Capítulo 32 - Meu Maior Desejo

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Sarah se afasta e desaparece na sombra, provavelmente foi chamar seu namorado.
Dimitri se aproxima de mim, com a cabeça baixa e suavemente com sua mão esquerda ele bota a minha em seu ombro e logo após ela se dirige a minha cintura. Com sua mão direita desta vez ele viaja pelo meu braço até chegar aos meus dedos e entrelaça-los aos seus, é então que ele finalmente olha em meus olhos com um sorriso magnífico em sua face.

- Oi - disse ele com olhos brilhando.

- Oi - respondi quando já não encontrava mais ar.

Estava tocando "But not for me - Ella Fitzgerald", Dimitri colou seu corpo ao meu e começamos a girar por todo o salão, senti o vento agitar meus cabelos e abri os meus braços sentindo a adrenalina de seu corpo junto ao meu correr por minhas veias, um silêncio se criou em minha mente, me trazendo tão grande paz que consegui ouvir meu coração pulsar, acelerando a cada batida, a cada toque dele em meu corpo, me fazendo arrepiar como um gato assustado. Olhei em seus olhos marrons amadeirados que sintilavam na noite implorando por mim sem desviar-se do meu rosto agora avermelhado, pouso minha testa delicadamente
sobre a dele sentindo o suor escorrer e sua respiração ofegante.
- Podemos sair daqui? Quero te mostrar um lugar - pede olhando eu meus olhos

- Tá. - Assenti.

Enquanto Sarah dançava feliz com seu namorado e Tommy dançava infeliz com Benjamin, eu peguei a mão de Dimitri ele começou a me guiar pelos escuros corredores daquele lugar.

- É aqui - ele diz quando paramos em frente a uma grande porta de madeira escura.

- E o que exatamente tem aí ? - perguntei tremendamente curiosa.

- Abra e verá - fala arrogante

Usei minhas duas mãos para empurrar a grande porta, que no final não era tão pesada, para a minha surpresa Dimitri havia me trago a uma biblioteca que se escondia nas entranhas da mansão.

- E então oq achou?

- Isso é incrível- digo maravilhada.

Aquele lugar era gigante, tinha prateleiras de livros que iam até o teto, e os livros eram exemplares super antigos, provavelmente passados de geração em geração pela família dona da mansão.

- Como sabia desse lugar - digo enquanto passo mão pelas prateleiras de madeira.

- A senhora Honorato foi minha professora de boas madeiras quando eu era criança, por isso conheço esse lugar todo como a palma da minha mão.

- eu não tive aulas de etiqueta quando criança.

- Talvez sua família fosse mais normal.

- Eu duvido muito disso - desvio do assunto - já leu muitos livros daqui ?

- Na verdade não, eu só vinha aqui pra admirar a beleza nunca peguei nenhum de fato pra ler.

- Bom aqui realmente é um lugar ótimo de se admirar.

- Ele me lembra você.

Sorrio e franzo a testa.

- Quer dizer não é porque você é ótima de se admirar, me lembra você, porque você adora livros e aqui está entupido deles. Não que você não seja ótima de se admirar porque você é... E muito.

Coro.

- Por que me trouxe aqui ? - Vou direto ao ponto

- Porque eu achei que você ia gostar.

- Só por isso? - digo esperançosa.

- Sim - ele pensa um pouco antes de falar.

- Bom, eu adorei, aqui é perfeito.

Meu Clichê Romântico Where stories live. Discover now