Emma nunca imaginou que a sua vida poderia mudar de uma hora para outra, entretanto isso aconteceu quando ela sofreu um acidente.
Completamente perdida quando acordou no hospital, Emma descobre que estava em outro lugar onde pessoas estranhas dizia...
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Retorno a minha consciência ouvindo o som de algo que parecia ser um monitor cardíaco. Sinto algumas agulhas no meu braço e o cheiro insuportável de hospital.
Estou viva pela menos, isso já é uma boa notícia.
Continuo com os olhos fechados, sentindo meu corpo pesado e sinceramente eu não queria me mexer tão cedo.
Ouço alguns passos se aproximarem da minha cama e uma cadeira ser arrastada, provavelmente é alguns dos meus pais.
—— Oi. —— uma voz masculina fala. Não consigo me lembrar de nenhum conhecido com essa voz. —— Você tá demorando mais que o previsto para acordar.
O quê? Como assim mais que o previsto? Eu to apagada há quantos dias?
—— A gente tá procurando algum sacerdote, mas não conseguimos encontrar.
Sacerdote? Mas do que esse cara ta falando?
—— Escuta, a gente precisa que você acorde. —— continuei de olhos fechados, eu não ia encarar esse cara. —— Depois que o papai morreu, tá sendo difícil lidar com tudo isso. Sei que o Dean está fingindo que tá tudo bem, mas não está.
Ele ficou em silêncio por tempo. Ousei abrir um pouquinho meu olho direito e consigo enxerga-lo com a cabeça baixa. Meu Deus, eu nunca vi esse cara mesmo.
Fecho meu olho de novo quando ele faz menção de levantar a cabeça.
—— Sabe... —— ele dá uma risada fraca. —— Só faz alguns meses que você está com a gente, mas você se tornou especial.
Alguns meses? Eu nunca nem vi ele. Certeza que ele errou o quarto ou está bêbado.
—— Volta pra gente, Emma.
Meu corpo travou mais ainda — se é que era possível — quando ele falou meu nome e meus batimentos cardíacos aumentaram por causa do nervosismo.
Ouço a cadeira ser arrastada bruscamente pelo chão e passos correndo pelo quarto.
—— Socorro. Preciso de ajuda! —— ele gritou. Eles vão achar que eu estou morrendo, vão usar aquele desfibrilador em mim ou sei lá.
Meu Deus o quê eu faço? Tem um estranho no meu quarto que sabe meu nome e essa bendita máquina não para de apitar mais.
