Capítulo 4

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Assim que agarrei Alice pela cintura, percebi que a mesma havia uma certa reclusa, seu beijo era suave e delicado como eu havia imaginado, seus lábios tinha um gosto adocicado e ao mesmo tempo amargo pela cerveja, sua língua logo não demorou para encontrar a minha e seus braços foram de encontro a minha nuca subindo entre meus cabelos, eu realmente não esperava por isso. Sua cintura cabiam perfeitamente entre meus braços, Alice estava quase na ponta dos pés enquanto me beijava, pressionei seu corpo contra o meu enquanto a segurava junto a mim e interrompemos o beijo sem pressa. Segurei seu rosto com firmeza e encarei seus olhos confusos.

- Me desculpe - sussurrei contra seus lábios que agora ela os mordia.

- O que foi isso? - ela perguntou se afastando aos poucos e sem pressa.

- Seo Hye-won estava nos olhando. - falei quando percebi de que Seo Hye-won disfarçava enquanto falava com alguém no telefone, Alice rapidamente olhou para trás e havia aceitado de que eu estava certo.

- Aqui. - ela falou retirando um pequeno lenço de sua bolsa e segurando meu rosto enquanto limpava o canto dos meus lábios. - Ela já foi? - ela perguntava enquanto continuava limpar o que me parecia manchas do seu batom.

Encarei acima de seu ombro e vi que Seo Hye-won havia acabado de entrar em um táxi, suspirei e baixei a cabeça lembrando do que realmente havia acontecido ali. Como eu iria me desculpar pela situação extremamente embaraçosa e antiprofissional?

- Já. Me desculpe por tudo isso, eu não consegui pensar em absolutamente nada. - comecei a falar quando vi que Alice apenas entregando-me o lenço e afastando-se dando as costas e chamando um táxi.

Aquilo de alguma forma alegrou a minha noite, mas ao mesmo tempo me preocupava sobre qual rumo todo o andamento das negociações iriam tomar, iríamos falar sobre o que havia acontecido hoje algum dia? Deveríamos esquecer? Sei que fui imprudente ao fazer isto, mas seria mais ainda se Seo Hye-won nos visse brigando e saber que tudo não passava de uma farsa, eu viraria chacota pro resto da vida, um impotente.

***

- Bom dia, senhor Kang Tae-Moo! - senhor Cha adentrou em minha sala com alguns papéis em mãos. - Recebi uma ligação da controladoria, eles querem saber se estará disponível semana que vem, e também recebi uma ligação da senhorita Alice, ela gostaria de saber se já tem a resposta do contrato.

Suspirei pesado e apertei os olhos tentando não pensar o quão embaraçoso foi ontem, eu estava mais do que devendo a ela, não só por tê-la beijado sem autorização, mas por ter me acobertado com uma mentira ontem, eu tinha de reconhecer isto.

- Algo errado senhor?

- Não, apenas peça para que me dê mais um tempo, ainda estou demarcando algumas cláusulas.

- Ao que tudo indica ela não quer esperar, senhor.

- Ontem aconteceu algo que não deveria ter acontecido. - falei para o senhor Cha que me parecia agora preocupado.

- Ela não aceitou nossos acordos?

- Não, Seo Hye-won apareceu ontem em nosso jantar - dei uma pausa e suspirei - Alice fingiu ser minha namorada para que eu não parecesse tão impotente.

- Como assim, senhor? - Senhor Cha parecia estar chocado.

- Mas isso não é a parte pior, eu a beijei ontem. Seo Hye-won estava nos olhando discutir fora do restaurante, o que eu poderia fazer? - tentei me justificar enquanto senhor Cha não conseguia dizer nenhuma palavra, ele apenas sentou na poltrona enquanto encarava o chão em silêncio.

- Isso agora será complicado de resolver, senhor.

- Claro que sei, estou em desvantagem com toda certeza, mas o que devo fazer? Pelo que entendi ela é osso duro de roer, não vai dar o braço a torcer e vai usar o beijo de ontem ao seu favor, mesmo que seja antiético.

Sparks OfficeWhere stories live. Discover now