Doce Doutor - Livro 2 - Trilogia Doce

Capítulo - 13

- Maximus. -

***

— Você pode começar a falar agora? Por favor... Eu preciso saber tudo o que aconteceu, Andrew, e você é a única pessoa que pode me falar isso. — Falei, enquanto olhava nos seus olhos e segurava sua mão, o reconfortando. Ele olhou para mim, secou uma nova lágrima que escorria de seus olhos, suspirou, e então começou a falar.

— Maximus, nosso primeiro encontro não foi igual à um filme ou uma novela. Eu não havia derrubado meus livros, você não me ajudou a recolhe-los e depois nós não fomos tomar um café. Magnus me trouxe aqui depois de conseguir me tirar de um cativeiro em que vivi por anos...  — Ele soluçava agora, e suas mãos tremiam. O encarei assustado, mas comecei a fazer carinho em sua mão com meu polegar, na esperança de acalma-lo.

— Continue. Eu irei te apoiar no que for necessário ok? Eu estou aqui por você, e para você.

— Eu sei. E foi por causa disso que eu me apaixonei por você! Eu cheguei aqui muito debilitado. Eu não conseguia falar por causa do trauma em ser aprisionado pelo meu pai alcoólatra por tanto tempo... Então, vocês decidiram que seria melhor se eu fizesse sessões com a Kim. Com o tempo, eu me apaixonava mais e mais por você, até que um dia, ela descobriu meus sentimentos e os usou contra mim. — Ele chorava ainda mais agora, como se Kim tivesse arrancado algo de dentro dele e pisado com toda sua força. Ele tirou sua mão da minha e escondeu seu rosto, soluçando. Eu entendi tudo o que aconteceu aqui, mas...

— Andrew, venha aqui. — O peguei pelo pulso e o puxei para perto de mim, dando um abraço apertado no pequeno garoto. Seu choro diminuiu conforme nossos cheiros se misturavam, e pude sentir seu coração bater ainda mais rápido quando ele enfiou seu rosto pequeno em meu pescoço. — Desculpe por isso, Andrew. Me perdoe por não me lembrar de absolutamente nada disso...

    Nessa hora, ele me abraçou ainda mais apertado e eu pude sentir lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu estava chorando por não lembrar de algo tão importante da minha vida, eu estava chorando por não lembrar de como eu encontrei o garoto que eu amo! Eu sei que amava o Andrew de antes, mas eu amo ainda mais o de agora. Eu não posso deixa-lo, ele faz parte de um passado do qual eu não me lembro, mas eu realmente quero um futuro com esse garoto ao meu lado. Eu realmente o amo!

— Andrew... — Eu afastei seu rosto de mim, sem deixá-lo sair dos meus braços. — Eu sinto muito por não lembrar do nosso passado, mas... Eu realmente desejo um futuro com você. Eu amo esse Andrew de agora, eu amo você! Você foi o único além do Magnus que realmente se preocupou e que quis o meu bem, Andrew. Eu não poderia ter uma pessoa melhor ao meu lado agora.

— Maximus... — Ele sussurrou.

— Esqueça tudo o que a Kim disse. Eu te prometo que ela nunca mais irá se aproximar de nós novamente, eu te prometo... Então, por favor Andrew, fique comigo. — Ele me encarou surpreso por instantes, antes de secar seus olhos, abrir um sorriso frouxo e balançar a cabeça em um sim.

    Quando percebi, já havia puxado sua boca para perto da minha, mas deixei que ele fizesse o último movimento. Deixei que ele se aproximasse, porque depois disso, ele não teria mais volta em sua escolha, depois desse beijo Andrew seria realmente meu.

— Maximus... Eu te amo. — Ele sussurrou novamente antes de colar nossas bocas. O abracei enquanto o dava um beijo doce, carinhoso e cheio de paixão. Sua língua não era ágil, o que deixou claro que aquele era realmente seu primeiro beijo, que eu era sua primeira paixão, e que eu seria a sua última. Eu jamais iria machucar aquele garoto.

    Eu te amo, garoto.

***

    Vários dias depois, Magnus nos disse que Kim havia sido presa por má conduta. Pelo que parece, ela sempre usava sua profissão contra seus pacientes. Depois do caso de Andrew ser descoberto, várias pessoas também foram à delegacia e a reconheceram como a psicóloga louca. Devo dizer que é um belo nome para uma mulher como ela.

— Uau, aquela mulher era realmente louca! Viu, eu te falei Magnus, porque você não aprende a me escutar? — Adrian reclamava enquanto bebia o seu chá, acompanhado por Andrew.

— Tá bom Adrian, você já falou isso umas vinte vezes! — Magnus reclamou do meu lado, enquanto revirava os olhos.

— Não revire os olhos pra mim! — Adrian gritou do outro lado, fazendo Andrew rir enquanto segurava sua xícara.

— Verdade, é você quem revira os olhos aqui... Ainda mais na cama. — Magnus disse e depois deu uma piscadinha. De longe pude ver as bochechas de Adrian ficarem roxas, e logo ele estava correndo até a sala para se atracar no pescoço de Magnus, o que fez com que todos caíssem na risada.

    Deixei os dois brincando na sala e fui até a mesa onde Andrew estava, na cozinha. Ele me deu um sorriso gentil, então passei a mão em sua bochecha, a acariciando. Ele se arrepiou com meu toque, e me encarou com aqueles olhos brilhantes que imploravam por algo que eu já sabia... Simplesmente me curvei e deixei um selinho nos seus lábios rosados, ouvindo logo atrás risadas baixinhas.

— Melhor irmos amor! Parece que estamos atrapalhando a noite quente de um casal! — Magnus dizia enquanto pegava Adrian no colo e ia em direção à porta. — Tenham uma ótima noite, casal.

— Para com essas piscadinhas! — Adrian resmungou.

— Por que? Eu sei que você adora elas! — Agora foi a vez de Magnus resmungar enquanto abria a porta para sair.

— Sabe o que eu adoro ainda mais? Sentir você dentro de mim... — Adrian sussurrou um pouco alto demais antes da porta se fechar completamente, o que fez Andrew corar rapidamente também. Não demorou muito para Magnus gritar lá de fora.

— Vocês não vão ser o único casal quente hoje! — Ele gritou rindo, e logo depois Adrian gritou para que ele calasse a boca. Caímos na gargalhada juntos, até nos recuperarmos do ataque de riso e degustar do silêncio novamente.

    Encarei Andrew novamente... Aqueles olhos me hipnotizavam de um jeito, que ele conseguiria facilmente tudo o que quisesse de mim. Me curvei novamente o beijando, mas dessa vez não apenas um selinho. Agora foi a vez de um beijo quente, e suave. Coloquei minha língua dentro de sua boca, e o gosto do chá de morango era delicioso. O beijo aumentava ainda mais agora, minhas mãos acariciavam seu corpo, suas mãos deslizavam pelo meu até que um barulho familiar me trouxe de volta a realidade. Quando me separei do beijo, Andrew estava com meu cinto em sua mão. O barulho de antes havia sido a fivela sendo aberta, e o olhar anestesiado de luxúria que ele me dava agora me fez ferver por dentro.

— O que você está fazendo, Andrew? — Perguntei, enquanto desabotoava os botões de minha camisa branca. Ele não conseguiu desviar o olhar, e mordeu seu lábio inferior antes de falar.

— Eu quero tentar, Maximus... Eu quero você. — Ele mordeu a boca novamente. Ainda desabotoava a camisa quando ele enfiou sua mão por baixo dela, a levantou e deu um beijo molhado em meu abdome. Nessa hora, pude sentir que todo aquele auto controle tinha ido para o espaço. Rapidamente o peguei em meu colo, passando suas pernas em volta da minha cintura e o levei para o quarto, jogando seu pequeno corpo em cima da cama macia. — Maximus...

— Você tem certeza disso, Andrew? — Perguntei já em cima dele. Ele segurou minha mão que estava ao lado de seu rosto e a beijou. Apertou suas pernas ainda mais contra mim, pressionando seu pequeno volume contra o meu. — Droga...

     Me desculpe, Deus... Mas eu não tenho mais salvação.

***

   A luz do sol entrava por uma pequena brecha na janela, e acertava diretamente meu rosto. Abri meus olhos devagar, olhando aquela visão incrível... Andrew ainda dormia, com seu cabelo bagunçado e um rosto quase angelical. Parece que não foi só você que foi salvo, garoto.

    Você também me salvou, e eu irei te amar eternamente por isso.

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    Olá amores! Sinto muito, muito, muito pela demora do capítulo. Minha vida estava uma bagunça, então espero que me perdoem! Para fazer as pazes, aqui tem um capítulo fresquinho para vocês, espero que se derretam lendo e se preparem para o próximo capítulo! Obrigada por todo o apoio e as mensagens, vocês são demais! Xoxo~