Capítulo - 12

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- Andrew. -

***

— O que foi, Kim? — Pude ouvir Maximus falando com a voz suave... Abri meus olhos devagar, percebendo que ele estava ao celular. Seus olhos verdes encaravam o teto, e seu rosto não demonstrava expressão alguma. Tão sereno... — Kim, eu já disse que isso não é uma boa ideia... Você sabe que Andrew está comigo, não precisa vir também.

    Ótimo, ela quer ocupar meu lugar ao lado de Maximus... Suspirei, fazendo com que ele me encarasse rapidamente. Seus olhos brilhantes... E pensar que eu não poderei ser contra a vinda de Kim aqui, se isso for um desejo dele...

— Conversamos depois. — Ele disse e desligou o celular, sem tirar seus olhos de mim. Eu forcei um sorriso para ele e logo me levantei do sofá em que havia adormecido. Olhei para o lado de fora da janela e me assustei ao perceber que já havia escurecido.

— Nossa... Por quanto tempo eu dormi? — Perguntei para Maximus, sorrindo. Ele deu de ombros, sem tirar seus olhos dos meus. Todo esse contato visual estava fazendo minhas bochechas arderem. Me virei de costas novamente e fiquei encarando a rua movimentada.

Andrew... — Ele disse, me forçando a encará-lo novamente.

— O que foi, Maximus?

— Eu estou com fome. — Ele disse com uma cara de criança travessa, e riu, o que fez com que eu risse também. Que risada gostosa!

— Tudo bem! — Tentei controlar minha risada, respirando fundo. — Então eu vou sair pra comprar algumas coisas para fazer algo que não seja omelete, ok?

— Ok! — Ele disse sorridente. — Não se esqueça da sobremesa...

— Claro que não! — Ri novamente antes de sair do apartamento e fechar a porta atrás de mim. Havia esquecido completamente que Maximus é quase um viciado em doces...

    Deve ser por isso que ele é tão doce...

***

    Já havia comprado tudo, e estava voltando para o apartamento quando decidi olhar meu celular, percebendo que já eram quase 22:00hrs!

— Não é a toa que ele estava com fome! — Falei para mim mesmo na entrada do prédio. Estava distraído com meu celular até alguém tocar meu ombro, me fazendo assustar e deixar o celular deslizar dos meus dedos.

— Calma aí! — Magnus disse erguendo as mãos, e morrendo de rir da minha cara.

— Está tentando me matar do coração? — Gritei, fazendo ele rir ainda mais alto enquanto se agachava e pegava meu celular. — O que você iria fazer se ao invés do celular fosse a torta que tivesse caído?

— Ah... Eu provavelmente iria comprar outra. Uma sem ser de chocolate, já que Maximus odeia esse sabor... — Magnus disse e virou as costas pra mim. Eu fiquei imóvel... Ele está brincando, certo?!

— Você está falando sério? — Não faço a mínima ideia de qual expressão estou fazendo agora, mas sei que deve ser alguma muito engraçada já que Magnus começou a chorar de rir!

— Desculpe... — Ele disse em meio aos soluços. — Eu estava brincando. Max adora torta de chocolate.

    Ele deu uma piscadinha, me fazendo bufar de raiva. Estávamos entrando na portaria quando Magnus parou de repente, encarando o estacionamento.

— O que aconteceu? — Perguntei me virando também, seguindo seu olhar e encarando um JCW Mini Cooper vermelho. — Magnus?

— Não é nada... Vamos entrar. — Ele disse sério, mas algo o incomodava naquele carro. Entramos no elevador sem ele dizer sequer uma palavra... Magnus ficou extremamente calado até chegarmos à porta do apartamento de Maximus, quando ele segurou meu ombro e deu tapinhas de leve na minha costa, sorrindo logo em seguida.

Doce Doutor - Livro 2 - Trilogia DoceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora