Em 1968, um estudante britânico chamado Porchay entra para o mundo dos irmãos Kim e Macau. Os três compartilham o mesmo amor pelo cinema e participam de movimentos revolucionários da época, contudo, a relação deles se funde a sensualidade cinematogr...
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Não sei ao certo em que momento tive coragem para tal ato, a única certeza que eu tinha é que aquilo estava mesmo acontecendo, Macau me beijava intensamente e quase me esqueci que aquilo também era parte da multa de Kim, mas eu não estava pensando muito pra ser sincero, de alguma forma eu me sentia comentando um crime, uma traição, era estranho querer que Kim estivesse aqui também?Dessa mesma forma, o sentimento era de que algo estava incompleto, sei que é estranho pensar assim, mas não consigo evitar.
- Devemos voltar - Disse Macau após encerrar o beijo, ainda estávamos no banheiro quando as coisas começaram a esquentar.
- Eu sei - Disse um pouco triste por ele ter parado.
- Chay você sabe que não tem que fazer isso né?
- Ninguém está me obrigando Macau, faz parte do jogo.
- Não quero que faça nada que não queira, pode acabar com isso quando quiser.
- Então vamos terminar essa multa de uma vez.
- Se pra você está tudo bem, vamos acabar logo com isso, Kim terá uma revanche, ele que aguarde.
Ele pegou minha mão e me guiou de volta para o quarto, Kim continuava lá, dessa vez bebendo o vinho sozinho e brincando com a estampa da almofada.
- Está vendo que não - Disse Macau - Então, estamos aqui pra terminar isso.
- Pois bem, fiquem a vontade, escolham o lugar eu não me importo, vou ler um livro enquanto fingem que estão sendo obrigados a isso, ignorem minha presença - E assim o fez, se levantou escolhendo um livro, sentando-se na poltrona que ficava de frente para a cama, não tive muito tempo para analisar suas ações porque logo após senti beijos em meu pescoço, notando que Macau estava abraçado a minha cintura enquanto fazia uma trilha naquela área sensível, um pequeno calor começou a surgir no meu corpo, eu realmente era fraco naquela região, e Macau pareceu gostar de descobrir isso.
Senti seus dedos brincando com os botões da minha camisa, começando a desabotoar um por um, era estranho o fato de que ele me manteve naquela posição, de frente para Kim, mesmo sabendo que eu estava olhando para ele, como se quisesse que eu fizesse isso.
Depois de alguns botões abertos, sua mão adentrou meu abdômen apalpando minha pele, eu estava começando a entrar em combustão com tão pouco, mas o estopim foi um movimento lento de suas mãos que desceram sem eu notar, apertando meu membro o que me fez soltar o primeiro gemido.
Mesmo após alguns gemidos da minha parte, Kim continuava lendo aquele livro, que parecia bem mais interessante que nós naquele momento, ou pelo menos era isso que ele queria que a gente acreditasse, Macau finalmente me virou para sua frente, e pude sentir seus lábios novamente, ele me apertou mais contra o seu corpo e foi nessa hora que senti o quanto ele também estava excitado, o guiei cegamente até a cama, onde o fiz sentar na beirada, tive o instinto de virar para trás e ver se Kim ainda estava tão concentrado em sua leitura, mas desisti, ele poderia não ver o que eu ia fazer, mas com certeza iria escutar.
Abaixei ficando de joelhos para Macau, e comecei a descer o zíper da sua calça, sem muita enrolação, comecei a abrigar seu membro em minha boca, da melhor forma que conseguia, foi quando ouvi seus primeiros gemidos, eu fazia questão de ser o mais barulhento possível enquanto chupava cada área dele, aquilo tinha se tornado um jogo pessoal para nós três, pelo menos eu via assim, eu queria provocar Kim, queria ver até quando ele ia manter a pose de "não estou me importando com o que estão fazendo"
Permaneci dando o meu melhor para tirar gemidos cada vez mais altos de Macau e eu estava conseguindo, chegou uma hora que eu vi que ele estava no limite, então interrompi o que estava fazendo, soltando um barulho pornográfico ao parar com aquilo, subi para o colo do moreno o beijando intensamente, ele me ergueu colocando meu corpo deitado na cama, passou os dedos na bebida que estava no copo do móvel do lado e melou os dedos no vinho, deitou em cima de mim e levou os dedos a minha boca, enquanto sugava o gosto doce invadia minha boca se mesclando com o gosto dele, quando ele viu que já estavam lubrificados o suficiente, começou a colocá-los dentro de mim, trazendo sensações novas e eu estava realmente apreciando os movimentos certeiros que ele fazia, fazendo questão de gemer a cada estocada dos seus dedos, passamos um tempo daquele jeito e eu já não estava aguentando mais, eu queria ele, e como se parecesse adivinhar meus pensamentos, ele os retirou, e se encaixou grudando seu corpo ao meu.
- Ainda pode me parar - Sussurrou ofegante próximo ao meu ouvido.
- Não ouse parar aqui - Retruquei, também com a voz cortada pelo êxtase.
Ele atendeu meu pedido, e adentrou sem aviso, uma ardência tomou conta do meu corpo, mas a excitação só me fazia pedir por mais, e logo aquilo não se tornou mais incômodo, agora o quarto cheirava a sexo e bebida, o único barulho audível era o das estocadas de Macau e dos nossos gemidos, por um estante quase esqueci que Kim ainda estava ali, e se eu conseguisse manter os olhos abertos e me ergue-se um pouco eu poderia vê-lo.
Nós atingimos o limite quase que no mesmo momento, e tentávamos regular a respiração, Macau deixou um selo singelo na minha testa, e eu sorri pelo ato, finalmente tive forças para olhar para a poltrona onde Kim estava sentado, contudo ela estava vazia.
- Pra onde ele foi? - Indaguei encarando Macau que sorriu.
- Com certeza ele teve algum probleminha, e está neste momento trancado no banheiro mais próximo com as mãos ocupadas - rimos da situação de Kim, e eu estava contente, afinal eu tinha conseguido o que queria.
