Capítulo 1 - Vingança

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Oii lindes e perfeites, aqui estou eu começando outra fic. Me perdoem, mas eu tava vendo comedias românticas e cismei em escrever uma fic inspirada em "ela é demais!". E surgiu isso, espero que gostem.

Nevermore era a escola dos sonhos. Rodeada com a beleza de montanhas escocesas americanas, a escola contava com o encanto natural e rústico na cidade de Los Angeles, sua arquitetura remetia a castelos da idade média como se consegue encontrar em qualquer livro de história. Os dormitórios do colégio interno eram dignas representações de quartos da corte inglesa, talvez seja por isso que os maiores herdeiros da realeza local frequentavam aquela escola escondida nos arredores da floresta.

O início de Agosto marcava o início de mais um período letivo e s/n s/s estava tão ansiosa para rever suas amigas e, principalmente, a sua namorada. Olívia tinha ido visitar o Brasil nas férias, enquanto s/n ficou todo o recesso escolar em Nevermore, talvez seja esse o prejuízo de ser a única aluna bolsista e sem uma família pra chamar de sua.

Até os quinze anos de idade, s/n morava de favor na casa de sua tia, pois seus pais a abandonaram quando criança. Mas tudo mudou no instante que s/n ganhou uma bolsa para estudar em Nevermore. Naquela escola de ricos que s/n fez as melhores amigas e ganhou a melhor namorada que ela poderia ter, pelo menos era isso que a mulher pensava no instante que acordou.

Ela estava determinada que aquele dia seria bom, a possibilidade de rever todos novamente fazia que o sorriso não saísse e seu rosto. Talvez por isso ela tenha acordado uma hora mais cedo e já estava com o seu típico uniforme de escola de rico, camisa azul quadriculada com uma saia e gravata preta. Ela se sentia na elite da sociedade Londrina, mesmo que o dinheiro não seja presente em sua vida.

s/n perdeu as contas de quantas vezes percorreu aquele corredor com veludo vermelho no chão, mas sempre se sentia como parte da realeza por aquilo, principalmente quando todos a olhavam daquela forma.

A mulher não podia negar, namorar Olívia lhe dava um status em toda a escola. Aquela que vinha na direção de s/n, tinha um metro e sessenta e cinco, morena, tom de pele levemente transparente, traços de uma típica norte americana, tudo gritava padrão nela. Apesar de seu uniforme de torcida e as mulheres que a acompanhavam como servas demonstrassem seu caráter duvidoso, s/n via o sorriso doce de Olívia e aquilo iluminou o seu rosto mais ainda.

- Amor - s/n estava prestes a abraçar a mulher, mas Olívia se afastou do contato.

O sorriso de ambas sumiram, Olívia sentia dó de s/n que estava confusa com a situação. A verdade é que a mulher nunca amou s/n, só estava com ela para mostrar a todos que o seu caráter não era duvidoso como pensavam, então namorar uma bolsista cabia bem para o seu status de benevolente. Porém, situações mudam e um ano de namoro não era nada pra tão sonhada coroa do baile de primavera.

Neste quesito, as pessoas não se importam com caridade, mas status social. Talvez seja por isso que Olívia Rodrigo expôs o seu caso com Joshua Basset para o público. Infelizmente, aquilo não tinha chegado nos ouvidos de s/n, o que tornava tudo difícil para Olívia.

- Eu fiz alguma coisa? - s/n perguntava confusa pela reação da mulher na sua frente.

s/n também encarava as suas melhores amigas que acompanhavam Olívia. Do lado direito da morena estava Sabrina Carpenter, sua aparência era como se fosse um anjo caído do céu, seus cabelos loiros caíam como se fossem cascatas em cima do próprio uniforme de torcida e os seus olhos azuis hipnotizavam todos. Poucos sabiam, mas Sabrina também era um caso de Olívia, mesmo que esse ainda estivesse escondido, a loira parecia um pouco possessiva com a líder.

Enquanto, do lado esquerdo, estava Sofia Carson, também com o uniforme de torcida. Aquela que fez toda a história de Olívia e s/n acontecer. A verdade é que a morena de traços colombianos e um sorriso encantador, tinha um precipício por s/n e a apresentou para as suas amigas. Infelizmente, Sofia não esperava que Olívia fosse passar por cima dos seus sentimentos e roubar a s/n dela. A colombiana não pode fazer nada, já que o status era importante e s/n se mostrou uma boa amiga. De todas ali, somente Sofia realmente sentiria saudades de s/n.

- Sabrina, Sofia...

- s/n... - A Carson começou a falar, mas Olívia a interrompeu.

- Eu conheci outra pessoa - Olívia falou de forma seca e sem devaneios.

Era como se estivesse arrancado o band aid de uma vez só, sem nenhuma pena. Já s/n sentia que no lugar do curativo, o seu coração tinha sido arrancado e esmagado pelas próprias mãos de quem costumava dizer que estava apaixonada por ela.

- Por quê? - Aquelas foram as únicas palavras que saíam da boca de s/n, enquanto ela tentava visivelmente segurar o choro.

- O nosso namoro não estava sendo o dos melhores e também não vai ser você que irá me tornar rainha do baile.

- Você está jogando um ano de namoro fora, só por causa de uma maldita coroa? É só plástico - s/n tentava esconder a sua voz vacilante pela vontade de chorar.

- É mais do que plástico, minha querida.

O apelido que soava em tom doce, passou a ser uma expressão irônica na boca da verdadeira Olívia que s/n estava conhecendo naquele instante.

- Trata de um domínio de toda a hierarquia da escola. Infelizmente perdi um ano da minha vida investindo na aluna pobre pra tentar ganhar no ano passado.

s/n queria gritar, espernear e chorar, mas ela só ficou imóvel na frente das três mulheres. Olívia pouco se importava para seus sentimentos, já Sofia parecia ter empatia, mas s/n sabia que ela faria nada, estava corrompida pela necessidade de status social.

Já o destino parecia querer esmagar os sentimentos de s/n, porque naquele mesmo momento o homem de cabelos encaracolados se aproximou do grupinho com o ar superior digno de um capitão do time de futebol. "Não poderia ser ele", o coração de s/n gritava.

- Amor - Ele abraçou Olívia e a mulher o beijou na frente de s/n.

s/n não sabia se queria vomitar ou se trancar no próprio dormitório. Queria dormir e  acordar só no próximo ano, aquela não parecia uma má ideia, mas ela não conseguia se mexer. Simplesmente fechou os olhos, torcendo para que tudo não se passasse de um pesadelo. Ela não soube o tempo que passou, tanto que o corredor estava completamente vazio.

Talvez ela precisasse daquilo para recuperar a sanidade. Ela não sentia mais tristeza, o ódio tomou conta de si. As palavras de Olívia foram capazes de fazer um buraco em seu coração, ela não aceitava ter sido usada. Queria chorar de raiva por ter sido tão trouxa e, acima de tudo, a sua boca ansiava pelo gosto da vingança.

Daria de tudo para fazer a mulher sentir o mesmo que ela, colocá-la no chão e fazê-la arrepender todos os dias por ter terminado com ela. s/n estava decidida em roubar o que Olívia mais queria: a coroa de rainha do baile.

Por um instante, s/n pensou em implorar para Sofia ajudá-la a se vingar de Olívia, mas a possível lealdade da mulher pela líder de torcida a deixaria desconfiada.

O maior problema era que ela não conhecia mais ninguém naquela escola que não tivesse vínculo com a Olívia e, naquele momento, s/n torceu para que o destino lhe ajudasse a arrumar alguém para o seu plano. Confiando que o universo, depois de todos os acontecimentos, fosse lhe ajudar, a mulher resolveu tentar entrar na aula de cálculo avançado.

Foi no pequeno percurso entre o corredor e virar a primeira direita que s/n esbarrou em alguém. O universo tinha trago Jenna Ortega para a vida de s/n e, para a sorte das duas, elas nunca mais iriam se separar.

Até o próximo capítulo pessoal!

Ela é demais (Jenna Ortega/you)Where stories live. Discover now