20.engagement?

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recadinho: o capítulo possui uma música inspiração, e está nas mídias, espero que gostem, me perdoem a demora para atualizar :(

super beijo da Becca <3
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"mesmo quando o céu comece a cair
mesmo quando o sol não brilha,
eu tenho fé em você e eu,
então coloque sua linda mãozinha na minha"

- Sure Thing, Miguel

Domingo, 22 de Maio, 2017
3 horas antes do retorno de Molly

Joseph's point of view on

Desde que voltei de Nova York, logo após uma visita não muito adorável para Molly, não conseguia tirar de meu peito a sensação que me preencheu no momento em que fui interrogado sobre um suposto relacionamento entre nós dois.

Parte de mim adoraria que tudo aquilo fosse mesmo verdade, nas últimas semanas estava sonhando com o momento em que finalmente a ruiva notaria que de fato éramos a combinação perfeita um para o outro, sendo bastante convencido em meu pensamento.

Já passava das nove da noite, o som da tv ecoava pelo flat, Wesley havia saído com sua garota para uma comemoração adorável de mais um mês de namoro, o loiro era sempre muito atencioso a pequenos detalhes como esse, e devo ressaltar que a garota tinha muita sorte em tê-lo ao seu lado.

Aperto o botão de bloqueio de meu celular e era possível ver o plano de fundo junto de Molly em uma cabine de telefone que ela jurava ser a mesma em que os rapazes de One Direction gravaram um de seus infinitos videoclipes, e que a garota fez questão de me mostrar.

Havia uma parcela de Molly em cada coisa que fazia, o modo como me vestia, o vocabulário original, a comida e até mesmo o gosto musical, não existia nada em meu cotidiano que se livrasse dos traços da garota.

Me recordo da primeira vez em que de fato notei que Molly era muito mais do que minha amiga, e ao contrário do que todos imaginam, foi muito antes de tudo que estava acontecendo nos últimos dias.

Molly me tocou, e não foi preciso usar as pontas de seus pequeninos dedos para isso, seu sorriso radiante seria reconhecido por mim ainda que não fosse possível escutar ninguém em meio a multidão, os cabelos em tom de fogo e a delicadeza com o mundo, a tornavam encantadora.

Suspiro e me deito no sofá, navego por meu Instagram e acabo vendo um stories de Joe, que havia criado uma conta após muita insistência de Molly, ela tinha esse poder sobre as pessoas, aparentemente estavam em um jantar, o que foi suficiente para me fazer se sentir um grande idiota.

~*~

Passei o restante da noite pensando em maneiras de me desculpar pelo ocorrido, Molly claramente estava feliz com Keery e seria muito egoista da minha parte querer estragar tudo agora, mas talvez por uma última vez dizer o que estava embargado em minha garganta não fosse um crime inafiançável.

Pego meu celular e busco pelo chamador de Molly, abro a conversa e respiro fundo, calculando o que falaria para ela, precisava ser sucinto, porém verdadeiro, essa seria minha única chance.

— Hey Molly, sou eu, Joe! — inicio— Eu fui embora de repente, mas... bem, eu — suspiro nervoso, estava me sentindo patético — Não consigo parar de pensar no beijo que demos aquela noite, os seus olhos estão marcados em minha mente como em uma estranha hipnose e talvez — pausei — Talvez isso estrague toda a magia de nossa amizade, mas... não posso fingir que ouvir você chamando Joe de amor não me deixa com ciúmes — fico em silêncio por alguns segundos — P-porque eu adoraria que fosse, bem... eu adoraria que fosse eu em seu lugar... Você sabe o meu telefone, e esperarei por sua ligação caso você sinta o mesmo, porque eu te amo Molly, eu sempre te amei e acredito que sempre irei! — soltei o botão de gravação.

Minhas mãos estavam geladas pela ansiedade, e meus olhos marejados devido a sensação de finalmente dizer o que guardei por tanto tempo em meu coração.

Decido assistir a um filme qualquer do catálogo de algum serviço de stream, nada seria capaz de tirar Molly de minha cabeça, ou sequer me distrair temporariamente, o anseio para que meu telefone tocasse, ou ao menos recebesse alguma mensagem era gigantesco.

~*~

Acordo com o som de meu telefone tocando, acabei pegando no sono durante o filme, sequer havia notado, com a vista ainda embaçada pego o telefone em mãos e ao ler o chamador, meu coração congela.

— J-Joseph? — a voz dela ecoa por todo o flat, e por sorte ainda estava sozinho

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J-Joseph? — a voz dela ecoa por todo o flat, e por sorte ainda estava sozinho.

— Molly? — meu coração acelerado fazia minha respiração pesar — Receio que... — ela me interrompe.

Preciso que saiba de algo — suspira.

E se soubesse a sequência de palavras que viria segundos após a última frase da garota, jamais deixaria que ela falasse, suas falas atravessavam meu peito como adagas, e por mais que parecesse tão errado, entendia completamente as motivações de Molly com sua decisão diante do cenário em que estava.

Vamos nos casar daqui duas semanas — diz de uma só vez e congelo — Os avós de Joe estarão na cidade e queremos aproveitar a oportunidade — sua voz embarga — E-eu te amo Jojoe... talvez mais do que esperava e certamente mais do que seria capaz de amar alguém, mas... — escuto a garota fungar em sinal de choro — Não posso fazer isso, é loucura, eu não posso largar tudo que construí nos últimos meses, por alguém que se deu conta de que me ama somente há duas semanas... — as palavras me atravessam como adagas — Você está marcado em mim, como uma cicatriz, e aquela noite estará guardada em minha memória feito uma fotografia, mas somos melhores separados — o bipe do telefone corta a mensagem de voz e posso sentir meus olhos marejarem

Era como se todos os momentos, cada pequena memória que construímos até o presente momento, de nada valesse, e confesso que parte de mim adoraria que aquilo não passasse de uma das inúmeras peripécias de Molly, mas daquela vez parecia ser real.

Há um clássico, e arrisco dizer que um dos meus prediletos no gênero, que diz que alguns infinitos são maiores que outros, e talvez aquele fosse o meu pequenino infinito com Molly.

Nas próximas semanas teria que me dedicar a auxiliar a ruiva em todas as tarefas de uma "madrinha" afinal a baixinha havia insistido nisso bem antes de tudo naufragar entre nós, Molly nunca teve muitas amigas então todo o trabalho duro estava em minhas mãos e de Ammy, e apenas sonhar com a hipótese de ajudá-la a se casar com alguém que não fosse eu, ainda que soasse egoísta, me parecia tão injusto.

E tudo parecia tão injusto porque parte de mim parecia sentir e certamente saber que havia algo de errado em tudo isso, estávamos interligados por algo muito mais forte do que poderíamos explicar, e mesmo que relutasse, o sentimento em meu coração permaneceria comigo por um longo período de tempo, incontável aos convencionais e sufocante aos românticos.

MARRY ME - JOSEPH QUINN Where stories live. Discover now