Resiliência - L.S

32 - Fibrose Cística.

Louis Tomlinson

Harry ficou meio estranho após o pequeno surto ontem de manhã quando fui acordá-lo. Achei estranho ele me pedir desculpas e dizer que tem muita coisa que não me contou, mas não dei muita importância por achar que era algum efeito do sono.

Durante o dia que Brithany ficou em nossa casa para nos conhecermos, Harry agiu normalmente e em alguns momentos, o peguei vagando em seus próprios pensamentos, sentado, acariciando sua barriga.

Eu sei que Harry fez muita coisa no passado, sei que esconde muita coisa de mim mas sei que é para me manter seguro. Mas as vezes eu acho que são coisas de mais para ele carregar sozinho. Creio que ele sabe de muitas coisas, muitos assuntos importantes e sigilosos entre máfias importantes e até mesmo de famílias simples de Londres.

Não gosto de pressioná-lo para me contar as coisas, mas eu tenho medo dele começar a se afundar em algo grave que ele fez ou foi ameaçado e não me contar e acabar passando por isso sozinho. Tentarei puxar o assunto com ele em breve.

Ter um marido esperando um bebê, irmãs estéricas com a chegada de um bebê, amigos surtando entre si pra saber quem será o padrinho do bebê e filhos brigando para saber o nome que o bebê terá, não é fácil de aguentar por nove meses. Tudo piora no último dia.

Hoje faz nove meses que a nossa menina está na barriga de Harry. Desde o chá revelação, - que ele me obrigou a fazer no sétimo mês de gestação - todos estão curiosos para saber o nome que Harry escolheu para a bebê. A única pessoa que sabe é Lauren pois ela soltou sem querer que Harry havia pedido a ajuda dela.

O nome pode ser bem diferente, talvez.

O parto de Harry está marcado para às 15h30m. Nossa filha nascerá no dia 10 de setembro.

Ryan ficou irritado por ter uma irmã que faz aniversário no mesmo mês que o seu, mas com o tempo ele acostuma.

Às 15h, eu e Harry estávamos saindo de casa. Nossa família iria mais tarde, após o parto para não ficarem tão angustiados - além de mim.

Já passei pela sensação de esperar um filho. A sensação de angústia, medo, ansiedade e agonia saíam rapidamente do meu corpo ao ver um pacotinho nos braços de Lucy. Por mais que não houvesse amor entre nós como um casal normal, nós nos respeitávamos e ficávamos extremamente feliz quando víamos que um filho nosso acabara de nascer bem e com saúde. A sensação era gratificante.

Agora, ao lado de alguém que eu realmente amo como parceiro, companheiro de vida, amante e acima de tudo, o amor da minha vida, o sentimento é o mesmo mas com uma pontinha a mais de felicidade por ser ele.

Harry se encontra deitado na maca, com o típico trapo de pano cobrindo minimamente seu corpo, uma touquinha em sua cabeça e vários médicos em sua volta.

Estou atrás de meu noivo - vestido igualmente a ele por conta da exigência de higiene - segurando sua mão e acariciado seu rosto com a outra mão livre. Está suando por conta da ansiedade e pela dor na barriga. Está sob efeito da anestesia já, somente com seus olhos em um tom de verde claro para os preparativos para o parto em sua frente.

- Está na hora, papai. Vamos conhecer sua menina. - doutor Alex, que fez os partos de minha esposa, de total confiança, está sorrindo abertamente por debaixo da máscara. Pude perceber pelos seus olhos minimamente fechados pelo ato.