17 - Uma Glock G19

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Meu corpo está travado no lugar. Não me mexo e não consigo encarar nada a não ser o chão.

Zayn chamou Tomlinson até a sua casa e me pediu para ir junto. O que diabos esse maconheiro metido a mafioso quer?

Sei que tem a ver com o que aconteceu no pub mas eu achei que Christopher ia deixar quieto. Mas infelizmente chegou aos ouvidos de Malik e já vi que estou fodido.

Meus dedos estão doendo de tanto que aperto os apoios de braços da cadeira. Tomlinson me chama algumas vezes mas meu corpo não reagem e não sai nada da minha boca.

- Edward, o que foi? - Tomlinson está ao meu lado e sinto seus dedos gelados encostarem na minha pele quente.

Sinto um arrepio correr pelo meu corpo. Como se fosse um estalo de dedo, pisco os olhos e minha respiração volta ao normal.

Encaro Tomlinson, que está com o semblante preocupado. Seus toques suaves no meu braço fazem eu me acalmar um pouco.

Eu não posso voltar a ter meu suporte nele, eu não posso ter minha âncora nele de novo.

Mas é tão bom. É tão bom ter os toques dele de novo, que eu não aguento.

Olho no fundo de seus olhos, encarando uma imensidão azul. Um precipício azul. Os olhos de Louis foram meu porto seguro. Eu amava encarar seus olhos. Amava chegar bem pertinho de seu rosto e encarar cada linha, cada traço de tons de azul dos seus olhos.

Percebo que ainda amo.

- Louis... - meu olhar desce para seus lábios, que por puro impulso, são humidecidos pela sua língua.

- O que foi Harry? Por que você travou do nada, você está be... - corto suas palavras ao segurar seu rosto e acabar com a distância entre nós.

Um beijo calmo, sem língua, apenas um toque de lábios é feito. Acaricio sua bochecha e sinto suas mãos irem aos meus cabelos, aninhando os dedos ali. Louis pede passagem com a língua e como resposta, junto a minha com a sua. Nossas línguas dançam em nossas bocas em total sincronia.

Sempre foi assim. Nunca mudou.

Sinto suas mãos na minha cintura, me impulsionando para me levantar. Assim faço. Sou colocado em cima da mesa e Tomlinson se encaixa no meio das minhas pernas.

Seus dedos firmes apertam a minha cintura, me fazendo arfar no meio do beijo.

- Eu não entendo a gente. - ele diz, após colar nossas testas.

- Eu também não. - sorrio.

- Eu quero muito entender. - se afasta para me olhar nos olhos.

Ele está falando a verdade.

- Eu também quero. - acaricio seu rosto com as mãos.

...

Coloco minha camisa branca com flores amarelas que Tomlinson escolheu no shopping e uma calça skinny preta mesmo. Nos pés, uma bota de couro que comprei no shopping também.

Eu realmente gostei do estilo que Tomlinson me mostrou. As estampas bem diferentes e coloridas dão um destaque maior para o meu corpo.

Tomlinson pediu para que eu o encontrasse na sala ás três da tarde. Como eu não tenho meu celular ainda, vejo as horas no despertador ao lado da minha cama.

Desço as escadas e sinto olhares em cima de mim. Meus olhos percorrem a sala e encontro uma silhueta no canto do cômodo, próximo a uma mesinha com garrafas de whisky.

Resiliência - L.SWhere stories live. Discover now