𝓬𝓾𝓪𝓻𝓮𝓷𝓽𝓪 𝔂 𝓭𝓸𝓼

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E M I L Y

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E M I L Y

1...2...3...

1...2...3...4...

Essa sou eu tendo a minha terceira crise de ansiedade desde que tudo aconteceu. Parece que em um estalar de dedos toda minha vida desmoronou.

Primeiro eu brigo com o meu melhor amigo.

Depois descubro que minha mãe está com um novo namorado.

E de madrugada durante uma crise de insônia me deparo com uma foto do Gavi ficando com a mesma garota que a dias atrás eu estava brigando com ela justamente por causa dele.

Que que eu fiz para merecer isso? E o pior de tudo é que durante minhas crises eu só consigo pensar que fazendo isso eu estou me fazendo de vítima, quando na verdade, não tem nada demais acontecendo, e eu apenas estou exagerando. Parece que estou sendo egoísta.

Meu pai morreu faz três anos, minha mãe merece ser feliz. Só que eu ainda não me sinto pronta para abrir mão dele, ela até pode tentar colocar outro no lugar dele, mas ninguém nunca vai conseguir substituí-lo.

E o Gavi... a gente não tem nada, a gente só estava transando. Mas por a gente ser melhores amigos desde um ano de idade, pensei que ele poderia ter um pouco mais de consideração por mim. Idiota, isso que eu sou, por pensar que daria certo.

E o que mais me deixa puta é a incontáveis vezes em que eu disse não a ele, porque se a gente cedesse aos nossos desejos carnais, acabaria fudendo com a nossa amizade e pois é, dito e feito.

Tem quase meia hora que estou sentada dentro da banheira tentando fazer minha crise passar. Hoje eu volto aos meus treinos e não me sinto nem um pouco pronta para isso.

- Emily! - era minha mãe - Vai se atrasar para o treino querida. - ela falou do outro lado da porta do banheiro

Não respondi nada, eu ainda estou chateada demais para falar com ela. Escutei minha mãe suspirando do outro lado e barulhos de passos se afastando da porta.

Respirei fundo e mergulhei dentro da banheira prendendo minha respiração. Eu estava de olhos abertos, mas tudo que eu enxergava era a luz embaçada.

Quando o ar começou a me faltar eu tentei lutar contra a vontade de sair debaixo da água e voltar para a superfície. Mas maldito seja o sistema nervoso e respiratório.

Voltei para a superfície e sentei começando a tossir por ter engolido água, merda. Passei a mão em meu rosto tirando o excesso de água dos meus olhos.

Respirei fundo e levantei saindo de dentro da banheira, peguei meu roupão e me enrolei no mesmo. Parei em frente do espelho observando meu reflexo, eu estou um caco, embaixo dos meus olhos se encontram olheiras terríveis devido a noite mal dormida.

𝑷𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆, 𝒏𝒐𝒔//𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Where stories live. Discover now