Capítulo 15

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Apolo respirou o mais fundo que conseguiu, tentando se acalmar. Aquele moleque, Andy, era um idiota. Um completo idiota que não podia ver um rabo de saia que logo ia atrás.

Onde já se viu confiar naquela Joanne que de santa só tinha a cara? Andy comia algum tipo de merda.

— Para mim já chega — Apolo disse firme, tentando não gritar. — Olha aqui, Andy, você vai dar o seu jeito, mas vai encontrar aquelas vagabundas e o Jeon, depois vai matá-los da forma que quiser. Apenas os quero mortos. A Manoban já está por aqui, a siga. Faça o que quiser, mas encontre o Jeon. Eu o quero morto junto com aquelas desgraçadas.

— Apolo, pare de ser dramático — o outro homem presente, que estava em silêncio até então, se pronunciou. — Não acha que o Andy conseguirá matar a Joanne depois de tudo o que nos disse, acha? — ele revirou os olhos. — E a Amanda é gostosa demais para morrer agora — ele mordeu o lábio inferior enquanto lembrava-se de seus momentos com a garota. — Sem contar eu já expliquei que o momento de distração dele foi minha culpa.

— Não te perguntei porra nenhuma — Apolo rebateu. — Quero todos mortos. Pouco me importo se você, Andy — Apolo se virou para o rapaz que mantinha-se calado — Está apaixonado pela Joanne. Se não quiser matá-la, recomendo que fuja — Apolo se aproximou mais e finalizou sua fala: — Para outro planeta, meu amigo. Porque eu te encontro com aquela vadia em qualquer lugar.

O outro homem presente riu e jogou o cigarro pela janela, falando em seguida:

— Não seja tão malvado com o rapaz. Dê outra chance a ele, Castellamare.

— Vá para o inferno e não se meta nos meus negócios. Eu simplesmente cansei de você — Apolo tentou manter a calma. — Antes eu tivesse te deixado morrer quando aquela maluca me pediu ajuda. Você não serve para absolutamente nada. Por mim esse trabalho já está feito, você que decidiu lerdar a porra toda. Agora vou consertar as merdas que você fez, então trate de calar a maldita boca e não se meter no que eu mando! — Apolo gritou, de uma vez por todas, sentindo-se mais leve em seguida.

— Espero que tenha ficado claro para você, Andy. Não caia na ladainha desse desgraçado aqui — Apolo apontou para o homem ao seu lado — mais uma vez. Ou eu acabo com você e todos eles com minhas próprias mãos. Vocês dois sabem que sou capaz disso e de coisas muito piores. Portanto, tratem de fazer o que eu mando.

— Você não manda nem em si mesmo, Apolo — o homem murmurou numa calmaria tão grande que nem sequer parecia que Jeon havia acabado de sumir de suas vistas. — Pare com todo esse teatro, por favor. Está ficando cansativo. Todos nós sabemos que, agora, Jungkook virá nos procurar. Saiba esperar, Castellamare. É tudo questão de tempo. Já ouviu falar que a pressa é inimiga da perfeição?

— Vá para o quinto dos infernos com esses seus ensinamentos — Apolo bufou. — Eu já disse o que quero. Não se atreva a se meter nisso — disse firmemente para o homem, encarando-o nos olhos. — Não quero ter que matar você também.

O homem apenas riu e revirou os olhos. Entretanto, Apolo pouco se importou com o deboche.

Queria mais é que ele se metesse em seus negócios mais uma vez, aí teria um grande motivo para matá-lo também. E aí acabaria todo aquele circo.

(*)

Jungkook ouviu a campainha tocar e seu coração, automaticamente, acelerou. Talvez por nervosismo, talvez por ansiedade, talvez por medo. Ele não tinha certeza do porquê daquilo, já que qualquer um poderia estar do outro lado da porta.

Poderia, sim, ser Charlie, assim como poderia ser aquela quadrilha filha da puta que estava tentando matá-lo a todo custo. E ele estava ali, sentindo como se tivesse que cuidar de duas garotas e completamente desarmado.

Pull Me In - Fire (Liskook) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora