Capítulo 11

132 10 101
                                    

Apolo sorriu fracamente para um de seus capangas após dar suas ordens. O rapaz ainda estava tenso, parecia ser novo naquilo. Mas quem disse que Apolo se importava com isso? Ele apenas dava as ordens.

Se seus capangas conseguissem fazer, faziam. Caso o contrário, morreriam.

Apolo não se importava se eles tinham família ou alguém importante, para se meter naquela vida desgraçada de obedecer a um empresário não devia ser boa coisa.

— Eu só quero que vocês acabem com ele — Apolo revirou os olhos. — Há algum problema com mortes? Saia enquanto há tempo. Pois se falhar... — Apolo riu, deixando a frase no ar — Pergunte aos seus companheiros o que acontece. Eles irão te explicar melhor. Não tenho tempo para ficar aqui batendo papo.

— Eu bem que queria, aliás, mas tenho um encontro muito importante. Vocês têm até às onze da noite para fazerem o trabalho. E lembrem-se: torturem aquele maldito o máximo que puderem. Brinquem de roleta russa. Deem socos. Chutem. Queimem. Façam o que quiserem, mas torturem. Se me sobrar tempo, apareço lá para vê-lo dar o último suspiro.

— Você quem manda, Castellamare — um dos outros rapazes murmurou. — É para deixarmos o novato aí — ele apontou para o outro rapaz — Fazer alguma coisa?

— Deixe-o com a grande honra de matar o pobre coitado— Apolo sorriu. — Apenas não me decepcionem. Estão vendo o que acontece com quem faz isso...

Um dos capangas de Apolo soltou uma risada fraca. Gostava de ficar responsável pelos novatos. Nem todos tinham sangue frio o suficiente para fazer o que Apolo mandava. Às vezes conseguiam matar, mas ficavam perturbados.

Então para que deixar os coitados viverem com essa perturbação que é a culpa de matar alguém? Logo, Apolo mandava matá-los também. Era engraçado. A morte, em si, nada mais era que uma piada.

(*)

Jungkook soltou uma risada fraca ao ouvir um palavrão ecoar em seus ouvidos.

Estava se arrumando e deixara o celular no viva-voz enquanto conversava com Lisa. A única coisa que ela sabia fazer naquele momento, era xingá-lo por ter ficado tanto tempo sem dar notícias.

— Você é um idiota! Um completo idiota! Como é que some desse jeito, Jeon? — Lisa praticamente gritou e Jungkook riu novamente.

Sentia falta de sua mulher. Sentia falta de seus gritos e exageros. Sentia falta de seu toque. Seu cheiro. Seus lábios. Seu corpo.

Sentia falta da intensidade que havia entre eles – e estava longe dela há pouco mais de um dia.

— Me desculpe por isso, amor — Jungkook terminou de fechar os botões da camisa. — Culpe o Charlie. Ele me ocupou até o último fio de cabelo, Lis. As coisas estão tensas por aqui também.

— Por incrível que pareça, aqui está tudo calmo. Não sei se é por que vocês se afastaram, não sei se estão planejando coisas piores... Só sei que não me sinto bem por aqui sem você. As coisas ainda estão estranhas. Calmas, mas estranhas. — Lisa terminou a frase e soltou um suspiro fraco.

Jungkook pôde jurar que vira a imagem de Lisa fechando os olhos por alguns segundos e encarando-o preocupadamente após ouvir aquelas palavras.

— Nós vamos cuidar de tudo. Sempre cuidamos — Jungkook sorriu fracamente, na esperança de Lisa se acalmar mesmo que fosse incapaz de vê-lo naquele momento. — Não se preocupe, tudo bem? E se demorarmos, não pise aqui.

Lisa soltou uma risada fraca e Jungkook revirou os olhos.

— Não vou me meter no seu trabalho de novo. Tenho mais o que fazer.

Pull Me In - Fire (Liskook) - Livro 2Where stories live. Discover now