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Luana👩🏼‍⚕️

Você nota que passou dos limites quando acorda na cama de um cara que você mal conhece.

Natália sumiu no meio do baile com um carinha e Lara foi pra casa do Orochi.

Minha amiga até me convidou, mas eu não queria escutar a transa alheia.

Meu plano inicial era ir pra casa mas o Cabelinho encheu meu saco dizendo que eu estava bêbada demais para pegar dirigir ou até mesmo pegar um Uber.

E foi assim que eu terminei na cama dele.

Tô me sentindo meio culpada já que ele só tinha uma cama e como eu tô aqui ele dormiu no sofá.

Eu tô muito em dúvida se ele realmente é uma pessoa legal ou é do tipo que faz personagem e está tentando me manter na amizade para depois me manter na cama dele.

Bom, não faz muita diferença já que não tenho planos de passar tempo o suficiente aqui par criar uma amizade ou cair no golpe dele.

Mas por hora eu posso dizer que gostei dele e em outras circunstâncias seria bem interessante ter a amizade dele. Ele parece daquele tipo de amigo que conseguiria te fazer rir até em um velório.

Me levanto e arrumo a cama bem bonitinha para não parecer uma relaxada.

Depois de tudo prontinho saio do quarto.

Me aproximo do sofá encarando o Cabelinho que tá dormido de boca aberta.

Fofo!

Será que eu devo acordar ele antes de ir embora?

Medo de não acordar e ser uma mal agradecia que nem se despediu antes de ir embora e medo de acordar e ser inconveniente.

Que vida difícil...

Cabelinho: Sei que sou gostoso, mas ficar me encarando assim é bizarro - ele abre os olhos e boceja.

Passei pouquíssimo tempo de verdade com ele, mas já notei que o ego dele é gigante. O cara não perde a chance de comentar o quanto é gostoso.

Se eu tivesse só um pouquinho dessa autoestima eu seria mais feliz.

Luana: Obrigada por me emprestar essa roupa e me oferecer o lugar para dormir. Agora vou me arrumar e vou para casa.

Cabelinho: Tomar ao menos um café antes de ir, Luana

Luana: E você sabe fazer café?- coloco as mãos na cintura.

Cabelinho: Quase me ofendi. A gente vai na padaria que fica aqui pertinho.- ele senta no sofá.

Meu olhar percorre o corpo dele. Senhor! Quanta tatuagem.

Cabelinho: Uma hora tu vai me deixar tímido.

Luana: E isso é possível?

Pessoas com esse tipo de ego ficam tímidas?

Cabelinho: Olha só- ele bufa me tirando uma risada.

[...]

Botei a roupa que usei para vir no chá de bebê, me recuso a usar o mini vestido que a Natália me deu paga ir em uma padaria, é demais.

Cabelinho: Te disse que a dona Lúcia faz um bolo daqueles. Óbvio que o da dona Rosa é melhor mas acho que tu não ia querer tomar café na casa da vó do Ret.

Luana: Deus me livre! - ele ri.

Cabelinho: Vou te ver por aqui de novo?

Luana: Acredito que não- tomo um gole do meu café.

Cabelinho: Pois devia voltar, tu se divertiu ontem.

Luana: Uma única vez foi o suficiente.

Cabelinho: Chata demais- o celular dele começa a chamar - Licença aí- observo ele levantar- tenho que atender.- concordo vendo ele se afastar.

A gente pegou um mesinha no lado de fora da padaria então consigo dar uma boa olhada ao redor.

Está tudo bem calmo, um climinha gostoso de domingo.

Dedico minha atenção a olhar tudo com atenção.

Vejo até o que não quero. Devia ter ficado na parte de dentro.

Observo o meliante que manchou o meu sofazinho.

Ret: Eu esperava um pouco mais de resistência da tua parte - ele puxa uma cadeira e senta de frente para mim.- Foi bem rápido para tu parar na cama dele.

Eu devo me dar o trabalho de responder uma atrocidade dessa?

Se parei ou não na cama de alguém não é da conta dele.

Ret: Acho que você não odeia os envolvidos de verdade, é só papo furado.

Luana: Nunca disse que eu odeio os envolvidos. Eu não gosto de você e do Orochi, é bem diferente. Cabelinho se mostrou uma pessoa bem legal.

Ret: Claro, quer te levar pra cama.

Luana: E? - ele me encara e pisca- Qual o problema? Ele já deixou claro que quer mais que iam amizade, não sou tão ingênua assim.

Ret: Hmm...

Luana: Eu não gosto de você. Te conheci de um jeito muito escroto, você me obrigou a te costurar e manchou o meu sofá. Você teve a cara de pau de abrir os pontos e ir na minha casa para eu costurar de novo. Eu realmente não gosto de você. Seria bom se você tivesse um pouquinho de noção e se manter-se o mais longe possível de mim.

Eu morro mas não supero o meu sofá.

Luana: Quer ouvir uma verdade? Eu fiz enfermagem por amor, gosto de ajudar os outros. No dia que você apareceu sangrando na minha porta você podia ter pedido com educação, eu não ia negar. Quando se trata de ajudar os outros de verdade eu focada.

Ret: Teria costurado um traficante se não fosse ameaçada? Não fode, loirinha.

Luana: Eu teria prestado ajuda a alguém que precisava, mas isso não muda o fato de que o Flávio não devia ter te levado justo para a minha casa. Ele passou dos limites.

Uma coisa é ele ir ficar com a Lara, outra bem diferente é ele levar outros criminosos para a minha casa.

Convenhamos que o Flávio nunca bateu muito bem da cabeça.

Ele é a prova que beleza não significa de nada. Ele e esse babaquinha na minha frente.

Luana: Você seria um paciente diferenciado mas mesmo assim ia continuar sendo um paciente que precisava de atendimento. Não iria gostar da situação mas não negaria ajuda.

Não nego que tentei fechar a porta na cara deles, mas quem não ficaria em choque com uma situação daquelas?

FightTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon