Esse não é um conto de fadas.
Nessa história também não existe mocinho e bandido, certo ou errado.
Não é uma história engraçada, nem completamente trágica. Ela é a história de amor de um homem comum, que teve inúmeras vezes seu orgulho ferido. Que...
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Harry estava de pé em frente a janela observando pacificamente a rua deserta, completamente absorto em seus pensamentos, tão lindo e sereno sob a luz fraca da lua.
Aquela noite seria a primeira vez que faríamos amor, sim amor, porque a palavra sexo me parecia vulgar em se tratando do garoto em minha frente. Eu me sentia ansioso, nervoso, mas acima de tudo, devoto. Sonhei com esse momento inúmeras vezes e quando ele chegou, tudo o que eu mais queria era adorá-lo de todas as formas possíveis.
Me aproximei devagar e ele sorriu lindamente, retribuí o sorriso então acariciei com ternura cada traço do seu rosto angelical tentando absorver ao máximo cada expressão de deleite que o garoto demonstrava com os meus toques.
Sem a menor pressa, caminhei ao redor dele até que estivesse parado atrás de si, sem sequer por um momento desviei os meus olhos do ser estonteante que me roubava o fôlego.
Deslizei a ponta dos meus dedos por seus ombros delicados o qual selei com carinho enquanto o robe de seda que Harry usava caía lentamente por seu corpo, que para minha felicidade, estava completamente nu por baixo da peça caríssima. Minhas mãos continuaram a descer por seus braços arrepiados até encontrar os longos dedos, os quais entrelacei aos meus e os pousei juntos em sua barriga. Pressionei meu peitoral em suas costas e passei a distribuir breves beijos molhados por sua nuca e lateral do pescoço perfumado.
Harry virou brevemente a cabeça e me encarou por cima do ombro como se questionasse a minha demora e delicadeza. Sem dúvidas pouco acostumado com toques gentis, visto que seus clientes o procuravam para seu próprio prazer, não se importando com os sentimentos daquele que o proporcionava. Ao contrário de mim, que naquela noite tinha como objetivo provar a ele o quanto era desejado por mim, minha intenção era que Harry se sentisse cuidado, apreciado e valorizado.
— Você é tão bonito, mon petit, e digno de todo amor do mundo – sussurrei em seu ouvido. — Eu quero ser o motivo por trás do sorriso em seu rosto – deslizei a ponta do nariz por seu ombro. — Quero ser a razão da sua felicidade, assim como você é a minha. – selei duas vezes seu maxilar anguloso. — Quero ser a pessoa que faz seu coração se sentir em casa. – Declarei e o ouvi suspirar.
Continuei o abraçando por trás enquanto beijava repetidas vezes seu pescoço, satisfeito com os arrepios evidentes que os toques dos meu lábios causavam em sua pele.
— Tenho certeza que você já escutou várias vezes e de muitas pessoas diferentes o quanto és belo, o quanto o seu corpo é sedutor e como os seus olhos verdes podem acabar com a sanidade de qualquer homem e os levar a ruína... E eu concordo com tudo isso, Harry – afirmei o girando em meus braços para ficarmos frente a frente. — Sua beleza é claramente inquestionável.
Ele me presenteou com um sorrisinho tímido, destoando completamente da sua imagem de garoto seguro de si e petulante, e isso me fez ficar ainda mais rendido, se é que era possível.