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𝓔𝓜𝓘𝓛𝓨
Embora a festa tenha sido algo mais minimalista e família, foi tudo muito divertido.
Antes de revelar o sexo, fiz algumas brincadeiras com a minha mãe e com o Juan que se divertiram muito.
Quando o momento mais aguardado chegou, mesmo que eu já soubesse o sexo eu sentia meu coração querer sair pela boca.
Ficou combinado de que os sexos seriam revelados através de balões com confetes da cor roxa e verde que estavam dentro deles.
Mas eu quis fazer uma surpresa pra minha mãe.
Basicamente a surpresa foi que havia eu escrito uma música para revelar quais eram os sexos dos meus irmãozinhos.
Fazia tanto tempo que eu não tocava, que eu sentia todo meu corpo tremendo e até mesmo foi um pouco difícil dedilhar as notas sobre as teclas do piano.
Minhas mãos estavam suando muito e enquanto eu cantava e tocava, podia ver minha mãe toda emocionada enquanto Juan a abraçava acariciando sua barriga.
Todos presente estavam emocionados, minha sogra estava chorando.
Quando finalmente chegou na parte final da música minha mãe e Juan estouraram os balões juntos.
E uma chuva de confetes verdes e roxos saíram dos balões, todos gritaram animados e minha mãe começou a pular de felicidade enquanto era abraça por Juan que tentava a fazer parar de pular pelo bem dos bebês.
Sejam bem-vindos: Manuela e Pedro.
A irmã já ama muito vocês.
Quando abri o resultado e vi que era um casal, não acreditei. Meu peito explodiu de felicidade.
Minha mãe finalmente estava podendo reescrever a história dela depois de quatro anos desde que meu pai se foi.
A chegada dos meus irmãos significa um recomeço. Um lindo recomeço pra nossa família.
E depois de tudo o que passamos, a gente merece.
Principalmente a minha mãe, que lutou feito uma guerreira junto com o meu pai, durante as sessões de quimioterapia ela não saiu sequer um segundo do lado dele.
Na primeira cirurgia, foi ela quem acompanhou tudo, o durante e o pós.
Até mesmo abriu mão do seu emprego que era uma das suas maiores felicidades, só para poder cuidar melhor dele.
Quando o câncer voltou pela segunda vez, eu vi ela se deixando de lado a cada dia mais. Quantas vezes a peguei chorando silenciosamente na área da piscina sozinha, porque na frente do meu pai ela queria mostrar ser uma mulher forte, pra poder passar essa força pra ele.
