Sarah se afasta e desaparece na sombra, provavelmente foi chamar seu namorado.
Dimitri se aproxima de mim, com a cabeça baixa e suavemente com sua mão esquerda ele bota a minha em seu ombro e logo após ela se dirige a minha cintura. Com sua mão direita desta vez ele viaja pelo meu braço até chegar aos meus dedos e entrelaça-los aos seus, é então que ele finalmente olha em meus olhos com um sorriso magnífico em sua face.- Oi - disse ele com olhos brilhando.
- Oi - respondi quando já não encontrava mais ar.
Estava tocando "But not for me - Ella Fitzgerald", Dimitri colou seu corpo ao meu e começamos a girar por todo o salão, senti o vento agitar meus cabelos e abri os meus braços sentindo a adrenalina de seu corpo junto ao meu correr por minhas veias, um silêncio se criou em minha mente, me trazendo tão grande paz que consegui ouvir meu coração pulsar, acelerando a cada batida, a cada toque dele em meu corpo, me fazendo arrepiar como um gato assustado. Olhei em seus olhos marrons amadeirados que sintilavam na noite implorando por mim sem desviar-se do meu rosto agora avermelhado, pouso minha testa delicadamente
sobre a dele sentindo o suor escorrer e sua respiração ofegante.
- Podemos sair daqui? Quero te mostrar um lugar - pede olhando eu meus olhos- Tá. - Assenti.
Enquanto Sarah dançava feliz com seu namorado e Tommy dançava infeliz com Benjamin, eu peguei a mão de Dimitri ele começou a me guiar pelos escuros corredores daquele lugar.
- É aqui - ele diz quando paramos em frente a uma grande porta de madeira escura.
- E o que exatamente tem aí ? - perguntei tremendamente curiosa.
- Abra e verá - fala arrogante
Usei minhas duas mãos para empurrar a grande porta, que no final não era tão pesada, para a minha surpresa Dimitri havia me trago a uma biblioteca que se escondia nas entranhas da mansão.
- E então oq achou?
- Isso é incrível- digo maravilhada.
Aquele lugar era gigante, tinha prateleiras de livros que iam até o teto, e os livros eram exemplares super antigos, provavelmente passados de geração em geração pela família dona da mansão.
- Como sabia desse lugar - digo enquanto passo mão pelas prateleiras de madeira.
- A senhora Honorato foi minha professora de boas madeiras quando eu era criança, por isso conheço esse lugar todo como a palma da minha mão.
- eu não tive aulas de etiqueta quando criança.
- Talvez sua família fosse mais normal.
- Eu duvido muito disso - desvio do assunto - já leu muitos livros daqui ?
- Na verdade não, eu só vinha aqui pra admirar a beleza nunca peguei nenhum de fato pra ler.
- Bom aqui realmente é um lugar ótimo de se admirar.
- Ele me lembra você.
Sorrio e franzo a testa.
- Quer dizer não é porque você é ótima de se admirar, me lembra você, porque você adora livros e aqui está entupido deles. Não que você não seja ótima de se admirar porque você é... E muito.
Coro.
- Por que me trouxe aqui ? - Vou direto ao ponto
- Porque eu achei que você ia gostar.
- Só por isso? - digo esperançosa.
- Sim - ele pensa um pouco antes de falar.
- Bom, eu adorei, aqui é perfeito.
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Meu Clichê Romântico
RomanceTalia é uma garota que mora em uma pequena cidade habitada apenas por pessoas de alta classe. Ela e seus amigos Tommy e Sarah enfrentam os dramas adolescentes do ensino médio, quando surpreendentemente o seu vizinho e melhor amigo de infância Dimitr...