04 - E Agora?

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Duas semanas.

Duas malditas semanas que estou trancado nessa mansão.

Eu já explorei cada cômodo dessa casa.

Louis não apareceu no quarto nessas duas semanas, deve estar dormindo em outro quarto. O que eu não entendi, foi porque ele me colocou no quarto dele. Eu sei que ele disse que é por causa do sistema de segurança mas eu acho que tem mais coisa aí.

Fizzy chegou á uma semana. Era pra ela ter chegado desde que eu estou aqui mas eu acho que teve alguns problemas e ela atrasou os serviços pro irmãozinho dela.

Eu não converso com as crianças e muito menos com Charlotte. Depois daquele dia que Louis me viu chegando com seu filho na sala de jantar, ele gritou muito comigo e repetiu trezentas vezes para eu não chegar perto de seu filho. As vezes nos cruzamos nos corredores mas nenhum palavra é trocada.

Agora, estou sentado em um dos corredores da casa, lendo um livro que achei no quarto de Tomlinson.

- Edward, Tomlinson tá chamando. - Niall aparece no fim do corredor, na escada, com a respiração pesada. - Essa escada me mata. - leva a mão até o peito, tentando recuperar o fôlego.

- Eu já disse pra você parar de fumar esses matos, prejudicam seu pulmão, Loira. - caminho até ele e descemos juntos, as escadas que ele quase morreu pra subir.

- Se fode, Harry. - me empurra de leve com o ombro, que acaba fazendo eu rir.

Caminhamos até a grande porta dupla do escritório de Tomlinson.

Eu não sei pra que uma casa tão grande, umas portas tão grandes, pra um ser humano de pouco menos de 1,70 de altura.

Niall bate na porta e escutamos um "Entre" do lado de dentro.

Tomlinson esta sentado em sua cadeira, que mais parece um trono aveludado, com Fizzy em sua frente, Theodore no sofá e Travor ao seu lado.

De novo esse homem aqui? Mas que diabos.

Louis nem olha na minha cara, mas percebo que ele está bastante nervoso, encarando Fizzy, que tem seus olhos presos no notebook em sua frente.

- Não é possível! - Tomlinson dá um soco na mesa, que faz todo mundo se assustar, menos eu. Ele me encara, me fuzilando com seus olhos azuis.

Cruzo os braços e abro um pouco as pernas, parando na posição de segurança marrento. Abro um sorriso de canto de boca, o que faz ele ficar mais nervoso ainda, vindo em minha direção, rapidamente. Eu só espero o ataque.

Ele me prende contra a porta, com sua mão cheia de veias em meu pescoço, pressionando ali.

- Seu idiota! - ele rosna contra meu rosto.

Eu só sei sorrir nesse momento.

- Eu te disse que não iam achar nada. - minha voz sai em um sussurro, pois minha garganta está sendo apertada pela mão de Tomlinson.

- Como pode? Um matador igual você não ter um registro, um flagra por câmera, um boletim prestado, uma testemunha, nada, não tem nada, Edward. - els grita, fazendo meu sorriso morrer e um olhar diabólico nascer no lugar.

- Eu sei trabalhar bem, Tomlinson. - digo entre dentes.

Ele me solta mas não dá tempo de eu recuperar o fôlego, quando recebo um soco no estômago.

Caio de joelhos e vejo Louis andando de um lado para o outro na sala, passando as mãos pelos cabelos.

- Por que não me mata de uma vez e acaba com essa angústia sua, hein? Me matando, ninguém vai mais te ameaçar, ninguém vai querer te matar pois se nem Harry Edward conseguiu, ninguém mais vai conseguir. - me levanto, ainda com a respiração fraca.

Resiliência - L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora