? 

Respiro fundo e decido que preciso me acalmar e conversar com ela.

Dirijo até o meu apartamento e tomo um susto ao entrar e ver Alina deitada no sofá.

– É muito abuso. - falo fazendo ela pular de susto. 

- Que susto cacete. - põe a mão  no peito e me olha com a cara fechada. – Cadê ela? Se acertaram? Meu pai me contou o que você fez... Aí eu tive certeza, você é doente. 

Fala rindo me fazendo fechar a cara.

– Eu não sei onde ela está. - falo e ela arregala os olhos.

– Você perdeu a garota, puta que pariu. - coloca a mão na testa e se joga em cima do sofá.

– Eu não perdi ela. - falo me sentando ao lado dela. – Ela foi embora, deve estar em casa.

– Então você nao conseguiu? - pergunta jogando as pernas em cima de mim. – Faz massagem? 

– Consegui... Eu não sei. - dou de ombros e começo a fazer a massagem. 

Bem abusada ela! 

– Como assim? - pergunta e eu começo a contar tudo o que aconteceu. 

– Ela bateu na garota ? - pergunta rindo. – Amanda é a diva. 

– Foi... Chocante de se ver. Fiquei  com pena da garota. 

– Você é um idiota, ficou com pena, ajudou ela e ainda brigou com a garota. É um mané mesmo. - diz dando um tapa na minha cabeça. 

– Eu.

– Você nada, eu vou dar minha opinião. - fala me interrompendo. – Se fosse ao contrário, o que você faria? 

– Mataria o cara. - falo o óbvio.

– Então porque ela errou? - pergunta apontando para mim. – Você faria pior, então não tem direito e muito menos moral pra apontar o dedo pra ela. - dá de ombros.

– Tá. Errei, mas ela precisa fugir? Tudo se resolveria em uma conversa. - aponto o óbvio e ela revira os olhos.

– Quando você saiu de lá com aquela garota, deixou explícito que tinha ficado do lado dela. Pelo menos seria isso o que eu iria pensar. 

– Eu só quis ajudar. 

– De boa intenção o inferno tá cheio Guilherme. - Diz seria. – Você errou e ela também, ok, mais talvez se ela tivesse ficado lá e esperasse você chegar, imagina o que aconteceria. Vocês dois de cabeça quente, eu te conheço Gui e conheço ela também.

– O que você acha que aconteceria? - pergunto e ela ri.

– Ela ia explodir e falar coisas sentindo o calor do momento, e você com certeza se magoaria. Ela ter ido embora com certeza foi o melhor.

– Melhor pra quem Alina? Isso é imaturo da parte dela.

– Se ela ficasse do lado do ex dela, o que você faria? - fala e fico calado. – Sabe o que eu acho? 

Olho para ela e a vejo seria. 

– Que vocês são imaturos demais, não só ela, você também. Vocês precisam conversar. - Da de ombros. – Mais eu como mulher vou ajudar ela e arrastar aquela gata para uma festa. - Se levanta fazendo uma dancinha escrota.

– Idiota. - cruzo os bracos. – Se você fizer isso pode esquecer minha existência.

Alina para a dancinha ridícula e me olha, começando a gritar.

– MEUS DEUS, TEM UM DESCONHECIDO NO APARTAMENTO.
-   E sai correndo batendo a porta.

Respiro fundo e jogo a cabeça para trás.

Isso tudo é fodido demais!




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