Capítulo 19

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Olho para a menina de cima a baixo e faço uma careta.

Eu lembro de ter visto ela em algum lugar, forço minha memória e nada me vem à mente. 

Droga! Eu sei quem é ela, tenho certeza disso. 

– Oi Gui, você sumiu. - fala dando um sorriso arreganhado para ele.

Fico na frente do Guilherme e ele passa as mãos pela minha cintura e beija minha cabeça. 

– Eai. - ele fala simplesmente e a vejo ficar sem graça. 

– Como está a tia Bianca? - ela pergunta tentando puxar assunto, me fazendo revirar os olhos. 

– Tá bem. 

– É, será que a gente pode conversar? - ela me olha e me dá um sorrisinho. – Vai ser rápido. 

– Amor, vamos logo. - falo olhando pra cara dela e sorrindo também.

Aqui não querida. Esse terreno só eu capino. 

Belisco o braço do Guilherme disfarçadamente.

– É Laisa, a minha namorada está com pressa. E se eu bem me lembro eu não tenho nada o que falar com você. - diz me puxando para andar. 

– É Larissa! - ouço ela falar e seguro uma risada. 

– Tá bom Lais. - fala sem olhar para trás. 

Vamos andando de mão dada até o momento em que ele vira a esquina. 

– Quem é ela? - pergunto com as mãos na cintura. 

– Ninguém. - diz dando de ombros. 

Dou um tapa no braço dela e o ouço resmungar. 

– Quem é ela? Gui! - imito ela falando e ele gargalha.

– Uma... Amiga. - fala olhando para o alto. – Uma ex namorada Deusa. 

Concordo com a cabeça e saio andando na frente dele. 

Não tem porque eu ficar com raiva, ou ciúmes. Eu nem gosto dele.

– Tá indo aonde? - pergunta andando atrás de mim. 

– Farmácia. 

– E você sabe como chegar lá? 

– Você me fala como. - dou de ombros e continuo a andar. 

– Esquerda. - Guilherme fala e eu viro para onde ele falou. – Você tá com raiva? - pergunta segurando no meu braço e me puxando para um canto. 

– Não. - respondo me soltando dele. – Porque eu estaria? 

– Não sei. - Guilherme ficam
me olhando por um tempo e abre um sorriso de repente.

– Isso é ciúmes? 

Olho para ele e o vejo com um sorriso enorme. Seus olhos brilhando intensamente. 

Dou de ombros e ele me puxa para o seu colo. Solto um gritinho e acabo rindo com a sua atitude. 

– É ciúmes? - me pergunta novamente. 

– Talvez? - respondo sem graça e ele ri. 

– Você sabe que não precisa disso, né? - concordo com a cabeça e enfio meu rosto no seu pescoço. 

– Nos vamos na farmácia e depois eu vou te levar para tomar um sorvete. O que você acha? 

– Eu acho uma boa ideia. Você vai me levar no colo? - levanto a cabeça para olhar para ele e o vejo com um sorriso. 

Eu posso me acostumar com isso. 

– Se você quiser. - dá de ombros. 

– Eu posso ir andando do seu lado, abraçadinha com você. - falo e ele concorda.

Ok, talvez eu esteja gostando dele, mas só um pouquinho. 

Não tenho do que reclamar , até agora ele tem agido como um verdadeiro principie, então eu posso agir com uma princesa. A princesa dele.

É isso, eu vou fazer a minha parte para que nós dois possamos dar certo!

A farmácia é em frente à sorveteria, olho ao redor e vejo algumas lojas de roupas. 

– O que você quer comprar aqui Deusa? - me pergunta. 

– Vai pedindo os nossos sorvetes. - falo, eu não vou conseguir comprar o que eu preciso com ele do meu lado.

– Não, eu vou ficar aqui com você. - fala me fazendo revirar os olhos. 

– Tanto faz. - o puxo pela mão e o levo até o balcão. 

– Boa tarde! - o farmacêutico fala assim que vem nos atender. – O que você vai querer? 

– É, boa tarde. Você tem a pílula do dia ... Seguinte. - resmungo a última parte. 

Tenho certeza que eu corei até o último fio do cabelo. 

– Já volto! - ele diz saindo para pegar o meu pedido.

– Pílula? - Guilherme fala e eu concordo com a cabeça simplesmente, ouço ele bufar e me virar para ele.

– Não precisa ficar com vergonha Deusa, apesar de que caso você engravidasse eu iria adorar a ideia,  eu sei que esse não é o momento. - diz e deixa um beijo na minha testa.

– Você não tá chateado? - pergunto deixando um beijo na sua bochecha. 

– Não, como eu disse. Eu sei que esse não é o momento. 

Puta que pariu, até que ele é perfeito!

Guilherme me solta e anda até um canto que tem camisinhas e outras coisas, vejo ele pegar algumas embalagens e levantar na minha direção. 

– Filho da tia Bibi! 

Ó farmacêutico logo volta com o meu pedido e vou até o caixa, Guilherme vem atrás de mim e coloca as coisas que ele pegou. 

Camisinhas, óleo corporal e chocolates. 

A atendente passa tudo rapidamente e quando eu pego o meu dinheiro que estava na capinha do celular para pagar, ele entrega uma nota de cinquenta reais para ela. 

– Eu ia pagar. - falo para ele que dá de ombros.

– Eu fui mais rápido. 

Idiota!

Saímos da farmácia e vamos até a sorveteria. 

Pego uma garrafinha d'Água e me sento em uma mesa para tomar o remédio, enquanto isso Gui vai pegar nossos sorvetes. 

Bebo um dos comprimidos que vem na cartela e guardo o outro para tomar no horário certo. Ele logo chega com os nossos pedidos e se senta ao meu lado. 

– Me dá um pouco do seu? - pede me fazendo rir. 

Entrego uma colher do meu sorvete para ele que come e pede mais.

– Sai daí guloso. 

Guilherme me da língua e começa a falar sobre a ideia da gente ir para a praia. 

– Guilherme! - ouço aquele voz de novo e reviro os olhos.

– Pronto, de novo. 






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