FanFic Guarda-chuva Azul ☂︎

Capítulo 9 - Preso em uma redoma de vidro

Atenção, gatilhos nas notas finais.

"Era uma vez um garoto, que nasceu com o coração quebrado

Ele vivia em uma terra distante, isolado

Era cercado pelo mar, mas ele não conseguia admirar todas as maravilhas que existiam nas profundezas

Solitário, ele queria um amigo

Apesar do coração quebrado, ele era muito perspicaz

E criou um submarino, que lembrava uma redoma de vidro

Pelos mares ele navegou, e viu as mais belas criaturas existentes

Mas ainda assim se sentiu solitário, ele queria poder tocar a beleza daquele mundo

Apesar de tudo, seu coração ainda estava quebrado

Ele não queria o mundo

Ele queria um amigo"

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Jungkook não queria justiça, queria paz.

E paz, às vezes, vinha da negação e do não pensar.

Durante três dias, apenas desenhou.

A história intitulada: "O garoto preso em uma redoma de vidro", ocupou todo o seu tempo. Ele escreveu o roteiro em algumas horas e logo depois começou a fazer o esboço.

Mesclou algumas ideias com outra história que tinha começado a escrever, onde o personagem principal conseguia ajuda de uma figura misteriosa que utilizava um guarda-chuva azul.

As pessoas no seu blog pareceram bastante encantadas com o enredo e encheram de elogios os desenhos extremamente coloridos, apesar do enredo melancólico.

De alguma forma, Jungkook queria sentir que, pelo menos, uma parte da sua vida possuía cores.

O lugar onde estava lembrava algum tipo de casa moderna, misturada com a natureza. Era um ambiente pitoresco e rústico, mas moderno. Provavelmente uma mistura da personalidade dos donos.

Haviam plantas para todos os lados e o lugar era úmido, mas não tinha bolor ou sinais de infiltração.

O quarto de visitas em que dormia era verde, não só as paredes, como o teto. Haviam livros por todas as partes, como se um daqueles acumuladores de objetos, que se via em documentários, morasse ali, mas nesse caso eram apenas livros.

Outra parte peculiar é que não era desorganizado, tinham prateleiras contra as paredes que pareciam formar algum tipo de labirinto estranho, mas existia uma lógica na distribuição dos itens. E por algum motivo, existiam muitas plantas, suas folhas e galhos se enroscavam nas prateleiras.

As plantas estavam presentes não apenas nesse quarto, mas na sala de estar, na cozinha e até mesmo no banheiro.

Mas, entre todos os lugares da casa, o que ele realmente amava era o jardim.

Na sala tinha uma enorme parede de vidro que cobria quase todo o espaço, onde era possível admirar o jardim.

Como a casa ficava em frente a uma antiga e descontinuada ferrovia, não era possível ver muito do mundo lá fora, mas tudo era cercado por árvores, vegetação, flores e plantas.