Maratona

3.7K 309 117
                                    

3/4💎

Eu fiz merda! 

Era a única coisa que vinha na minha mente enquanto eu dirigia. 

– Obrigado meu bem! - Larissa diz apertando meu ombro. – Eu sempre soube que você ia me defender. 

– Eu não te defendi. - falo acelerando o carro. – Você tá quebrada e eu tô adorando te ver assim. 

Ouço ela e a vó dela ofegar.

– Você Rosa, ia pra cima da minha mulher e ao menos sabe o que a piranha da sua neta tava fazendo, ela apanhou com razão. - falo e vejo ela abaixar a cabeça. – Eu só aceitei trazer ela até essa espelunca , porque eu quero dá um único aviso. 

Larissa está com os olhos arregalados e isso me faz rir.

– O que? - ela pergunta baixinho.

– Isso  que aconteceu, não vai sair daqui. Vai ser um segredo nosso, ok? - ela nega com a cabeça me fazendo gargalha. – Você tem um bom trabalho Larissa, seria péssimo para você perder ele?  - pergunto debochado e vejo ela prender a respiração e concorda.

– Acho que não. - falo parando o carro na praça. – Você sabe como funciona as coisas com a minha família, todo mundo sabe, né? - faço uma pausa e me viro para elas. – Meu pai fez um inferno nesse lugar pela minha mãe e eu? Sou capaz de fazer o dobro pela Amanda.

– Ela não vai fazer nada meu menino, você tem a minha palavra. - D. Rosa diz descendo do carro com aquela praga.

Encosto a testa no volante e respiro fundo. 

– Agora é voltar e encarar a fera. - falo manobrando o carro e indo em direção a minha casa. 

Sinto um aperto no peito e acelero o carro. Eu vou conversar com a Minha Deusa e a gente vai se acertar. 

Droga, agora que a gente estava se acertando essa porra aparece para estragar tudo. 

Dou um soco no volante do carro e dirijo o mais rápido que eu consigo, a necessidade de chegar lá o mais rápido possível, faz todo o meu corpo tremer. 

Assim que eu me aproximo da casa eu diminuo a velocidade, vejo minha Deusa sair da casa e  aquele aperto no peito volta com tudo. 

Ela ia fugir? Me abandonar? 

Sigo o carro que ela entrou e pego o meu celular no bolso da calça. 

• É a última vez, que eu vou atrás de você. Então desce do carro e vem falar comigo, se não, quem não vai querer mais sou eu.

Envio pra ela e vejo o carro parar.  

Paro o carro atrás e espero Amanda decidir o que vai acontecer. 

🌻 Amanda

Quando meu celular apitou e eu li aquela mensagem meu coração parou. 

Eu só mandei o motorista parar e olhei para trás, vi o carro dele parando em seguida e neguei com a cabeça rindo, sabe aquelas risada de nervoso, então.

Eu tô com tanto ódio, mais tanto ódio que eu sou capaz de matar ele. 

Meu celular apita novamente e vejo que ele me mandou mais duas mensagens.

* Decide Amanda! 

* Eu quero uma mulher ao meu lado e não uma criança. 

Foda se. 

* Fica com aquela piranha então. ☺️😙

Envio a mensagem e abro a janela do carro e mando um belo de um dedo pra ele.

– Acelera motorista. - falo e ele obedece sem entender nada. 

* Você é minha Amanda! 

Dou um gargalhada com a nova mensagem e bloqueio ele.

Onde já se viu, o garoto que me sequestrou falando que eu tô "errada".

Talvez eu tenha passado dos limites com aquela galinha, mas ele não tinha o direito de sair de lá com ela e ainda brigar comigo na frente dela.

Primeiro que ele nem tinha que brigar, porque se fosse ao contrário, tu acha que meu "ex" sairia vivo? 

Não nesse mundo, né. 

Encosto a cabeça na janela do carro e fecho os meus olhos, sinto uma pontada forte na minha cabeça e peço a Deus que não tenha trânsito.

Ele enchia a boca pra falar que me conhece, que isso e aquilo. Mais ele ao menos se importou em saber se eu tava bem. Todo mundo que convive comigo , sabe que depois de um nervoso eu sempre acabo passando mal. 

É ossada né, Pimenta no rabo dos outros é refresco. 

Falar que essa viagem não demorou, é mentira. O trânsito tava terrível e minha cabeça só fazia piorar a cada minuto.

Então, assim que eu vi o portão de casa eu só respirei em alívio. 

– Quando que deu a corrida moço? 

– 135,50 moça. - fala me fazendo arregalar os olhos. 

Agora eu posso falar, Guilherme definitivamente me fudeu!

Tirei a nota de cem reais da capinha do celular e entreguei para ele e fui no meu quarto pegar o resto. 

– Obrigado moço. - falo quando termino de pagar e entro dentro de casa.

Meus pais não estão em casa e isso me dá pelo menos um tempinho antes da grande conversa que eu vou ter com eles. 

Se eu vou contar toda verdade? 

É claro, quero distancia dele e nada melhor do que meu pai para me ajudar a conseguir isso.

Talvez eu me arrependa mais tarde, mas agora eu sinto que é o certo a se fazer.

A reiva da gata kkkkkk.

Menino Gui que se prepare.


Seja MinhaWhere stories live. Discover now