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Ret🤬

A gente decidiu dormir por aqui mesmo. Tudo bem, a a Luana decidiu e eu só aceitei. Bater boca já não era uma opção, imagina agora.

Eu nem me incomodei, dormi na prisão sem a minha loira por meses, isso aqui é o paraíso comparado aquilo lá.

Fiquei um tempão viajando no rosto dela até pegar no sono.

Agora acordei com a luz queimando a minha cara. Virei o rosto e dei de cara com a Luana trocando de roupa, tirou minha blusa e tá segurando um vestido.

Ret: Que horas são?- bocejo ainda morto de sono.

Luana: Vai dar três da madrugada.- ela vira o rosto e me encara.

Ret: E por que tua bunda bonita tá fora da cama? Vem dormir loirinha - bato no colchão.

Luana: Não dá, amor- ela termina de por o vestido.

É a segunda vez que ela me chama de amor. Apelido assim é tão estranho...

Porra, mas não dá pra negar que gosto quando ela me chama assim.

Ret: Por que não loirinha?- só quero dormir mais um pouquinho.

Luana: Porquê a minha bolsa estourou e as contrações estão vindo com mais frequência.- ela diz calmamente.

Sento na cama e arregalo os olhos.

Como essa maluca tá tão tranquila?

Luana: As bolsas estão no carro então podemos ir direito para o hospital.

Vou ser eu o quem vai surtar?

Luana: Você pode levantar? Não quero mesmo ir sozinha.

Ela não pode ser normal. Tem uma criança querendo sair dela e a mulher tá nem aí.

Me levanto as pressas e chego até a tropeçar no lençol.

Muita coisa rolando em menos de 12 horas.

Luana: Pot favor, não quebra nenhum osso quero ser a única a precisar de um médico hoje- ela fecha os olhos com força e xinga- Elas estão ficando mais forte, vamos logo.

[...]

Eu não devia ter reclamado da calma dela.

Tô até sem saber como agir, mulher faltou só dar na minha cara quando as contrações começaram a vir em um tempo mais curto.

Na hora do sexo tava toda toda e agora eu sou o único culpado por ter um bebê saindo dela.

Luana: Desculpa, não queria brigar com você.- ela me olha daquele jeitinho que me deixa todo sem jeito.

Apenas concordo pois é a a terceira vez que ela pede desculpas depois de ter me xingado.

Luana: Sem mais filhos. Guilherme vai ser o último, nada mais vai sair de mim.

Hmm...

Ret: Cadê a médica ?- coço a nuca nervoso pra caralho- Ela não tinha que estar aqui?

Luana: Ainda não tem dilatação suficiente, ainda vai levar um tempinho.- Ela aperta minha mão com força quando sente outra contração.

A gente ficou ali por um bom tempo até a médica levar ela para a sala de parto.

Tô ficando agoniado porque tá na cara que essa parada dói pra caralho.

Luana tá vermelha, suada e as vezes corre uma ou outra lágrima.

Um fato interessante foi que eu descobri que ela tem uma força do caralho, minha mão tá até sem circulação.

Amanda: Estamos indo bem Luana. Mas agora você precisa fazer mais força, vamos lá.

Isso tudo levou tempo demais para o meu gosto, mas finalmente escutei a criança chorando.

A minha criança....

Estiquei logo o pescoço pra ver ele.

Eu tenho um filho... A sorte desse moleque é que tem a Luana como mãe ou ia tá ferrado.

Não demorou muito pra ele ir pro colo da loirinha. Olhei por um bom tempo ela admirando o nosso filho e eu me dei conta do filho da mãe sortudo que eu sou.

Sem dúvidas eu não merecia nada disso aqui. Luana foi sem dúvidas a melhor coisa que já que aconteceu.

Luana: Pega ele um pouco.

Fico meio sem jeito no começo mas é uma sensação de outro mundo ter esse garoto no colo.

O olho bonito igual o da mãe dele.

Ret: E aí garoto? - ele me encara e mexe a boquinha como se ainda estivesse no peito- Mermão que magia é essa? - ele só mexeu a boca e eu fiquei que nem um otário olhando pra ele.

Luana: Muito lindo, né? Foi a gente que fez, que orgulho do meu útero.

Ret: Caralho!- encaro ela - A gente tem um filho, que loucura.

Luana: Vamos ter que conversar sobre os palavrões .

Ih, já vi que vou ter sérios problemas.

Luana👩🏼‍⚕️

Me remexo na cama sentindo um certo desconforto.

Dei mama para o bebê e ele já tá no colo do Filipe de novo, ele não quer mais largar a criança.

Luana: Você não precisa ficar com ele no colo o tempo todo, pode colocar no bercinho.

Estamos em um hospital particular então temos direito até um berço no quarto.

Ret: Tô de boa - ele murmura encarando o Guilherme.

Se tem uma coisa que não me causa nenhuma dúvida é se o Filipe vai ser um bom pai ou não.

Tá na cara que ele vai ser o melhor pai do mundo.

Luana: Nick, Lara e sua vó estão vindo ver o Gui, o resto do pessoal não vem agora. Meu pai está vindo mas como estava em São Paulo vai demorar um pouquinho.

Ret: Duvido nada o Aranha aparecer com elas.- ele diz se aproximando e sentando do meu lado ainda com o Gui no colo.

Luana: Não vai, Cabelinho proibiu a saída dele do Complexo. Se recusa que o Aranha conheça o seu filho antes que ele. Você não tem amigos normais, é um pior que o outro.

Encosto no a cabeça no ombro dele e observo o bebê.

Ret: Tu ainda tá com dor? - abro um sorriso pois ele pergunta a mesma coisa a cada 15 minutos.

Luana : Eu tô bem, só um desconforto.

E claro, meu corpo que não tá nada legal...

Ret: Se precisar de qualquer coisa me fala. Te faço até aquela massagem nos pés.

Luana: Não precisa. Eu só preciso de um bom banho, você pode ficar aqui me esperando com ele.

Ret: Não pô, eu deixo o garoto no berço um pouquinho e te ajudo lá.- engulo em seco.

Luana: Não é mesmo necessário, não me sinto tonta nem nada do tipo. Vai ser uma ducha rapidinha.

Ret: Hmm, qualquer coisa grita que eu vou estar aqui.

Luana: Tá bom.- ele me encara e me dá um beijo na testa.

Ret: Amo você loirinha.

FightOnde as histórias ganham vida. Descobre agora