➛૪' PRÓLOGO

6.9K 654 359
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

—— Ficou sabendo?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

—— Ficou sabendo?

—— Do quê?

—— Jake vai sair em um encontro hoje.

—— Mas esse não é o... —— dei uma pausa e contei mentalmente quantos encontros ele já havia tido naquele mês. —— oitavo do mês?

—— Uhum. —— Jéssica concordou, limpando o balcão em movimentos circulares. —— Parece que a mãe dele quer que ele arrume uma esposa.

—— Traduzindo: Ela quer que ele suma da casa dela.

—— Também!

Ficamos em silêncio quando Jake, nosso patrão, entrou na lanchonete nos dando uma olhada por cima do ombro antes de entrar na cozinha.

—— Acha que vai dar certo dessa vez? —— ela sussurrou.

—— Não sei, mas espero que sim. Assim ele sai do nosso pé o tempo todo. —— respondi. Jéssica deu risada e voltou a limpar o balcão.

Olho para o relógio na parede e vejo que estão marcando quase oito horas noite, mais três horas de expediente e eu finalmente poderia ir embora.

—— Tem certeza que não quer uma carona?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

—— Tem certeza que não quer uma carona?

—— Não precisa, amiga. Você mora do outro lado da cidade, vai ficar ruim pra você. Eu vou de ônibus mesmo, fica tranquila.

—— Tudo bem. Me avise quando chegar, ok? —— dou um abraço rápido em Jéssica e me despeço dela. —— Até amanhã.

—— Até.

Observo ela ir para o ponto de ônibus e sigo até meu carro do outro lado da rua. Enquanto destravo a porta sinto a sensação de estar sendo observada, olho para trás e vejo Jéssica me olhando.

A morena parecia estranha, totalmente vidrada em mim. Ela dá um tchauzinho e eu devolvo com um pequeno aceno receoso. Que estranho.

Abro a porta e entro no automóvel, dando a partida em seguida e saindo. Pelo retrovisor vejo que Jéssica continuava me acompanhando até eu virar a esquina, então ela não estava mais no meu campo de visão.

—— O quê foi isso?

Balanço minha cabeça afastando qualquer pensamento e ligo o rádio. O som que saiu foi um rock antigo que eu não conhecia, mas deixei tocando.

Minha casa não ficava tão longe, cerca de 8km então era apenas quinze minutos dirigindo dependendo do movimento nas ruas.

—— Preciso trocar de turno, não aguento mais ir embora quase meia-noite. —— tenho mania de falar sozinha quando estou dirigindo. Na verdade eu faço isso boa parte do tempo que estou sozinha.

Meu celular tocou no bolso da minha calça.

Pego ele sem tirar os olhos da estrada mas para o meu azar o telemóvel escapou dos meus dedos, caindo no chão do carro.

—— Não acredito. Cadê ele?

Tento sondar rapidamente para onde o celular tinha ido e o avisto na frente do banco do passageiro.

—— Ah que sacanagem! ——reclamei. O celular continuava tocando. —— Tá, tá, já entendi! Calma ai que eu preciso pegar ele primeiro.

Estiquei meu braço na tentativa de pegar ele mas estava longe demais e eu não conseguia ver onde estava porquê não podia tirar os olhos da rua.

Eu devo estar pagando por ter falado que o Jake era um encalhado. Me abaixo para pegar o celular e preciso desviar minha atenção da estrada.

—— Te peguei.

Volto para a posição correta mas a ligação já havia caído. Coloco o telemóvel no banco do passageiro e olho para frente de novo.

—— Mas que merda! —— falo no impulso ao me assustar com uma pessoa parada no meio da rua, a poucos metros de distância.

Seguro firme o volante entre meus dedos e puxo o carro para o lado direito desviando do indivíduo. O automóvel ficou sobre as duas rodas direitas e então capotou.

O meu corpo doía a cada batida que o carro dava no chão. Pelo o que eu consegui entender nós rodamos oito vezes pela estrada.

Meu braço direito estava com uma dor insuportável, provavelmente quebrado. Minha cabeça também estava doendo e o sangue se espalhava pela minha pele.

Gemidos de dores escapavam pela minha boca quando o carro finalmente paro — para minha sorte ele não parou de cabeça para baixo.

Solto um grito de dor quando sinto uma perfuração na minha barriga. Não tenho coragem para olhar o que tinha me machucado.

A pessoa. Viro minha cabeça para a estrada e enxergo que ela estava se aproximando do carro destruído. Mesmo com a visão embaçada consigo ver os cabelos longos e o corpo estrutural.

Meus olhos estavam ficando pesados e cada vez mais embaçados. Pisco lentamente e fecho meus olhos por alguns segundos.

Ouça a porta do carro ser arrancada e alguma coisa segura minha cabeça. Me obrigo a abrir os olhos e vejo Jéssica, ao menos aparentemente era ela.

Minha respiração fica cada vez mais pesada e o medo começa a me consumir quando vejo os olhos amarelos me encarando com uma feição assustadora.

—— Os Winchesters querem você, garota.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
PRAY FOR ME • SUPERNATURAL FANFICTIONWhere stories live. Discover now