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ÍSIS

A quadra se encontrava mais que cheia, pagode ao vivo rolando, churrasco e muita cachaça, por sorte ainda encontramos uma mesa vazia e foi questão de segundos pra por 1 balde de império Gold e 1 balde de Skol Beats, hoje era no amor. Misturada da braba.

LÍVIA: O bonde tá todo ali- diz olhando pro lado onde se encontrava Malvado, Cabeça, Corola e uns caras armados. Tinha um que eu nunca tinha visto e nesse momento olhava pra cá.

ÍSIS: Quem é aquele?- falo disfarçando pra Lívia que sorria sem graça, na hora que a gente olhou geral se virou, tomar no cu viu.

LIVIA: Faço a mínima ideia, mais o bofe é gostoso.

ÍSIS: Muita coisa, mais tô fora- falo bebendo minha garrafa de império.

LÍVIA: Malvado tá vindo, disfarça- fala me fazendo arreganhar os olhos.

ÍSIS: O QUE?- pergunto alto.

MALVADO: Quer me deixar surdo porra?- ouço sua voz grossa atrás de mim. Me viro sem entender absolutamente nada.

LÍVIA: Ela é super escandalosa mesmo- falou rindo, desgraçada.

ÍSIS: Não,eu não sou- falo seca, depois que eu descobri que ele tinha mulher não estava muito afim, isso realmente tinha me chateado.

LÍVIA: Me chamo Lívia, satisfação- falou a mesma estendendo a mão pro Malvado que sorriu de lado e apertou.

MALVADO: Nem preciso falar porque tu já me conhece tá ligado.

ÍSIS: Por aqui todo mundo já conhece, infelizmente- falo bebendo a cerveja numa golada só.

MALVADO: Qual foi Maria Ísis? Tá de marola?- disse segurando meu braço,me virei pra encara-lo, o olhar dele me causava tantos arrepios.

ÍSIS: Vai ficar com a tua mulher- falo puxando meu braço, o mesmo ignorou minha fala.

LÍVIA: Oi meu amor, tava com saudades- falou abrindo os braços.

COROLA: Nem parece que me viu ontem loira- veio agarrando ela pela cintura.

Quando olhei pro lado vi geral aqui, era o que me faltava namoral. O pagode começa a rolar de verdade tendo até roda de samba, meu lado dançarina se coçou e comecei a sambar com a Lívia que tava soltinha, Malvado e Corola estavam sentados na nossa mesa conversando.

Senti uma mão na minha cintura e quando virei dei de cara com o Júlio, viado tava com um shortinho curto e um blusão,  uma sandália da Melissa nós pés.

JÚLIO: O amor da sua vida chegou- disse me rodando, os meninos tudo parou pra olhar, abracei ele que apertou minha bunda.

ÍSIS: Sua pock safada, cheia das intimidades- bati em sua mão.

LÍVIA: Então é você que é o Júlio né- veio pro meu lado fazendo ele assentir e comprimenta- lá.


JÚLIO: O próprio, bicha- deu dois beijos em seu rosto.

LÍVIA: ADORO UM VIADO, vamos beber que a noite tá começando- estendeu uma garrafa de cerveja pro mesmo que pegou dando uma golada sinistra, tô vendo que esse entorna legal.

ÍSIS: Micaela nada pow, vagabunda que abandonou as amigas- pego o celular mandando mensagem pra própria. Assim que enviei vi ela chegar com o Peixinho de mãos dadas.

LÍVIA: Só foi falar da vagabunda.

MICAELA: Cheguei porra- disse me abraçando.

LÍVIA: Demorou né, tu tá muito vacilona cara- ela me largou e abraçou a Lívia que se encontrava com a cara de cu.

MICAELA: Tava resolvendo umas coisas, jamais vou abandonar vocês.

JÚLIO: As gatas esqueceu de me apresentar essa preta linda cara.

PEIXINHO: Qual foi maluco, minha mulher- puxou ela pela cintura e foi dando  um selinho.

JÚLIO: Eita que bofe grudento hein mona- fez a Micaela rir.

MICAELA: Só um pouco né amor, satisfação Micaela, tu é o Júlio né- fez o mesmo assentir.

JÚLIO: Já tô famoso nesse morro né Maria ÍSIS.

ÍSIS: Não é sempre que arrumo um viado pro bonde né- falo vendo o mesmo rir.

LÍVIA: Senta pro nosso bonde - começou a cantarolar quando começou o funk, era pau na buceta, pau no cu, virou puteiro.

Comecei a rebolar com o viado do meu lado, a quadra lotou pra caralho.

MICAELA: Com o bucetão ela arrasta, na quadra- foi dançando na frente do Peixinho que fumava um balão na cara dura.

PEIXINHO: Aí tu acorda o moleque rapaz- deu um tapa na bunda dela.

ÍSIS: Depois de velha ficar segurando vela pra Micaela porra.

LÍVIA: Daqui pra pior viada- neguei. Vi o Malvado levantar e sair pro fundo da quadra.

ÍSIS: Vou no banheiro - falo dando a minha garrafa de cerveja na mão do Júlio.

JÚLIO: Vê se não se perde gatinha- piscou.

Vou pra trás da quadra, tava um tumulto da porra, mais consegui passar indo até uns becos, vi de longe o Malvado encostado no carro fumando um baseado, ia me aproximar quando uma mina se aproxima do mesmo.

A vagabunda só no sorrisinho, não dava pra escutar porra nenhuma, ela tocava no braço dele, acariciava, era como se conhecessem a tempo, a mina era bonita, tava com uma roupa super curta e o que se destacava era seu peito de silicone no vestido bem decotado, ignorei e fui indo na cara de pau até ele.

ÍSIS: Malvado?

Tu não tá vendo que a gente tá ocupado garota?- a mina me mediu de cima a baixo.

MALVADO: Vai Beatriz, já te passei a visão tá ligado?

BEATRIZ: Tu não muda nada né João, vou te esperar, tu vai vê que nenhuma delas vai fazer o mesmo que eu fiz por tu.

MALVADO: Não me faz perder a paciência que eu tenho contigo sua piranha do caralho, tu não me engana, mete o pé- diz alterado. Eu me virei pra sair, aquilo estava constrangedor- Fica.

BEATRIZ: Não vou desistir fácil amor- falou dando um beijo no seu rosto e saindo, que porra foi essa? Mina não tem vergonha mesmo .

ÍSIS: Não queria atrapalhar, desculpas- falo super sem graça.

MALVADO: Papo reto tu não atrapalhou- falou seco.

ÍSIS: Legal- reviro os olhos e vou saindo mais ele me puxa pro seu colo.

MALVADO: Tu tá gostosa nessa roupa porra- diz com a mãos no meu pescoço, já tava molinha nas mãos dele.

ÍSIS: Vai ficar com a tua mulher, já disse.

MALVADO: Não tenho mulher parceira, e outra tu é minha sacou?

ÍSIS: Não... Eu não sou - falo olhando naqueles olhos que me causavam um arrepio fora do comum.

MALVADO: Teimosa né, tu é minha, de mais ninguém - diz me dando um beijo que logo respondo, minhas mãos enrolam seu pescoço.

ARABIANA⚡️Where stories live. Discover now