| não posso |

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Joaquín Piquerez |

—Não aconteceu nada, a Martina está bem. —Disse ele.
—Você tirou um grande peso de mim agora. —Respiro aliviado.
—Ela está tomando banho, por isso atendi.
—Ah, sim. Como está, Abelito?
—Bem, e você?
—Bem. É, você poderia pedir para a Martina me ligar quando puder?
—Claro.
—Obrigado, sogro… Quer dizer, Abel.

O que eu fui falar?

—Eu te permito me chamar de sogro, contanto que eu possa te chamar de genro. —Riu.
—Claro que pode. —Digo rindo.
—Ih, não se desgrudam mais. —Disse Martina um pouco longe do celular.
—Ela chegou, vou te passar para ela.
—Alô? —Finalmente ouvi a voz mais doce do mundo.
—Oi, meu amor. Como você está? —Pergunto.
—Muito bem, obrigada, e você?
—Bem. Será que posso te levar para jantar fora hoje?
—Claro!
— 20:30 eu passo aí, pode ser?
—Pode. Vou me arrumar, beijo, te amo.
—Ok, beijo, te amo.

Larguei o celular e fui para o banho. Depois de um tempo eu me arrumei, passei perfume, arrumei meu cabelo e fui buscar a Mar.

[...]

—Uau. —Digo para a perfeição que vi na minha frente. —Consegue ser mais linda ainda. —Sorri e lhe dei um selinho.
—Obrigada. —Sorriu tímida. —Você como sempre lindo.
—Eu já sei. —Sorri. —Vamos?
—Vamos, seu convencido. —Riu.

Chegamos no restaurante e nos sentamos.

Fizemos nossos pedidos e começamos a conversar.

—Você percebeu que hoje é o primeiro dia depois de vários, que nós não brigamos? —Digo rindo.
—Não tinha percebido. —Sorriu. —Milhares de dias assim estão por vir. —Disse ela
—Eu confio que sim.
—Amor, você está bem? —Pergunta ela.
—Estou sim. —Digo.
—Tem certeza? Você parece meio aflito.
—Eu preciso falar sobre uma coisa com você.
—Pode falar.
—Mar, a minha mãe me ligou hoje, e pediu para que eu passasse as férias com a minha família lá no Uruguai… —Digo.
—Sério? E você aceitou?
—Ainda não dei a resposta, eu queria falar primeiro com você sobre isso.
—Eu não tenho muito o que dizer.
—Passa as férias comigo? —Pergunto.
—Eu não posso…
—Eu sei que você quer passar as férias com seu pai, mas você poderia vir junto.
—Olha, eu sei que eu vejo meu pai todos os dias, mas mesmo assim, eu gostaria muito de passar as férias com ele.
—Então você não vem? —Pergunto.
—Desculpa, mas é melhor não. Nós começamos a namorar ontem, é muito pouco tempo…
—Quem vai ligar? Todo mundo sabe que nós sempre nos amamos, e você faz parte da minha família a anos. —Digo.
—A sua mãe e a sua irmã nunca gostaram de mim. Seria só incomodação para você nessas férias.
—Eu vou te defender, Mar.
—Joaquín, é a sua mãe, sua irmã e vocês se amam muito, não quero que briguem por causa de mim. É melhor eu não ir e evitar qualquer tipo de problema.
—Mas, Mar…
—Por favor, Joaquín, não insista porque não vai funcionar. —Disse calma.
—ok, tudo bem. —Digo cabisbaixo.
—Não fique assim, por favor. Eu só quero evitar qualquer tipo de problema, principalmente entre você e sua família.
—Eu entendo, mas e quando casarmos? Você vai querer passar as férias com seu pai também?
—Joaquín, isso são coisas completamente diferentes. Agora nós somos namorados, o casamento nem passou pela minha cabeça.
—Por que não vem comigo? Eu vou sentir muita falta de você, quero mostrar pra todo mundo que estamos juntos, Mar.
—Joaquín, para. Eu já decidi e vou passar as minhas férias com meu pai.

Um silêncio se instalou sobre nós dois, mas Martina quebrou ele depois de quase um minuto.

—Quando você vai? —Pergunta.
—Amanhã.
—Já?
—Sim.
—Daqui a dois dias tem o casamento do Dudu e você não vai? —Pergunta ela.
—Não, eu até queria, mas quero ver minha família. As férias não serão muito longas.

Martina Ferreira |

Talvez eu esteja sendo um pouco "egoísta" de não ir com o Joaquín? Não sei, mas eu amo passar as férias com meu pai e sempre foi assim. Eu entendo que o Joaquín fique triste comigo, mas recém nós começamos a namorar, a mãe dele e muito menos a irmã, nunca gostaram de mim. Um lugar que o Joaquín irá para descansar e aproveitar com a família, seria um lugar de caos! Seria um grande problema para ele, e eu só quero que eles fiquem de bem.

Depois da pequena "discórdia" entre nós dois, jantamos bem, felizes e o clima pesado que havia, desapareceu.

Depois de umas duas horas no restaurante, Joaquín me levou de volta para minha casa.

—Obrigada pela noite e por me trazer. —Sorri.
—Não precisa agradecer, linda. —Sorriu.

Ele se aproximou de mim e me beijou no mesmo instante. Eu obviamente correspondi seu ato. Passei a mão pelo seu peitoral e ele no meu cabelo, dando uma leve puxada, de resposta, arranhei de leve suas costas. E o beijo continuou assim, completamente apaixonado, até que o ar ficou escasso e nós paramos.

—Eu te amo. —Sussurrei ofegante.
—Eu te amo, amor. —Disse ele e eu sorri.
—Agora eu preciso ir. —Digo ajeitando meu cabelo.
—Ok. Boa noite, linda. —Disse ele, me dando mais um beijo e me abraçando.
—Boa noite, vida. —Correspondi a seus atos.

Entrei no AP e estava tudo desligado, acredito que meu pai esteja dormindo.

Tranquei a porta devagar e fui devagarmente para meu quarto, até que consegui chegar lá.

Coloquei meu pijama e peguei o colar que o Joaquín havia me dado a anos atrás. Fui para a varanda, admirar o céu cheio de estrelas e uma linda lua.
Não sei, mas cada parte linda do céu, me faz lembrar o Joaquín.

Depois de um tempo admirando, fui para minha cama e me deitei.

O dia de amanhã será longo.

|| continua ||

Desculpem o capítulo ruim :-\

I will always love you | Joaquín PiquerezWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu