Esse não é um conto de fadas.
Nessa história também não existe mocinho e bandido, certo ou errado.
Não é uma história engraçada, nem completamente trágica. Ela é a história de amor de um homem comum, que teve inúmeras vezes seu orgulho ferido. Que...
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Como tinha mencionado anteriormente, eu voltei para os braços do meu amor com o peito transbordando de saudades, e levando na bagagem uma surpresa que selaria definitivamente o nosso amor.
Então, enfim, consegui realizar um dos maiores sonhos de Harry e o levei para conhecer a Itália. Confesso que fiquei temeroso de tirá-lo da Inglaterra, mas com a ajuda de David e Niall conseguimos embarcar clandestinamente em um navio, com documentos falsos para o garoto, óbvio. Contudo, ver seus olhinhos verdes brilharem de admiração a cada lugar que visitávamos me fazia acreditar que valia a pena todo o risco.
Durante os quase três meses que estivemos naquele país, conhecemos Roma, Veneza, Florença, Siena e a mais importante de todas, Verona. Uma cidade da região de Vêneto, com um bairro medieval antigo erguido as margens do rio Ádige.
Veneza é famosa por ter sido cenário da peça 'Romeu e Julieta', de Shakespeare, o escritor favorito de Harry. E foi na 'Casa de Julieta', uma construção residencial do século XIV, com uma pequena varanda voltada para o pátio, que eu me ajoelhei diante do amor da minha vida.
Harry já estava emocionado desde que tínhamos chegado ao local, mas quando me viu trêmulo e com a respiração pesada na frente de si, ele paralisou. Limpei a garganta com um pigarro e segurei suas mãos entre as minhas.
— Mon chéri, eu te trouxe nesse lugar que foi palco da mais conhecida história de amor, um amor proibido que depois de tantas idas e vindas, tantas reviravoltas, acabou de forma trágica. De alguma maneira, essa história me lembra a nossa, de como lutamos para ficarmos juntos, no entanto, o destino não foi cruel conosco e não tivemos o mesmo fim de Romeu e Julieta, então, podemos sim ter o nosso felizes para sempre.
O garoto assentiu freneticamente com a cabeça e, com a mão livre, tentou secar as lágrimas que banhavam seu lindo rosto. Respirei fundo tentando acalmar as batidas loucas do meu coração.
— Harry eu sei que não posso oferecer a você um casamento tradicional. Não posso te dar muito mais do que eu mesmo, meu coração e o resto da minha vida, se você quiser – algumas poucas pessoas que visitavam o local se reuniram ao nosso redor para assistirem aquela cena, mas sinceramente, enquanto todos os olhos estavam em mim, eu só tinha olhos para ele. — Eu te amo mais do que jamais imaginei que uma pessoa pudesse amar outra e quero passar cada minuto da minha existência te mostrando o quão profundo esse amor é.
Eu tirei do bolso uma caixinha retangular de veludo preto e abri diante de Harry que arregalou os olhos ao ver uma corrente de ouro branco que carregava um delicado camafeu.
— Então eu te pergunto, mon amour, você quer ser para sempre meu, assim como eu sou seu?
Não precisei esperar nem dois segundos e o garoto já estava ajoelhado diante de mim, pressionando seu corpo contra o meu num abraço apertado.
— Inferno! Porra! Sim, sim eu quero, meu príncipe – afirmou, selando meus lábios várias vezes sem se importar com os curiosos que batiam palmas de felicitações. — Eu sou seu e você é meu desde o dia em que nos conhecemos. Eu te amo muito, Louis.