Trois

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Assim que chegamos na casa de Prudency, ela nos convidou para entrar e foi com real entusiasmo que aceitei

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Assim que chegamos na casa de Prudency, ela nos convidou para entrar e foi com real entusiasmo que aceitei. Depois da conversa girar em torno da loja da modista por longos e angustiantes minutos eu apenas cortei sua fala e perguntei sem muita enrolação:

— O velho duque está na casa de Harry?

Julien me encarou boquiaberto pela mudança brusca de assunto, porém eu não poderia me importar menos com a minha provável falta de educação.

— Provavelmente não – a mulher respondeu sucinta, não parecendo incomodada com o meu comportamento. — Pelo que sei o duque apenas o acompanha até a porta, ele prefere visitar o garoto durante o dia e evitar comentários maldosos a respeito do relacionamento deles.

— E ele tem recebido muitos amantes? – Perguntei, não podendo esconder a minha curiosidade.

Prudency, que nunca teve pudor em revelar fatos sobre a vida alheia, explicou com calma:

— Nós dois passamos quase todas as madrugadas juntos depois que voltamos dos passeios noturnos. E eu nunca o vi receber nenhum homem, porém não posso garantir que não receba alguém depois que volto para minha casa.

Prudency notou o meu pequeno sorriso satisfeito e se empolgou em prosseguir com seu monólogo. Contou que frequentemente encontrava com o conde Pierre na casa de Harry fazendo-lhe visitas por volta das 23 horas, e que por mais que o rapaz cobrisse o michê com presentes e jóias caras, o garoto não suportava o tal conde.
O que na concepção de Prudency é um erro, visto que Pierre era riquíssimo e não se importaria em esbanjar sua fortuna apenas para agradá-lo, porém Harry batia o pé dizendo que o conde era estúpido e nenhum pouco divertido.

Em meio a sua tagarelice, a mulher se calou e levantou um dedo fazendo sinal para que ficássemos em silêncio.

— Harry está me chamando – declarou, e de fato podemos ouvir a voz rouca do garoto chamar pela amiga. — Talvez seja melhor vocês irem embora agora senhores, eu preciso responder ao chamado do meu amigo.

— Mas ainda é cedo – Julien queixou-se. — Podemos esperar você voltar, Prudency. – Ofereceu e eu franzi o cenho notando o interesse dele pela mulher mais velha.

— Por que me esperariam? Vou demorar para voltar, e...

— Então iremos com você – Julien a interrompeu e meu coração disparou em expectativa. — Afinal, conheço Harry de longa data e posso aproveitar a oportunidade para apresentar-lhe a Louis.

Prudency intercalou o olhar duvidoso entre nós dois e no mesmo instante ouvimos novamente a voz do garoto chamar pela amiga, que correu até seu quarto de vestir e abriu a janela.

— Maldição, estou te chamando há dez minutos – o garoto lamentou-se. — Quero que você venha imediatamente – exigiu em tom autoritário. — Infelizmente o conde Pierre está aqui e eu já não suporto a sua presença.

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