014 victory nachos

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NORA.

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Depois que nos arrumamos, eu e Angelina nos encontramos com o pessoal na lanchonete combinada. Eli tentou comprar bebidas para todos com sua identidade falsa, mas não deu certo e eu o chamei de otário. A lanchonete estava cheia de alunos dos outros dojos de karate que devem ter resolvido sair também, mas nosso grupo estava junto; com exceção de Miguel, que estava em uma mesa afastada e sozinho.

— Olha, eu admito, é legal estar em uma festa da vitória. — Demetri fala pegando um nacho.

— É, mas você não teve nada a ver com isso — Eli fala pegando a comida da mão dele e colocando na boca.

— Então eu vou fingir que é uma comemoração tardia pelo campeonato de programação que nós vencemos. Lembra? Demetri e Eli, irmãos binários. — ele fala fazendo uma dancinha de robô, arrancando risadas minhas, de Lina e Aisha.

— Para com essa nerdice, falou?

— Aposto que vocês eram uns fofos. — Angelina fala tentando apaziguar a briga dos amigos.

— Cadê o Miguel? Se ele não aparecer logo a comida vai esfriar. — eu comento tomando um gole de água. Quando Eli levanta para ir até Diaz, eu vou atrás. Não vou deixar ele sair na minha frente para falar com um garoto sofrendo.

Logo que eu estava chegando na mesa, senti uma mão no meu ombro, que me virou e me abraçou. O cheiro inconfundível de Rowan entrou pelas minhas narinas e me fez relaxar.

— Mil desculpas por não ter ido te ver. — ele fala me afastando um pouco.

— Tá tudo bem. Eu perdi, mas a gente ganhou. — falo dando um selinho rápido nele. Alguém pigarreia pelas minhas costas e percebi que perdi grande parte do diálogo com Miguel. Eu juro por Deus que se esse garoto falou alguma coisa distorcida pro Diaz, ele tá morto.

— Seu namorado, Nora? — Eli pergunta fingindo que se importa.

— Meu melhor amigo. Esses são Miguel e aquele ali, mas você sabe quem são.

— Prazer aí, cara. — Miguel fala simpático.

— Legal conhecer vocês, mas agora eu tenho que ir. — ele deixa um beijo na minha testa. — Não posso perder o esporro que minha mãe vai dar no Logan e o esporro maior que o pai dele vai dar por não respeitar ela.

— Que? — eu pergunto extremamente confusa.

— Ela achou as drogas dele. Vai ser o máximo. Te vejo depois, Benz. — ele se vira para os garotos de novo. — Tchau, gente.

Me sento na mesa com Miguel e Eli, que me olham com as sobrancelhas para cima. É divertido pensar no que deve estar se passando na cabeça deles.

— Amigo? — o latino me pergunta enquanto o outro permanece com cara de doido.

— Desde sempre.

— Parecem mais que isso. Ele é legal. Veio até aqui só pra te parabenizar.

— Não somos, nunca seremos. Mas ele é o máximo — bebo um gole de sua água. — E a chata da LaRusso?

— Ela me bloqueou.

— E você tá sofrendo por isso? O que você faz quando é bloqueado?

— Você contra-ataca, só tenta não acertar ela dessa vez. — Eli fala tentando dar uma de engraçado, mas eu balanço a cabeça em negação.

BLANK SPACE ─ cobra kaiWhere stories live. Discover now