19 - Você Por Inteiro.

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É como se meu corpo estivesse mais leve. As dores que eu costumava sentir em meus pensamentos diminuíram após a noite que tivemos.

Depois que saímos do jardim, Louis me levou para jantar e foi incrível. Fomos a um restaurante de massas, onde pedimos uma macarronada que estava deliciosa. Bebemos um vinho e conversamos. Uma coisa que não fazemos com frequência e quando fazemos, é sobre trabalho. Voltamos para casa e passamos o resto da noite transando.

Estou gostando desse lado de Louis. Ele vai tentar fazer de tudo para que eu me apaixone por ele de novo e isso é um tanto quanto perigoso. Me apaixonar por ele é perigoso no quesito de ser frágil. Vou ficar sensível, vou ficar carente e isso não é muito bom pra quem criou uma casca, como ele disse, em todos esses anos.

Talvez eu me arrependa mas vou correr o risco. Eu me machuquei e de certo modo, ele também. Vamos tentar fazer isso juntos. Mas, ainda temos problemas a ser tratados e não vamos deixar isso de lado por causa da nossa vida pessoal.

Agora, estamos entrando em seu Tesla, com Lauren e Ryan no banco de trás para irmos a consulta da pequena.

Ao contrário de Louis, eu e Ryan prestamos atenção em Lauren nesses dias e estou com medo de ser asma. Mas se for, estou disposto a ajudar no que eles precisarem, afinal, essas crianças me fazem bem, nada mais justo do que eu retribuir, ajudando elas a se sentirem bem.

Tocando no assunto de crianças, uma delas não está falando com o pai e muito menos comigo. Ryan ficou muito chateado com o que aconteceu mas infelizmente eu não posso fazer nada. Ele vai ter que aprender a conviver comigo e com seu pai juntos, mesmo que seja difícil. Ele gosta de mim, só não gosta da ideia de eu e seu pai estarmos juntos de novo. Com o tempo ele supera.

- Você devia ter prestado atenção na sua filha como a doutora pediu. - digo, quando saímos de sua casa.

- Eu esqueci, okay? Minha cabeça está cheia, não lembrei. - diz, revirando os olhos.

- Pra se envolver e conversar com o Edward você teve tempo, não é papai? Mas pra prestar atenção na saúde da sua filha, não teve tempo. - Ryan toma voz.

- Não vamos falar sobre isso de novo, Ryan. - Tomlinson o encara pelo retrovisor.

- Ele está certo, Tomlinson. - me encara rapidamente, indignado. - O que? É verdade. Você não reparou na sua filha e só se envolveu com trabalhos e comigo. Isso é errado e você sabe disso.

- Está bem, eu sou um péssimo pai, eu sei. Mas eu estou levando ela de volta na consulta e vocês fizeram o que ela pediu, vocês respondem as perguntas que ela fizer.

- Ryan responde. Ele é irmão dela. Eu só irei concordar. - dou de ombros.

- Por que eu? Você me pediu para eu ajudar você, não fazer tudo pra você. - se enclina para frente, colocando as mãos no meu banco e no de seu pai, me encarando.

- Senta direito, filho. Se eu bater e você não estiver de cinto, você voa para fora do carro. - Tomlinson fala e ele se senta direito, revirando os olhos e resmungando algo.

Solto um riso baixo ao pensar o quanto esses dois são parecidos.. Ryan é a cópia de Louis, tanto na aparência quanto na forma de agir. Ele é ignorante, revira os olhos a todo momento, resmunga, xinga baixinho e tem o sorriso mais lindo de todos. O sorriso deles são iguais.

Igual o dela.

São nesses momentos que eu penso: E se aquela menina for mesmo a minha menina, o que eu irei fazer? Como vou contar ao Louis que ele me deixou gravido e que eu mandei sumir com a menina? Isso é uma coisa que eu preciso pensar muito se aquela menina for minha filha.

Resiliência - L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora