Capítulo 33

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– Você vai hoje no meu irmão? - Ouço a voz da Alina pela chamada e respiro fundo.

– Não sei. - Resmungo.

– Já se passaram duas semanas desde a festa gata. - Ouço Douglas gritar.

Depois que eu apresentei os dois, eles estão inseparáveis.

– Só tô tomando coragem para sair de casa e enfrentar a fera. - Falo uma desculpa qualquer.

– A fera que você ama.

– Alina. - chamo a atenção dela que gargalha.

– Ok, se você não quer ouvir a verdade, tudo bem, não vou te julgar. 

– Xiu! Eu vou hoje, satisfeitos?

– Grava esse momento para mim. -  Douglas grita me fazendo rir. – Aí a gente faz um encontro de casais.

– Você é encalhado carniça, ninguém te quer. - Alina implica.

– E você desgraça? É o que?

Não consigo evitar e dou risada desses dois.

Ficamos por um tempo conversando e logo eu desligo. Aproveito que o meu irmão vai sair e peço  carona para ele. 

– Acha que vocês vão se acertar? - Marcos pergunta me fazendo dar de ombros.

– Sei lá, a gente tem que conversar antes. Não vou mentir, que talvez a minha vontade é de chegar lá já lascando um beijão nele.

– AMANDA, SUA NOJENTA. - Grita me fazendo rir. – Sua pecadora, você é menina moça.

– É, sou. - debocho e ele puxa meu cabelo. – Seu besta.

– Eu apostei cem reais com o pai que você voltava com ele. - Conta mudando de assunto.

– Vou falar com a minha mãe. - falo e ele para de rir.

Dou uma gargalhada da cara que ele fez e ele começa a resmungar.

– Você sabe que a mãe não gosta que a gente faça esses negócios de aposta. Se eu ganhar, eu divido com você. - fala me fazendo dá um tapa nele.

– Idiota. - falo e sinto minhas mãos molharem ao ver o prédio que ele mora. – Me espera aqui em baixo? - peço e ele concorda.

Não tive problemas para entrar, afinal Guilherme já deixou liberado a minha entrada. 

A única coisa que eu pedi foi para não avisarem a ele que eu estava subindo.

Senhor, que tudo dê certo hoje!

Peço assim que eu entro no elevador, não demora muito e logo eu chego no andar do apartamento dele. 

Bato na porta dele e ouço vozes animadas lá dentro, bato outra vez e ouço o barulho da porta sendo destrancada.

– Pois não? - Uma mulher pergunta me fazendo fechar a cara.

– O Guilherme tá aí? - pergunto seca e vejo ela corar.

Piranha! 

– Hm. Ele tá no banho, quer entrar? 

Entrar? Só se for pra espancar ele.

– Não, só avisa a ele que a Amanda mandou ele pra puta que pariu. - falo e me viro indo até o elevador.

Pelo visto não foi uma boa ideia ter vindo.

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