| minha |

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Martina Ferreira |

O Joaquín está tentando me provocar de todas as maneiras possíveis e ele infelizmente está conseguindo.

Já passaram horas que estamos nesse joguinho e todo mundo já percebeu, inclusive meu pai. Ele acabou ficando um pouco bravo com isso.

Chegou a hora da dança, agora é música pra lá e música pra cá.

Começou a tocar um sertanejo muito bom (o Veiga me ensinou a amar sertanejo), e o Menino estendeu a mão para mim dançar com ele. Não hesitei em recusar, adoro um sertanejo.

Começamos a dançar e em vários momentos ele me puxava para mais perto dele, assim, deixando nossos corpos colados.

Umas músicas se passaram e ainda continuamos dançando, até que chegou alguém para nos atrapalhar.

—O seu tempo acabou. —Disse Joaquín ao Menino.
—Não sabia que você estava cronometrando. —Disse ele enquanto dançávamos.

Joaquín me puxou de leve, mas o suficiente para os nossos corpos se encaixarem.

Ele piscou para o Menino e ele pensou em falar algo, mas saiu.

—Qual é o seu problema? Por que fez isso? —Pergunto enquanto dançamos.
—Porque eu quis. Vocês estavam dançando exatamente colados. —Disse ele.
—E o que tem? Você está fazendo isso agora.
—Eu, sou eu.
—Haha, agora só você pode? —Pergunto ironicamente.
—Sim, só eu posso.

Eu me afasto um pouco dele e ele me puxa mais ainda.

—Você acha que é o que pra fazer isso? Acha que é quem? —Pergunto.
—Eu não preciso te responder, Martina.
—Então pronto, não é só você que pode dançar comigo dessa forma. Qualquer outro que eu deixar, pode fazer isso.
—Você é minha, minha. —Disse me apertando mais ainda contra seu corpo.
—Quem falou isso? Todo mundo sabe que não estamos mais juntos.
—Tem milhares de pessoas que nos seguem e não acompanham sites de fofoca para saber que não estamos mais juntos. Milhares de pessoas sabem que eu sou seu e você é minha. E agora, estou acabando com aquele jogo.

Eu o olhei e fiquei calada até a música acabar.
"Eu sou seu e você é minha". Isso me pegou de vez.

Fui ao banheiro e quando voltei, ele estava dançando com uma loira. Eles estavam agarrados, sorrindo e ela falando algumas coisas no ouvido dele.

Dei a volta no salão pelo canto para não passar por eles e saí discretamente.
Ninguém precisa saber como estou nesse momento.

Saio do salão e decido ir para o vestiário. É provável que qualquer um me encontre lá, mas eu só preciso de pelo menos cinco minutos sozinha.

Sentei em um banco qualquer, levei meu rosto as minhas mãos e desabei.

Ele falou que o jogo havia acabado, aquilo não foi uma provocação, foi coisa dele mesmo. Por que ele faz isso? Porque ele me provoca, diz que é meu e depois quando eu saio, ele fica com outra?

Eu ainda o amo e infelizmente eu não consigo mais negar.

Alguém encosta suas mãos nas minhas e eu olho para frente, o vendo agachado à minha frente. Meu anjo da paz chegou.

Eu simplesmente não disse nada e abracei o Raphael.

—Rapha.
—Não precisa dizer nada, eu já sei o que é.

Ficamos abraçados durante um tempo e depois voltamos para a festa.

Feliz Natal leitores lindos!❤️

Continuem votando e comentando muito!

|| Continua||

I will always love you | Joaquín PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora