Molly Lawrence e Joseph Quinn se conhecem desde seus longos anos na Universidade de Artes de Londres e desde então se tornaram melhores amigos inseparáveis. Quinn conhecido no mundo todo por seus diversos envolvimentos casuais e papéis renomados nas...
"dois pássaros em um fio, um tenta voar para longe e o outro o observa de perto, daquele fio"
- Two Birds, Regina Spektor
Quinta-feira, 15 de Novembro, 2016
Joseph's point of view on
Estava sentado em uma das mesas de meu restaurante favorito, também era o de Molly, alguns barcos velejavam, pego um copo de água em mãos e dou um gole, observando a paisagem à minha frente a medida que o sol ia se pondo.
Não era nenhuma data especial, apenas iríamos jantar como de costume, estava tentando coletar o máximo de memórias de conforto com Molly, para que a saudade parecesse ligeiramente menos dolorosa ao lembrar da ruiva.
O som da melodia clássica ecoava pelo espaço aberto, me recordo da primeira vez em que eu e a garota visitamos o restaurante em seu aniversário, Molly insistia que qualquer prato do cardápio fosse capaz de pagar seu conversível vermelho, o que me arrancou algumas boa risadas, sinto duas mãos taparem meus olhos, e pelo tamanho delas, sabia exatamente de quem se tratava.
— Sabe que não caio mais nessa, uh? — falo tirando suas mãos de meus olhos e me levantando para cumprimentá-la com um sorriso no rosto.
— Você é tão rabugento, JoeJoe! — diz na ponta dos pés em meio ao abraço.
Solto a menor, e observo discretamente seu belo vestido em tom de preto aveludado, que combinava perfeitamente com a meia calça e o casaco que ela havia acabado de se livrar.
Molly não era como as garotas convencionais, ela possuía a fascinante habilidade de não se importar com absolutamente nada que interrompesse suas vontades ou que tirasse seu lindo sorriso do rosto, nada era capaz de deixá-la triste, e talvez era isso que mais me encantasse em ser seu amigo, iria sentir falta das boas vibrações que sentia ao estar ao seu lado.
— Mas então — bebe um gole de sua água — Vocês começam as gravações quando?
— Eu sequer tenho certeza disso — falo ligeiramente desapontado — Eles nem me enviaram nada sobre o roteiro e toda a papelada do contrato.
— Duffers são enrolados, levaram milênios para lançaram a nova temporada — me consola sorrindo — Sabemos que você conseguiu, não existe um Eddie Munson melhor, uh? — arqueia a sobrancelha.
— Eu comprei algo para nós — digo animado, mudando de assunto.
— Se continuar me enchendo de presentes, meu futuro namorado não será páreo para você — brinca e balanço a cabeça em negativo — O que comprou?
Coloco a mão nos bolsos e pego uma pequena caixinha branca, abro revelando um anel semelhante ao que estava usava aquela noite, e Molly arqueia a sobrancelha.
— Se for me pedir em casamento para ganhar sobremesa grátis novamente, deveria esperar até o fim da noite — sussurra em tom divertido.
— Eca, arrepio apenas de ouvir essa palavra — brinco e estendo a caixinha para ela — É um anel da amizade, para nos mantermos conectados quando viajar para Nova Iorque!
O sorriso antes divertido, deu lugar à um adorável biquinho e posso notar seus olhos marejarem, sabia que Molly não estava preparada para o curto "adeus" que teria que me dar ao final do ano, mas certamente não havia ninguém no mundo mais desapontado que eu em relação à isso.
O anel era uma forma de levá-la junto à mim em cada canto que pisasse na movimentada Londres, talvez não estivesse preparado para visitar este restaurante novamente sem os comentários da ruiva, ou tomar sorvete de pistache acompanhado de uma doce cheesecake de morango, sem que a garota roubasse uma pequena parcela de minha sobremesa, iria sentir falta de ter Molly por perto.
~*~
Saímos do restaurante após comermos uma deliciosa sobremesa grátis, devido ao suposto pedido de casamento falso que encenamos aos garçons, era fascinante como eles não desconfiavam de nada, fazíamos isso todas as vezes e nunca éramos pegos.
— Por pouco perdíamos esse! — a garota fala se sentando ao meu lado no trem que ia em direção à nossas casas.
— Culpe Wesley por pegar meu carro emprestado essa noite! — explico e levo meu olhar para a janela, enquanto Molly deita sua cabeça em meu ombro.
— Podíamos registrar esse momento — abre a câmera de seu celular e tira uma foto de nossos pés e imediatamente posta em seu perfil.
— Você e suas invenções — brinco apoiando minha cabeça na da garota que estava encostada em meu ombro novamente.
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Conheci Molly quando tinha dezoito anos, no dormitório da universidade, ela gosta de programas de culinária e ler, répteis, especialmente sua tartaruga Abgail, e tudo que envolva filmes de heróis, gosta do som das árvores balançando em um dia ensolarado, oceanos e teatro, caminhar pela Soho street e atuar, e ela também gosta de mim.
Seus cabelos são ruivos e os olhos em um tom de verde escuro, e ela é bem mais baixa que eu, caso isso seja importante, e sem sombra de dúvidas ela é a garota mais bonita e adorável que já conheci em toda a minha vida, mas isso provavelmente é apenas a minha opinião, mas havia algo de que tinha certeza, não precisava de uma namorada, visto que possuía muita sorte em ter ela como melhor amiga.
— Eu te amo, JoeJoe! — ela diz de forma sonolenta.
— Amo você também, ruivinha! — sorrio para mim mesmo e então volto meu olhar para a janela do trem.
