| carta |

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Martina Ferreira |

Joaquín finalmente lembrou da minha existência e me mandou mensagem. Disse que hoje tem festa na casa do Veiga, eu estranhei, até porque o Veiga não me falou nada, mas deve ter sido mais um que esqueceu da minha existência hoje.

Joaquín falou que o Veiga quer que usem roupa de gala… Pra quê?

Parei de me fazer perguntas e fui logo me arrumar.

[...]

—Você está mais linda. —Disse Joaquín me girando lentamente.
—Obrigada. —Forço um sorriso.

Só agora reparei que ele está de terno, sem o casaco.

—Por que está assim? —Digo o olhando.

Ok, eu já estou quase babando. Que homem perfeito!

—Eu disse que seria uma festa de gala, não é? —Riu.
—O que o Veiga tá aprontando, hein?
—Confesso que eu não sei. —Disse ele abrindo a porta do carro para mim.

[...]

Ficamos o tempo inteiro calados no carro e acho que ele já percebeu que estou brava com ele. Ao mesmo tempo que meu humor manda eu ficar brava com ele, meu coração diz para não ficar… Ah!!

Comecei a olhar de relance para o Joaquín e percebi que ele está nervoso. O que aconteceu? O que ele fez?

Pensei em perguntar, mas não quero perguntar em tom de raiva com esse meu humor chato.

Olhei para frente e logo percebi que estamos em uma estrada completamente diferente da casa do Raphael. Aonde estamos indo?

—Joaquín, essa não é a direção para a casa do Raphael.
—É-é um atalho, meu amor. —Gagueja.
—Você está bem? —Pergunto já preocupada.
—Sim, sim. Já estamos quase chegando.
—Ok.

Depois de alguns minutos, o Joaquín parou o carro e tirou o cinto de segurança. E não é a casa do Rapha.

—Aonde estamos? —Pergunto.
—Na minha casa. —Disse e me olhou.
—E por que me trouxe aqui? Nós vamos nos atrasar para a festa.
—Eu esqueci meu tênis.
—Pra quê tênis? Você já está de sapato.
—Vai que eu queira tirar.
—Joaquín Piquerez! —Digo já me irritando.
—A gente não vai demorar, princesa. —Disse pegando em minha mão.
—A gente quem, Joaquín?
—Eu e você.
—Você, só você, vai entrar naquela casa, subir naquele quarto e pegar seus tênis!
—Vem comigo, por favor.
—Não, Joaquín!
—Calma, Martina, pra que tanto estresse?
—Você está se fazendo de sonso ou o quê? —Digo com raiva.
—Ahñ?
—Af! —Digo e vou em direção ao carro.
—Ei, volta aqui. —Disse pegando em meu braço.—Amor, se acalma. Vem comigo, por favor.
—São 21:10!
—O que alguns minutos de atraso faz? Uma boa parte ainda nem deve ter chegado. Vem comigo, assim você conhece minha casa.

Não, eu ainda não conheço a casa do Joaquín. Ele já me convidou várias vezes, mas eu não aceitei. Loucura minha? Sim.

Respiro fundo três vezes e logo dou a resposta.

—Ok, Joaquín, mas vai ser rápido.
—Prometo que não vai se arrepender.

Entramos no quintal e ele pediu para que eu esperasse aqui. Isso é o cúmulo!

Já se passaram 10 minutos e o bonito não apareceu.

Ele já me tirou do sério.

Decidi entrar na casa dele e estava tudo apagado.

Quando fechei a porta, uma pequena luz acendeu, com uma carta  em uma mesa pequena.

No cartãozinho diz: leia em voz alta.
Ok então

I will always love you | Joaquín PiquerezWhere stories live. Discover now