Fight

07

Luana👩🏼‍⚕️

Deixei o Pedro me arrastar para uma boate.

Eu não costumo participar desse tipo de rolê mas a minha quinta a noite e sexta foram uma merda, então resolvi aproveitar um pouco a noite de sábado.

Pedro: Estou surpreso por você ter aceito.

Luana: Até eu tô supresa- dou um sorriso- mas cá estou eu.

Pedro: Bom pra mim.- ele me da uma boa olhada de cima a baixo- Não é comum te ver em um vestido. Aliás é uma boa visão.

Luana: O combinado é você não flertar comigo.- encaro ele e dou um meio sorriso.

Pedro: Eu até tento, mas é mais forte que eu, Lu.

Luana: O máximo que pode sair daqui é uma amizade, de resto nem adianta tentar.

Pedro: enfermeira boazinha durante a semana e no fim de semana a moça malvada que parte corações- sou obrigada a rir.

Luana: Para de palhaçada, Pedro.

Eu gosto dele, é um cara alto-astral e que me tira muitas risadas.

Pedro: Vou pegar mais bebida pra gente.- ele pega o meu copo e pisca pra mim antes de se afastar.

Ele é neto de um paciente, não é legal me envolver romanticamente com ele. Não quero passar desse limite.

Eu gosto do meu jeito certinha de ser. Quanto menos problema melhor.

Fixo minha atenção no cantor no palco e fico esperando o meu amigo voltar.

Respiro fundo tomado um leve sustinho quando alguém esbarra em mim. Não sou acostumada com essa aglomeração toda.

A pessoa murmura um foi mal aí e eu viro pra dizer que não foi nada demais. Afinal eu sou uma pessoa muito educada e da paz.

Luana: Ah, não!

Ret: Oi, loirinha! - ele me analisa de cima a baixo- belo vestido.

Luana: O que você tá fazendo aqui?

Ret: Eu paguei pra entrar e me divertir- ele me dá outra olhada no meu corpo o que me faz revirar os olhos.

Luana: Tá ótimo para quem estava sangrando no meu sofá branquinho.

Ret: Ótimo eu não tô, tu não fez essa merda direito.

Luana: Que bom que eu avisei que não sou médica.- desço o olhar pro local onde eu sei que está o ferimento- O que tem de errado?- volto a olhar pra ele- com o ferimento..

Ret: essa porra da ardendo.- concordo.

Luana: Vem comigo, deixa eu dar uma olhada.

Ret: Vai me arrastar pra algum cantinho escuro? Eu vim acompanhado, loirinha.

Como eu posso ter tanta antipatia por alguém que conheço tão pouco tempo?

Luana: Eu estou disposta a dar uma olhada e talvez te recomendar algum remédio mas você não consegue agir como uma pessoa decente. Quer saber? Vai procurar um médico de verdade ou então deixa isso apodrecer.

Eu sou tão idiota que até pensei em ajudar.

Ret: Quer saber? Tu tem que olhar mesmo, a responsabilidade foi tua, era pra ter feito direito.- olho indignada pra ele - era pra ter feito um trabalho bem feito.

Luana: Se você tivesse feito um trabalho bem feito não teria levado um tiro. Acho que somos dois incompetentes.

Ret: Como é que é? - ele se aproxima mais de mim me deixando nervosa- Repete o que tu disse.

Luana: Vai querer que eu olhe o ferimento ao não?

Odeio esse marginal!

Ele me encara de cima a baixo.

Ret: Cuidado! Eu não sou o Orochi, não sou teu amiguinho. Controla essa língua.

Esse animal... Odeio ele, odeio o Orichi ...

A Lara aquela biscate que me causou tudo isso.

Luana: E aí? Tenho mais o que fazer.

Ele me olha puto e vai na direção que fica o banheiro. Sigo ele e assim que entramos dou uma olhada no ferimento.

Luana: Avisei que não ia dar certo, costurar alguém em uma sala não esterilizada. Duvido que você tenha tomado os remédios que eu recomendei.

Ret: Tomei sim, linguaruda. O Whisky fez ele descer facinho.

Luana: O álcool corta o efeito do medicamento e tá na cara que você não limpou a região corretamente. Você tem que fazer as coisas direito ou vai acabar com uma infecção e vai ser obrigado a ir em um hospital. Uma infecção não é brincadeira, mesmo sendo em um local pequeno pode ser fatal.

Ret: É que tu fez de má vontade.

Luana: óbvio, você invadiu a minha casa. Mas apesar de tudo eu fiz o que podia fazer nas condições que tínhamos. Você precisa tomar os remédios com água e não cm álcool e cuidar melhor da higiene do ferimento.

Ret: É isso? Não vai fazer nada mais?

Luana: O que exatamente você esperou que eu fizesse? Sou só uma enfermeira que não sabe fazer nada direito- forço um sorriso e saio do banheiro.

Ao sair do banheiro dou de cara com um mulher muito bonita.

Ela me olha de cima a baixo antes de dar um olhada no cara que sai do banheiro também.

Ah, não! Isso tá parecendo algo bem inapropriado.

Ela não seria a tal acompanhante dele, né?
[...]

Pedro: Quem exatamente é o cara que a Lara tá pegando?

Luana: Você sabe muito bem o estilo dela, extremamente bonito mas com um caráter horrível.

Fisicamente? Flávio é um Deus grego. A personalidade é pior que de um Ogro.

Pedro não sabe que o Flávio é traficante, ainda mais que ele é policial. A gente nem sonha em apresentar eles.

O interessante é que a Lara sabe da situação mas quer me fazer ficar com o Pedro porque quer ter encontro de casais.  A garota não bate bem da cabeça.

Eu ainda estou com um olho  lá d outro cá com a ideia de um traficante perigoso estar tão perto do Pedro.

Pedro: O famoso dedo podre.

Luana: dizer que tá podre é até um elogio.- ele ri.

Pedro: E o seu dedo? Nunca te vi saindo com ninguém... Quem é que faz o estilo da Luana?

Luana: Não sei, não tenho em dedicado muito a essa parte da minha vida.

Não sou nenhum virgem puritana, só não tem alguém que me interesse de verdade .

[...]
Até amanhã...