| não se repita |

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Martina Ferreira |

21:30

Cheguei em casa e já marcava 21:30. Meu pai deve estar muito preocupado comigo, eu nem sequer o avisei que sairia.

Entrei no AP e encontrei meu pai sentado no sofá, assistindo tv.

Fechei a porta e só daí ele me viu.

—Martina? Onde você estava? Você está bem? Eu estava extremamente preocupado com você.
—Oi, pai. Eu estou bem, muito bem. —Sorri. —Mil desculpas por deixá-lo preocupado, foi tudo minha culpa, eu deveria ter avisado que sairia e acabei esquecendo de fazer isso.
—Onde estava? —Pergunta ele.
—Em um lugar um pouco longe, com o Scarpa, Sarah e o Piquerez.
—Longe, Martina? E se acontecesse alguma coisa? Como eu iria ficar sabendo? Como eu iria até você? Nem o celular você atendeu.
—Pai, nós estávamos seguros, não teria como algo ruim acontecer. E sobre o celular, eu esqueci completamente dele e quando eu fui ver, estava sem bateria.
—Pelo menos você estava em boa companhia. —Disse ele.
—Não fique bravo comigo, pai. Me desculpa?
—Desculpo, mas que isso não se repita novamente, ok? —Disse sério.
—Ok. Te amo. —Beijo sua bochecha e o abraço.
—Ah, filha, eu não sei o que eu faria se eu não tivesse mais você. —Disse ele e me abraçou.
—Mas eu estou aqui e sempre estarei com o senhor. —Digo. —Agora vou para o meu quarto descansar. Boa noite papi, beijo. —Digo.
—Tudo bem, boa noite, filha. Te amo.

Ele me deu um beijo na bochecha e eu fui para o meu quarto.

Me joguei na cama, completamente feliz e sorridente. Que dia maravilhoso!

[...]

10:00

—Bom dia, papi! —Digo animada.
—Bom dia, anjo. Pelo o que vejo, você dormiu bem. —Sorriu.
—Dormi perfeitamente bem! —Sorri.
—Que bom. —Disse ele.

O café foi muito bom, aliás, é sempre muito bom na companhia do meu pai.

Meu pai passou o dia inquieto hoje, com a maior cara de quem está esperando que eu conte alguma coisa, não estou entendendo ele, mas ok.

—E, como foi o dia ontem? —Pergunta ele.

Ele finalmente fez uma pergunta como essa.

—Foi muito bom. —Sorri.
—Então você e o Joaquín não brigaram? —Riu.
—Não, dessa vez não. —Ri.
—E onde vocês foram? —Pergunta.
—Em lugar um pouco longe daqui, não sei onde fica, mas percebi que dão 50 minutos.
—Aé? E é bonito?
—É lindo! Perfeito! Eu amei aquele lugar. É um campo de girassóis. —Sorri ao lembrar.
—Que legal, filha. Você finalmente conheceu um lugar como esse. —Sorriu.
—Sim! —Sorri.
—E o que mais aconteceu lá?

O que ele tá sabendo??

—Nada… —Me faço de desentendida.
—Tem certeza?
—Tenho.
—Absoluta?

A pressão… Socorro.

—E esse anel? Que bonito. Comprou ontem?

Ok, ele está sabendo de alguma coisa e quer que eu mesma conte… O que me custa contar?

—Pai, tenho que te contar uma coisa.
—Pode falar.
—O Joaquín me pediu em namoro ontem. —Digo de uma vez.
—O quê? E você aceitou?
—Sim? —Mexi no cabelo.
—Parabéns, filha! —Me abraçou. —Que vocês sejam muito felizes juntos. —Sorriu.

Talvez eu esteja um pouco "??" Com sua reação.

—O que foi, filha? —Pergunta.
—Sei lá…
—Pensou que eu não ficaria feliz?
—Talvez?
—É claro que eu ficaria e estou muito feliz com isso. Você sabe que eu confio no Joaquín e sei que ele é um cara muito bom pra você. Eu só quero o seu bem e, por mais que eu me sinta um pouco incomodado de saber que você está namorando e das coisas que podem acontecer, eu sei que você está feliz e bem com ele. Eu sei que vocês se amam e não seria justo da minha parte não deixá-los namorar.
—O senhor deixou?
—Sim. Eu já sabia que isso aconteceria, três dias atrás o Joaquín veio aqui em casa pedir minha permissão e eu permiti.
—O senhor sabia e não falou nada?! —Pergunto incrédula.
—Era uma surpresa, como eu iria te contar? —Riu.
—É, faz sentido. —Sorri. —Eu estou tão feliz, pai! —O abracei.
—Acredite, eu também. —Me abraçou.

Joaquín Piquerez |

Ontem eu senti uma das melhores sensações novamente. Depois de 7 anos e 8 meses, finalmente eu consegui pedir o amor da minha vida em namoro. Foi um nervosismo e tanto, mas eu consegui, deu tudo certo!

Hoje eu falei com a minha mãe, ela quer que eu passe as férias com eles lá no Uruguai e eu disse que mais tarde daria a resposta. Não faz nem 24 que eu comecei a namorar e eu já irei me separar da Martina… Eu sinto muita saudades da minha família, principalmente da minha mãe, que eu não vejo desde janeiro. Eu quero muito ir para o Uruguai, mas gostaria mais ainda que a Martina fosse comigo, mas é muito provável que ela queira passar as férias com o pai dela. Espero que ela me entenda.

Melhor eu ligar para ela.

—Mar?
—Oi, Joaquín. É o Abel.
—Abel? Aconteceu alguma coisa com a Martina? —Pergunto preocupado.

|| Continua ||

I will always love you | Joaquín PiquerezWhere stories live. Discover now