03 - Por Que Louis, Por Que?

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Passei o resto do jantar em silêncio, após a irmã do Louis falar aquilo.

Claro que as crianças iam encher o saco com um questionário de perguntas, tais como: "Papai, como assim assassino?" ou "Papai, por que você trouxe o homem que queria te matar pra nossa casa? "

Isso estava me irritando. Então, pra eu não falar nada desagradável, fiquei quieto, comendo e escutando a briga de Louis com sua irmã por ter falado aquilo na frente dos pirralhos. Niall e Theodore rindo com as expressões de confusão das crianças, vendo seu pai gritando com sua tia.

Eu não conheci Charlotte quando quando conheci o Louis. Ele dizia de suas irmãs, mas elas estavam em algum internato, algo assim.

Ela parece uma pessoa fria, que taca o foda-se pra tudo e todos.

Bom, talvez eu esteja sendo precipitado e ela esteja num dia ruim.

- Louis, para de ser doente, acabe com essa paixão pelo Styles e mata ele de uma vez, porra! - okay, isso saiu um tanto quanto preocupante, pela primeira vez, nessa discussão idiota, levanto o olhar pra ela. - Louis, ele tentou te matar, será que você não vê? Ele é uma ameaça pra nós. Para seus filhos, Louis.

- Ei, ei, calma aí, florzinha, eu não gosto de crianças mas nem por isso saio matando quem eu vejo pela frente, porra. Eu só mato quem me pagam pra matar, e eu só aceito matar, se eu souber que a pessoa merece morrer. Você acha que eu sou tão sangue frio a esse ponto? Caralho, eu não sou a porra de um maníaco que sai por aí, matando á noite. - estouro e todo ficam e silêncio, escutando eu falar.

- Eu não te conheço, como vou saber o que você faz?

- Então se lembra do que você disse á segundos atrás, quando disse que eu sou uma ameaça pra vocês. Eu não estou aqui porque eu quero e nem por isso vou matar crianças inocentes, nem você, nem Niall e Theodore.

- Harry, abaixe a voz, você está na minha casa e na minha mesa de jantar. - Louis me encara com fúria nos olhos, tão cansado quanto eu dessa briga inútil.

- Então, senhor Tomlinson, eu posso me recolher para ir me deitar, ou preciso esperar o senhor terminar de comer pra me retirar da mesa? - fuzilo-o com o olhar. Ele vacila, mas logo ergue sua postura.

- Vamos logo, perdi o apetite e você já terminou de comer. - ele se levanta e começa a caminhar pra fora da sala de jantar, pisando duro.

Me levanto rápido, sem falar nada e sem esperar nada de quem estava na mesa.

Subo as escadas com Tomlinson em minha frente. Ele entra no quarto e logo em seguida, eu entro, fechando a porta.

- Você tem problema na cabeça, não é? - ele diz, se sentando na cama.

- Você é a segunda pessoa que me pergunta isso em uma semana, acho que vou ter que ir a um psiquiatra pra ver se realmente tenho algum problema. - coloco as mãos na cintura, olhando indignado pra ele.

Por um breve momento, acho que vejo ele me analisar e quase rir.

Um breve momento.

- Isso não vai ser bom, não vai ser legal jantar todos os dias com a minha família e você na mesa. - ele passa as mãos no cabelo, suspira e abaixa a cabeça.

- O problema sou eu, não é? - dou de ombros.

- Realmente, o problema é você. Enquanto você tiver na minha casa, você não conversa com Lottie e nem com meus filhos e vai comer na cozinha com os empregados, okay? - me encara.

Resiliência - L.SDonde viven las historias. Descúbrelo ahora