Doce Doutor - Livro 2 - Trilogia Doce

Capítulo - 14

- Maximus. -

***

    Como Andrew ainda continuava com seu corpo sobre o meu e sua respiração era suave e calma, decidi ficar mais alguns minutos ali. Mal conseguia acreditar que ele finalmente havia aberto seu coração para mim... Estava me perdendo em pensamentos quando vi que ja eram quase oito horas da manhã. Eu precisava por meu plano em prática. Me esgueirei para fora do seu abraço devagar, não queria acorda-lo de maneira alguma, afinal, ele estava realmente muito cansado. Ri por pensar nisso enquanto jogava meu cabelo para trás.

***

    Resolvi fazer um café da manhã completo para Andrew, mas com uma pequena surpresa. Enquanto terminava os waffles, ovos mexidos e o café, me peguei pensando se era isso o que eu realmente queria...

   E sim, era o que eu queria com todas as minhas forças.

    Não demorou muito para que eu escutasse passos leves atrás de mim, e quando me virei, Andrew me encarava com cara de sono enquanto vestia apenas uma camisa branca que realmente contrastava com as marcas de mordidas e chupões que depositei pelo seu corpo enquanto estava tomado pelo maior desejo que já senti. Mordi o lábio com força para espantar essas lembranças da noite anterior e evitar um volume indesejável...

    Por enquanto.

— Maximus? O que está fazendo? — Ele me encarou e depois deu um grande bocejo.

— Bom dia! Estou fazendo um café da manhã reforçado para você. — Dei uma piscadela para ele enquanto colocava a xícara com café e leite na mesa. Andei até ele, que abaixou sua cabeça e acabei depositando um beijo ali, que agora ardia ao perceber as manchas cor de vinho. Andrew não teve muito tempo para falar algo antes que eu o pegasse no colo e o sentasse na cadeira.

— Uau, você fez muita comida! — Ele dizia impressionado e ao mesmo tempo, tentando esquecer a vergonha, porém, aquilo não era nada além do meu dever. Eu quero fazer esse café da manhã para ele todos os dias, os almoços e os jantares também. Eu quero Andrew na minha vida para sempre... Não demorou muito para que ele bebesse um gole de café e mordesse o waffle que estava coberto com xarope de bordo e manteiga. — Está delicioso!

    Ele gemeu enquanto comia. O xarope escorreu pelo canto da sua boca... Não preciso falar que aquilo me atiçou novamente, não é? Quando percebi já havia pego seu queixo e o beijado, passando a língua por todo seu lábio. Aquilo era realmente doce, e eu não estava falando apenas do xarope.

    Logo seus braços estavam enrolados em meu pescoço. Rapidamente virei a cadeira para mim e o puxei, fazendo com que seu peito colasse no meu. Para não cair, ele passou suas pernas em volta da minha cintura, apertando com força e gemendo sem tirar os lábios dos meus. O coloquei sentado na mesa que era da altura certa para mim, e o beijei com mais vontade ainda.

    Foi então que me lembrei.

— Espera um minuto! — Falei me desvencilhando de seu beijo, não queria tirar minha boca da dele, mas isso era realmente algo importante. Muito importante. Quando o soltei ele fez um bico indignado. — Não faça isso pra mim, é algo importante... E que eu sei que você vai adorar.

— O que? — Ele perguntou estranhando, e estranhou ainda mais quando entreguei um cupcake de chocolate para ele. — Um cupcake?

— Sim. Coma. — Falei com um sorriso nos lábios. Ele me olhava intrigado, mas fez o que mandei. Na terceira mordida, a surpresa finalmente apareceu.

— O que é isso? — Ele perguntava enquanto tentava tirar algo de sua boca. Quando finalmente conseguiu, ficou de boca aberta e assim permaneceu. Seus olhos brilhavam. — Maximus...

— Andrew, sei que sua vida não foi fácil até agora, e sei que você sabe que a minha também não foi, mas eu sinto, no fundo do meu coração, que se você estiver comigo, tudo ficará bem. — Eu suspirei. — Eu te amo, Andrew. Eu quero ter você na minha vida para sempre.

— Maximus... — Seus olhos se enchiam de lágrimas. — Eu... eu nem sei o que dizer.

— Eu só quero te perguntar algo. — O interrompi. Coloquei minha mão na sua e o encarei. Aqueles olhos realmente faziam com que eu me perdesse. — Andrew, você quer se casar comigo?

    Nessa hora, ele explodiu em lágrimas. Seus olhos ficaram vermelhos, seu nariz escorria, e ao mesmo tempo que eu o achava fofo, também foi uma cena engraçada. Eu não esperava aquela reação. Ele tentava falar e apenas gaguejava, foi então que o abracei apertado.

— Eu aceito, Maximus. É óbvio que quero me casar com você! — Agora ele gritava de felicidade, ainda chorando como um bebê e me apertando forte. — Eu te amo!

    Foi então que demos mais um beijo apaixonado, demorado, cheio de carinho e amor. Não demorou muito para que o sentimento aumentasse e virasse outra coisa.

    Andrew insistiu muito para lavar o anel e colocar em seu dedo, e eu, obviamente o deixei sem escapatória quando coloquei o anel sobre a bancada da cozinha, o peguei no colo apertando o volume que só aumentava contra ele, e o mordia em seu pescoço.

    Cada passo era um gemido que aumentava ainda mais de volume, e aquele dia acabou igual começou, com o Andrew extremamente cansado, e eu? Tendo que fazer outro café da manhã bem mais reforçado no dia seguinte.

    E é assim que acaba a história de amor entre mim, um homem ferido que virou médico para reparar o passado, e um garoto que foi muito além de todos e mostrou para mim o significado de uma palavra que eu não encontrava nem nos dicionários da vida:

    Amor.

   FIM

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