Maratona

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– Amanda! - sinto alguém me chamar e jogo o travesseiro em cima da minha cabeça. 

Quando Guilherme foi embora, eu fiquei pensando o que eu deveria fazer. 

"Terminar" tudo com ele ou tentar resolver as coisas.

Mais só de pensar em fazer as pazes com ele, eu lembro dele defendendo ela e saindo de lá com aquela galinha no colo.

Idiota, idiotia e idiota! 

– Cacete Amanda, acorda o pai quer falar contigo e eu também. - fala socando a porta.

– Aaah! - grito e me sento. – Quebra a porta? Não, quer um martelo não? -  pergunto olhando pro nada.

Senhor, a hora que tu quiser tu pode devolver meus sentidos! 

– O que aconteceu, com você e o Guilherme?

Bicho fofoqueiro, Cruz credo. Não, que eu não goste de fofoca, mais como ele eu nunca vi igual.

– Eu tô bem obrigado! - debocho e ouço ele ri. – Não aconteceu nada... Mentira aconteceu tudo, mais eu acho que já acabou. 

Levanto e abro a porta.

– Aconteceu? - pergunta me fazendo rir com a careta que ele faz. Ele corre e se joga na minha cama  me chamando. – Ele te machucou? O que aconteceu? Não, não quero saber o que aconteceu, seria muito nojento, você é minha irma, minha bebê e ele não merece você.

Faço uma careta com ele falando e vou até o banheiro lavar o rosto.

– Respira por favor - Peço enquanto escovo meus dentes.

Ele continua falando sozinho e eu não faço nem questão de prestar atenção, já que quando ele entra nesse modo só para quando quer.

– EU TIVE UMA IDEIA INCRÍVEL. - Grita entrando no banheiro. – Que tal a gente fazer a noite dos irmãos? - diz me fazendo rir. – Você me conta tudo o que aconteceu e depois você me dá um concelho porque eu fiz uma merda daquelas.

Dou um sorriso com isso.

– Super apoio. - falo o abraçando.

–  Vou descer e pegar algumas coisas pra gente comer. E o pai quer falar com você. - Diz correndo para fora do quarto.

Faço uma hora no quarto, enquanto decido o que contar para o meu pai, afinal, eu não sei se a notícia do "sequestro" seria bem aceita por ele.

(...)

Desço as escadas e vejo meus pais sentados no sofá se beijando. Eu quero isso para mim, um amor que nem o deles, não precisa ser perfeito, só precisa ser verdadeiro! 

Acabo me lembrando de quando Guilherme falou que iria esperar o meu tempo e sinto um friozinho na barriga.

Talvez eu tenha me apegado a ele, o jeito que ele me tratou e me respeitou foi perfeito... Mais ele estragou tudo. 

Vai ver ele gosta dela também, eles já namoraram uma vez. 

Respiro fundo e decido ignorar as minhas paranóias, afinal, nos dois não temos mais nada, então se ele quiser ficar com ela, eu não vou ter nada haver.

Mas tomara que ele não queria.

– Pai, mãe. - falo abraçando eles e pedindo a benção.

– Sem conversas, só quero saber onde você tava e o que tá acontecendo entre vocês? - meu pai fala cruzando os braços fazendo minha mãe dar uma risadinha.

– É. O Guilherme me levou para a casa da vó dele, a gente passou o final de semana lá. - falo uma meia verdade, já que ele realmente me levou lá, meus pais só não precisam saber que eu estava desmaiada na hora da viagem.

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